cap 14

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Paul se aproximou de Ellie, seu olhar sério, mas preocupado. Colocando uma mão firme em sua cintura, ele tentou ser gentil, mas sua voz carregava a gravidade da situação.

— Ellie, você precisa descansar. Não adianta forçar a barra agora — ele disse, tentando convencê-la com um tom mais suave.

Ellie, no entanto, não estava disposta a ceder. Revirando os olhos, ela cruzou os braços com teimosia.

— Estou bem, Paul. As feridas já se curaram. Eu só estou cansada. Nada que um pouco de tempo com as crianças na floresta não resolva — respondeu, com uma leve expressão de determinação.

— Ellie, escuta — Paul retrucou, sua paciência começando a diminuir. — Foi na floresta que a criatura atacou. Não é seguro.

Ellie suspirou profundamente, irritada com a insistência de Paul.

— As crianças vão estar seguras. Sam, Embry e Quill vão estar conosco. E, além disso, eu posso me proteger e proteger elas. Sei o que estou fazendo — ela insistiu, sua voz firme.

Paul, claramente preocupado, balançou a cabeça.

— E se algo acontecer de novo? Não podemos arriscar. Você está cansada, Ellie. Não se trata só de curar feridas físicas.

Ellie revirou os olhos novamente, impaciente.

— Paul, já chega. A criatura não vai voltar agora, não depois de tudo isso. Precisamos continuar com nossas vidas, e as crianças precisam de um pouco de ar fresco, de normalidade — ela disse, determinada a acabar com a discussão.

Paul a encarou por um momento, seus olhos tentando encontrar algum sinal de que Ellie realmente entendia os riscos. Mas ele sabia que, quando ela estava determinada, não adiantava discutir. Suspirando, ele deu um passo para trás.

— Você é teimosa, sabia? — ele murmurou, balançando a cabeça com um leve sorriso de frustração.

— Eu sei — Ellie respondeu com um pequeno sorriso, relaxando um pouco. — E é por isso que você me ama.

Antes que Paul pudesse responder, Allison, que estava do outro lado do local, se virou para os dois, interrompendo a conversa.

— Acho que encontrei algo — ela disse, sua voz carregada de seriedade.

Paul e Ellie se aproximaram rapidamente de Allison, que estava parada diante de uma área específica do chão, com uma expressão concentrada. Seus dedos faziam leves movimentos no ar, como se estivessem tentando agarrar algo invisível.

— O que você encontrou? — Ellie perguntou, curiosa, esquecendo momentaneamente sua discussão com Paul.

Allison olhou para ela, seu rosto pálido.

— Há uma presença aqui. É muito poder,algo que não pertence a esse mundo. Não é só um lobo ou um vampiro comum. É... muito mais poderoso. — Allison explicou, sua voz baixa, quase como se temesse dizer as palavras em voz alta.

Paul franziu a testa, sentindo um arrepio percorrer sua espinha.

— O que isso significa? — ele perguntou, cruzando os braços, seu instinto de proteção ativado.

Allison hesitou por um momento antes de responder.

— Significa que estamos lidando com algo muito maior do que pensávamos. Algo que talvez não possamos enfrentar sozinhos.

O silêncio que se seguiu foi pesado, cheio de incertezas e medo. Ellie, apesar de cansada, endireitou-se, determinada.

— Então, o que fazemos agora? — perguntou, sua voz firme.

Ecos Da Lua - Paul Lahote (2° Parte)Onde histórias criam vida. Descubra agora