cap 11

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Paul entrou na casa, o corpo tenso e os pensamentos uma tempestade. Ele precisava manter a calma, mas a presença de seu pai o deixava no limite. Quando ele cruzou a porta, Ellie já estava acordada, sentada no sofá com um sorriso cansado, mas provocador nos lábios.

— Como você está? — perguntou Paul, a voz suavizada pela preocupação, seus olhos percorrendo o corpo enfaixado de Ellie.

Ela soltou uma risada leve, embora ainda com um toque de dor.

— Sobrevivendo, como Sempre — E então, com um brilho travesso no olhar, completou: — Eu prometi que voltaria viva, mas nunca disse que voltaria inteira.

Paul tentou não sorrir, mas os cantos de seus lábios se ergueram ligeiramente. Ele suspirou, aliviado, mas ainda inquieto com a situação.

— O que aconteceu lá fora? — A pergunta veio carregada de tensão, a necessidade de saber o que a havia ferido sendo mais forte.

Ellie se mexeu levemente no sofá, fazendo uma careta de dor antes de responder.

— Aquela coisa gigante nos atacou. Tive que lançar um feitiço para jogá-lo longe, mas... — Ela apontou para os curativos. — Não antes disso.

Carlisle, que estava concentrado em cuidar dos ferimentos de Ellie, olhou para Paul e disse calmamente:

— Ela vai ficar bem. O processo de cura já está em andamento, e com um pouco de repouso, ela estará como nova.

Paul assentiu, tentando acalmar seu coração acelerado. Foi nesse momento que a porta da casa se abriu com um estrondo, e Allison entrou como um furacão. O rosto dela, tomado pela preocupação, relaxou instantaneamente ao ver Ellie acordada e aparentemente bem.

— Minha menina! — Allison correu até o sofá e abraçou Ellie com força, sua expressão de alívio clara enquanto afagava os cabelos da filha. — Você me deixou tão preocupada...

— Mãe, eu estou bem — disse Ellie, com um sorriso carinhoso, retribuindo o abraço. — Só preciso de um tempo para me recuperar.

Mas o clima que parecia começar a se acalmar logo voltou a ficar pesado quando Deniel entrou pela porta. Ele parou ao ver Allison abraçando Ellie no sofá, e por um breve momento, o silêncio na sala era ensurdecedor. Allison ficou em choque ao vê-lo ali, seu rosto pálido, mas ela tentou manter a compostura, como se nada estivesse fora do normal.

Ellie, no entanto, sentiu a tensão imediatamente. Ela notou o olhar cauteloso da mãe e a forma como Paul cerrava os punhos discretamente. Algo estava acontecendo ali, mas Ellie, ainda fraca, decidiu ignorar.

— Fico feliz em ver que você está acordada — disse Deniel, rompendo o silêncio, sua voz baixa, mas genuína.

Ellie sorriu em agradecimento, mas, intrigada, perguntou:

— Obrigada... Mas quem é você, exatamente?

Deniel hesitou por um momento, seus olhos fugindo brevemente para Allison antes de responder.

— Não importa quem eu sou, por enquanto. O que importa é que eu estava lá para ajudar vocês na floresta.

Ellie manteve o sorriso, agradecendo de novo, mas ao lado, Paul bufou alto, chamando a atenção de todos na sala.

— O que foi agora? — Ellie perguntou, franzindo a testa para Paul.

Ele desviou o olhar, claramente irritado, mas não disposto a explicar naquele momento.

— Depois conversamos — disse Paul, com a mandíbula tensa, cortando o assunto antes que ele pudesse se aprofundar.

Enquanto Carlisle terminava de enfaixar Ellie, o ambiente parecia sufocante. Todo mundo na sala estava tenso e nervoso, como se algo grande estivesse prestes a acontecer. No entanto, em meio àquela atmosfera pesada, Embry, Quill, Leah e Jared tentavam quebrar o gelo.

Ecos Da Lua - Paul Lahote (2° Parte)Onde histórias criam vida. Descubra agora