capítulo 11

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A escuridão era absoluta, apenas rompida pelos flashes esporádicos dos tiros que atravessavam o ar. Penelope e seu grupo se moveram com uma precisão quase sobrenatural, cada um já familiarizado com as coordenadas do terreno e os planos traçados. O silêncio, entrecortado por ordens breves e movimentos coordenados, parecia uma arma a mais nas mãos de Penelope.

Com os óculos de visão noturna, Penelope guiava sua equipe com segurança em direção aos veículos estacionados, todos carregando os caixotes recuperados. Kimberly permanecia na retaguarda, sua metralhadora cuspindo balas com uma eficiência fria. Qualquer movimento hostil que surgisse na escuridão era imediatamente silenciado por seus disparos precisos.

- Dmitri, status? - Penelope sussurrou no rádio, enquanto se abaixava para verificar uma das caixas.

- Estamos finalizando a neutralização dos últimos guardas. Mais dois minutos e nos retiramos. - A voz de Dmitri soou, firme e controlada, mas com um tom de urgência. Eles sabiam que o tempo estava correndo contra eles.

Penelope fez um sinal para Dahlia, que estava escondida no veículo principal, monitorando as transmissões e garantindo que não houvesse alertas externos. Se houvesse uma chamada de emergência ou uma transmissão, ela seria a primeira a saber e a última linha de defesa para interrompê-la.

- Kimberly, prepare a retaguarda para retirada total. Dmitri está a caminho. Não podemos nos dar ao luxo de prolongar isso - disse Penelope.

Kimberly acenou, mesmo sabendo que Penelope não podia vê-la. - Entendido. Não vou ficar para o jantar - respondeu com um tom seco, típico dela, mesmo em momentos de alta tensão.

Dmitri surgiu pela lateral do galpão, acompanhado de seus homens. O grupo estava ligeiramente sujo, com roupas rasgadas e um ou outro corte, mas sem baixas. Isso era tudo que importava. Penelope observou com um alívio contido enquanto eles corriam em direção aos veículos, trazendo o que restava da carga que haviam recuperado.

Mas antes que pudesse dar a ordem final de retirada, uma explosão sacudiu a fábrica. A estrutura tremeu, e o som ensurdecedor ecoou pelo ar, abafando os outros ruídos. Penelope instintivamente se jogou ao chão, enquanto fragmentos de metal e concreto voavam por todos os lados. Ela olhou para trás e viu uma das entradas da fábrica em chamas.

- Alvo localizado! - gritou Dmitri no rádio, com a voz distorcida pela estática da interferência causada pela explosão.

Penelope se levantou rapidamente, verificando se todos estavam bem. Ela avistou Kimberly ajudando um dos homens de Dmitri, que havia sido jogado contra uma parede pela explosão. A situação estava se deteriorando rapidamente, e Penelope sabia que o tempo para uma retirada organizada estava acabando.

- Todos para os veículos, agora! - ela gritou, sua voz cortando a confusão como uma lâmina.

O grupo não perdeu tempo. Mesmo com o caos ao seu redor, cada membro sabia exatamente o que fazer. Penelope liderou o caminho, abrindo caminho para o veículo principal, enquanto Dahlia, já ao volante, ligava o motor. Os caixotes foram rapidamente jogados na parte traseira dos SUVs, enquanto Kimberly e Dmitri cobriam a retaguarda, certificando-se de que ninguém fosse deixado para trás.

No momento em que o último membro do grupo entrou em um dos veículos, o som de sirenes distantes começou a ecoar na noite de Moscou. Penelope cerrou os dentes. A polícia havia sido alertada, e eles tinham poucos minutos antes que o local estivesse cercado.

- Movimento! - Penelope ordenou, e os veículos rugiram em resposta, acelerando para fora da fábrica com uma velocidade feroz.

Enquanto eles deixavam a cena para trás, Penelope observou o fogo engolir a fábrica pelo retrovisor. O brilho laranja iluminava o céu escuro de Moscou, um lembrete vívido do perigo que eles haviam enfrentado.

- Situação de emergência contida, carga recuperada - ela disse pelo rádio, tentando manter a calma, mesmo enquanto sua mente corria a mil. Mas no fundo, uma nova preocupação começou a se formar. Quem havia causado a explosão? Isso não fazia parte do plano. Algo ou alguém havia interferido.

Dahlia, que estava dirigindo, olhou pelo espelho retrovisor para Penelope, captando seu olhar pensativo. - O que foi? - ela perguntou.

Penelope hesitou por um momento antes de responder. - Nada. Vamos primeiro sair daqui. Depois, descobriremos quem foi o responsável por isso.

Enquanto o comboio se afastava pela escuridão das ruas de Moscou, Penelope sabia que essa era apenas a primeira fase de um jogo muito mais complexo e mortal. A operação havia sido um sucesso, mas as incógnitas só aumentavam. Quem estava tentando frustrar seus planos? E qual seria o próximo movimento do inimigo?

Essas eram perguntas que precisariam ser respondidas, e rapidamente. Porque em Moscou, o jogo estava longe de terminar.

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Primeiro capítulo pequenoooo

Só ficando sem ideias S.O.S

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Eᥒtrᥱ ᥆ ᥆́dι᥆ ᥱ ᥆ ᥲ꧑᥆rOnde histórias criam vida. Descubra agora