cap 12

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Paul e Ellie chegaram em casa, o ambiente tranquilo contrastando com a tensão que pairava sobre eles. Ao entrarem, Ellie se jogou no sofá com um suspiro de alívio. Paul, tentando descontrair o clima, foi até a geladeira e pegou duas cervejas. Abrindo ambas, ele entregou uma para Ellie, com um sorriso no rosto.

— Tim, Tim! — Ellie brincou, levantando a garrafa para um brinde.

Paul riu e repetiu o gesto.

— Tim, Tim! — Eles brindaram e beberam.

Enquanto Ellie tomava um gole, Paul se acomodou ao seu lado no sofá, observando-a.

— Quem era aquele homem? — Ellie perguntou, interrompendo o silêncio.

Paul fez uma pausa antes de responder.

— Deniel. — Ele disse, o tom grave.

Ellie parou a garrafa de cerveja no meio do caminho, surpresa.

— Deniel? O que ele queria? — Ellie perguntou, curiosa.

Paul suspirou.

— Ele queria consertar as coisas, como sempre.

Ellie franziu a testa, o olhar cético.

— Eu já ouvi isso antes, da mãe da Vac... quer dizer, da sua mãe. — Ellie riu sem humor.

Paul riu alto, puxando Ellie para um beijo rápido e carinhoso.

— É estranho meus pais voltarem assim do nada, mas eu prometo, Ellie, não vou deixar que eles afetem você e a Aiyana. — Paul afirmou, com sinceridade em seus olhos.

Ellie olhou para ele com um olhar pensativo.

— Você sabe, Deniel salvou minha vida hoje. Se não fosse por ele, eu poderia não estar aqui.

Paul torceu a boca, desconfiado.

— É possível, mas acho que ele só fez isso para chamar a atenção.

Ellie balançou a cabeça, discordando.

— Não senti maldade em Deniel. Ao contrário de Talia,energia dela era pura maldade, Deniel parecia... confuso, talvez até arrependido.

Paul a olhou, sua expressão suavizando um pouco.

— Você pode estar certa, mas vamos ter que ficar atentos. É melhor não baixar a guarda.

Ellie assentiu, ainda segurando a garrafa de cerveja, sentindo uma mistura de alívio e preocupação.

— Eu só espero que ele realmente queira consertar as coisas desta vez. — Ellie murmurou, tentando se reconectar com a sensação de normalidade enquanto a tensão dos eventos recentes ainda pairava sobre ela.




Na manhã seguinte, Paul já estava acordado há muito tempo, de pé na cozinha, preparando café. Ele não havia pregado os olhos durante a noite, sua mente girando em torno dos eventos brutais da noite anterior. A imagem dos seus colegas mortos de forma brutal não o deixava em paz. Sabia que, mais tarde, teria que encarar as famílias deles, todas buscando respostas que ele mesmo não conseguia formular.

Ellie acordou, percebendo a ausência de Paul ao seu lado na cama. O cheiro de café preenchia o ar, guiando-a até a cozinha. Lá, ela encontrou Paul, de costas para ela, visivelmente apreensivo.

— Bom dia. — Ela disse, se aproximando com um sorriso suave.

Paul virou-se, tentando disfarçar a preocupação com um sorriso fraco.

— Bom dia — ele respondeu, entregando a ela uma xícara de café.

Ellie, sempre observadora, percebeu de imediato que algo não estava bem.

Ecos Da Lua - Paul Lahote (2° Parte)Onde histórias criam vida. Descubra agora