cap. 2

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O sol mal começava a despontar no horizonte quando Ellie e Paul se levantaram para iniciar o dia. A casa ainda estava silenciosa, exceto pelo leve farfalhar das folhas do lado de fora. Eles caminharam juntos até a cozinha, Paul esticando os braços e bocejando, enquanto Ellie começava a preparar o café.

— Quer ajuda com o café? — Paul perguntou, já se aproximando do fogão.

— Claro — Ellie sorriu, entregando-lhe o pacote de café moído. — Você sabe como eu gosto, forte, para aguentar o dia.

Paul assentiu, começando a preparar o café enquanto Ellie organizava a mesa do café da manhã. Ela ajeitava os pratos e talheres com precisão, gostando da rotina tranquila das manhãs.

Poucos minutos depois, passos pequenos e sonolentos puderam ser ouvidos descendo as escadas. Aiyana, com seus cabelos castanhos escuros ainda desgrenhados e os olhos semicerrados, entrou na cozinha, esfregando os olhos.

— Bom dia, minha pequena — Paul disse alegremente, inclinando-se para dar um beijo em sua cabeça. — Pronta para mais um dia de escola?

Aiyana resmungou, ainda meio adormecida, e virou a cabeça para Paul, sua expressão claramente desinteressada.

— Não quero ir... está cedo demais... — ela murmurou, sentando-se pesadamente em uma das cadeiras.

Paul riu baixinho, tentando animá-la.

— Que tal se eu te prometer um montão de doces se você se comportar bem na escola hoje? — ele sugeriu, puxando uma cadeira para se sentar ao lado dela. — Vamos fazer uma lista juntos?

A menção de doces pareceu despertar Aiyana um pouco mais. Ela olhou para o pai com olhos brilhantes e um sorriso pequeno começando a se formar.

— Sério? Todos os doces que eu quiser? — ela perguntou, um pouco mais animada.

— Todos que você quiser — Paul confirmou, pegando uma caneta e um pedaço de papel. — Vamos lá, me diga quais são seus favoritos.

Enquanto ele escrevia os nomes dos doces que Aiyana ditava, Ellie olhou para os dois de maneira repreensiva, mas com um toque de diversão.

— Paul, você não pode estragar a criança assim — ela disse, cruzando os braços.

Paul levantou a cabeça e deu um sorriso despreocupado.

— Eu só estou fazendo um agrado, Ellie. Afinal, quem disse que é fácil acordar cedo?

Ellie balançou a cabeça, sorrindo levemente enquanto voltava sua atenção para a cafeteira.

Quando o café estava pronto, todos se sentaram à mesa. O aroma forte e reconfortante do café enchia o ambiente, e o som das xícaras tilintando contra os pires era quase como uma música matinal.

— papai — Aiyana começou, entre uma mordida de torrada —, o tio Embry e o tio Quill disseram que vão levar eu e os primos para um passeio na floresta depois da escola. Vai ser divertido!

Paul parou com a xícara a meio caminho da boca, e olhou para Ellie.

— Você deixou os malucos do Quill e do Embry levarem as crianças para a floresta sozinhos? — ele perguntou, surpreso.

Ellie deu de ombros, sorrindo calmamente.

— Eles são responsáveis, Paul. E as crianças adoram esses passeios. Além disso, eles já conhecem bem a floresta.

Paul fez uma pausa, refletindo.

— Desde que não se metam em encrenca, acho que tudo bem — ele finalmente concordou, voltando a tomar seu café.

Ecos Da Lua - Paul Lahote (2° Parte)Onde histórias criam vida. Descubra agora