Cápitulo 4: Um mundo novo

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Assim que bateu na água começou a mexer os pés e as mãos e devagar foi parando de agita-los. Funcionava, está realmente boiando. Era a sensação mais estranha que já experimentara em toda vida. Indescritível.

Um sorriso brilhou em seu rosto.

- Funciona! - pronunciou.

- Co, como faz pra sair daqui?

- Você verá - disse fen.

- Como é por aqui? Que mundo é esse? Eu nunca havia cruzado o rio porque minha avó disse uma vez que era a terra dos lobos negros. Eu nem se quer pensava nesse lugar.

- Aqui onde estamos é o vale branco. Onde a neve cai durante a noite e dura por vários e vários mêses - Disse Fen.

- E o que tem depois daqui?

- Depois daqui é o deserto ibérico - começou Betsky. - ele é o motivo do porque nenhum de nós nunca saiu daqui. Dizem que é impossível atravessa-lo, não há nada apenas poeira e poeira, não dá pra enxergar coisa alguma. Em poucos minutos você perde a noção de para qual lado está indo. Muitos acreditam que ele é infinito, como uma barreira que limita até onde todos devem ir.

- E depois? O que que tem?

- Depois acreditam ser o reino de luz eterna.

- reino de luz eterna? - pronunciou a menina.

- Sim - Betsky afirmou.

- Quem governa ele?

- Flórque e seu exército.

- E Princesa, Celi- atraveu-se Fen a dizer, mas foi interrompida com uma mão tapando sua boca.

- Que foi? - perguntou Lyra.

- Os únicos que podem dizer seu nome é o rei e o comandante do exército; qualquer outro que o fizer, morrerá instantaneamente.

- Então Fen, quase... - A voz da menina  travou.

- Foi mal, eu vacilei haha - pronunciou em um tom brincalhão.

- Acredita-se que ela não é uma pessoa má - iniciou Betsky - essa maldição foi posta pelo seu pai que a ama profundamente.

Lyra virou as costas para elas e se afastou um pouco.

- Eu não entendo esse negócio... - pausou por dois segundos...

- Amor...

Um silêncio pairou no ar e ecoou nas paredes, aquele ambiente enorme nunca estevera tão desolado.

Foi então que Fen disse:

- Quer ver como sai daqui?

Lyra nadou junto das três até o enorme paredão lá no final da piscina, sentia que aquela era a parte mais funda, embora tudo parecesse imensamente profundo.

Fen começou a tocar a parede com seus dedinhos. Era como se tivesse teclando só que diferente, parecia mais era que seus dedos estavam dançando.

Foi então que ela empurrou a parede que cedeu para trás no formato de uma porta um pouco maior do que Lyra. A parte da parede que era a porta começou a ir para trás criando um escuro corredor. As duas adentraram ele.

A menina mesmo com medo fez o mesmo. Segurou com força na roupa de Betsky, não achava que ela iria se importar, a última coisa que queria era se afastar delas naquele lugar.

Foi um longo caminho de completa escuridão, pelo menos para ela que estava atrás, não conseguia ver nada a frente, não dava pra saber se tinha alguma luz, mas pelo breu completo tinha certeza que não. Parecia que as que lhe guiava não iam parar de andar nunca. Lyra se sentia confusa. O que que tá acontecendo? Porque elas não param? Já estamos andando parece que a sete minutos.

Foi então que finalmente aqueles sons de passos desenfreiados pararam. Um silêncio pairou no ar. O ambiente ficou gélido, igual quando ela estava lá fora - Respira fundo Lyra - disse fen, mas antes que pudesse puxar ar uma força extremamente imensa, gróssamente enorme a puxou para cima, sentia que se seu corpo estava sendo lançado para o espaço sideral a trilhões de quilômetros por hora.

Ela apertava os olhos.

Quando tudo parou. Mesmo de olhos fechados sentia sua cabeça tonta.

Ainda estava tudo escuro, foi então que a luz surgiu.

Era a sala de estar, onde tudo começou.

Depois de dar uns três passos se sentiu com sono. Isso não acontecia quando ainda tinha casa e ficava a noite inteira acordada escrevendo histórias e criando coisas. Tudo aquilo, tanta coisa que desconhecia, tinha a deixado cansada. Talvez porque tudo tinha mudado tão de repente, não sabia, e não pensou sobre isso. Tudo que queria fazer naquele momento era deitar e esquecer de tudo.

- Queria dormir em uma cama - disse a Fen.

- Pode dormir na minha, eu durmo com Betsky - respondeu com aquela voz doce de sempre.

Fen a guiou até o quarto. Era pequeno e escuro, nenhum sinal de luz.

A cortina estava fechada, mas nem reparou nisso, estava cansada demais, só caiu na cama e apagou.

Desejava sonhar com um mundo de esperanças, sem caos nem guerras, uma vida de amor, calor e afeto.

Choveu aquela noite.













Continua...

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