cap. 15

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Ellie e Sam caminharam pela floresta, seguidos de perto por Embry, Quill, e as crianças. A pequena Aiyana estava encantada com o ambiente, enquanto Lyra e Kian corriam adiante, sob a supervisão vigilante de Quill e Embry. As risadas das crianças ecoavam pelas árvores, enchendo o ar com uma alegria que Ellie não via há algum tempo.

— Isso é exatamente o que eles precisam — comentou Ellie, observando Quill e Embry se divertirem com as crianças.

— Eu concordo, mas... — Sam começou, mas Ellie o interrompeu com um sorriso.

— Sem "mas", Sam. Deixe-os brincar. Eles precisam disso. Os meninos vão cuidar para que fiquem seguros.

Sam suspirou, mas assentiu, concordando.

Embry e Quill, sempre cheios de energia, estavam imersos em uma brincadeira de "exploradores". Eles guiavam as crianças pelo bosque, apontando para as árvores, folhas e qualquer coisa que parecesse interessante. Logo, encontraram pegadas no chão, grandes e marcantes, o que fez Aiyana, Lyra, e Kian abrirem os olhos, surpresos.

— Olhem só essas pegadas! — exclamou Quill, fazendo uma expressão dramática. — Acho que são de um... lobo!

— Uau! — Kian disse, admirado, segurando a mão de Embry com força.

— Vamos investigar! — sugeriu Embry, empolgado, fazendo gestos exagerados para os pequenos.

Sam e Ellie, andando um pouco mais atrás, trocaram um olhar tranquilo. Sabiam que poderia ter sido qualquer lobo da matilha, mas ainda assim, mantinham-se atentos. Não era um momento para baixar a guarda.

— Como você está, Ellie? — perguntou Sam, após um momento de silêncio.

— Estou bem, Sam. Só um pouco cansada, com tudo o que está acontecendo — ela respondeu sinceramente, suspirando.

Sam assentiu, sua expressão preocupada.

— Eu tentei falar com Marcus o dia todo, mas não consegui. Parece que ele está sumido.

Ellie olhou para ele, pensativa.

— Mamãe acha que chamar Aiyana é o melhor agora. Ela acha que a criatura já está nos rastreando pelos nossos poderes e os das crianças. Talvez o ataque na delegacia tenha sido só um aviso — comentou Ellie, mais séria.

Sam franziu a testa.

— Você acha que isso é seguro? Usar o amuleto pode ser arriscado.

— Não temos muito a perder, Sam. Os meus poderes e os das crianças já fazem de nós um alvo. Precisamos de toda a ajuda possível.

De repente, Quill, que estava mais à frente com Aiyana ao seu lado, parou atrás de um grupo de folhas grandes e densas.

— O que é aquilo,tio Quill? — perguntou Aiyana, agarrando a mão dele com força. — Eu tô com medo.

Quill sorriu para a sobrinha, abaixando-se para ficar na altura dela.

— Não se preocupe, Aiyana. Ele não vai te machucar — disse Quill suavemente.

Ellie, ainda que intrigada, não deu muita atenção até que, de repente, um grande lobo preto emergiu de trás das folhas, seus olhos atentos fixos no grupo.

Aiyana, assustada, se jogou nos braços de Quill, que a segurou com firmeza.

— Tá tudo bem, pequena. Tá tudo bem — ele garantiu, olhando para o lobo com calma.

Ellie e Sam se entreolharam, reconhecendo imediatamente o lobo: era Jared.

— O que ele está fazendo aqui? — murmurou Sam, confuso.

Ecos Da Lua - Paul Lahote (2° Parte)Onde histórias criam vida. Descubra agora