Dia 11: O Prazer Do Nada

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O Prazer do Nada

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O Prazer do Nada

“Cada momento de tédio é um convite para explorar o desconhecido e descobrir novas paixões — a verdadeira essência da polimatia.”

O tédio é um estado emocional caracterizado por uma sensação de desinteresse, insatisfação e falta de estímulo. Ele aparece quando sentimos que não há nada de interessante, envolvente ou desafiador para fazer. Mas e se eu te dissesse que o tédio pode ser uma arma poderosa para resolver seus problemas? Você acreditaria? Não? Calma, eu explico.

O Tédio como Ferramenta de Autoconhecimento

Ficar sozinho nunca foi um problema para mim; ficar sem amigos, talvez, mas o ato de passar um tempo sozinho é algo que sempre apreciei. Constantemente, tiro momentos para refletir. E, embora esses momentos não sejam mais tão frequentes como em 2021 e 2022, ainda são essenciais na minha vida. Foi durante esses momentos de contemplar estrelas, observar as nuvens no céu, seja de dia ou de noite, que sempre encontrei paz. Já experimentou olhar para o céu sem pensar em nada específico? Parece simples, mas é nesses momentos que você começa a valorizar o que é realmente importante.

Esses momentos me ensinaram a apreciar a calmaria, a evitar variações extremas de emoções e, o mais importante, a valorizar o simples e o comum da vida: o sol, a chuva (meu fenômeno natural favorito), o som dos carros passando ou até mesmo a simples contemplação do mundo pela janela do quarto. Você já parou para valorizar essas pequenas coisas?

Estar sozinho nunca me pareceu totalmente certo; às vezes, pareceu bom, mas certo, nunca. E são esses aspectos positivos que levo comigo até hoje. Com o apreço pelo nada, aprendi que não preciso de estímulos ou títulos externos para ser feliz. O comum não deixa de ser belo, e viver pelos momentos raros não é sustentável, porque, por serem raros, não acontecem sempre. A vida oferece muito mais quando desaceleramos, respiramos e olhamos com carinho o que está ao nosso redor. E você, consegue desacelerar?

A Solitude e o Lado Sombrio

O tédio, a solitude, o não fazer nada, não são vilões a serem combatidos, mas momentos a serem compreendidos e apreciados. Com eles, aprendi que não gosto tanto de festas quanto pensava, que não me agrada a gritaria e a correria das grandes cidades, que nem sempre mais pessoas são a solução, e que posso resolver meus problemas sem pedir conselhos a todo momento. Você já tentou lidar com seus problemas por conta própria? Descobri que tenho autonomia e que posso ser feliz apenas ouvindo e apreciando meus pensamentos.

Eu me conheci mais com o nada do que com o algo. Mas não são só flores… Nietzsche já dizia: “O que cresce na solidão é o que cada um leva consigo, inclusive a besta interior.” Durante esse tempo, percebi que também tenho pensamentos imorais, desejos perversos e um lado sombrio, capaz de cometer atos indecentes e vergonhosos. E você? Já confrontou seu lado mais sombrio?

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