capítulo 10

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O Jogo Mortal em Moscou

Penelope entrou no esconderijo seguro, onde os membros de sua máfia russa estavam reunidos em torno de uma mesa cheia de mapas e relatórios. O segundo em comando, Dmitri, um homem robusto com um olhar gélido e uma cicatriz que atravessava sua face, foi o primeiro a cumprimentá-la.

- Senhorita Penelope, é uma honra tê-la aqui - disse Dmitri com uma reverência que beirava o militar. Ele havia sido um dos primeiros a se unir ao império de Penelope na Rússia e era conhecido por sua lealdade e eficiência.

- Dmitri, preciso das últimas atualizações - respondeu Penelope, direta. Ela não tinha tempo a perder com formalidades.

Dmitri acenou com a cabeça e apontou para os mapas estendidos sobre a mesa. - Conseguimos rastrear alguns movimentos suspeitos nas últimas 24 horas. Grupos armados foram vistos em zonas industriais nas periferias de Moscou. Estamos investigando, mas os sinais indicam que podem estar se preparando para mover a carga.

Penelope observou os mapas com atenção, cada ponto marcado com as coordenadas das possíveis localizações. Seu instinto lhe dizia que uma dessas áreas poderia ser o esconderijo do inimigo.

- E os contatos locais? Alguém nos deu alguma pista? - perguntou Kimberly, que estava ao lado de Penelope, sempre alerta.

- Alguns dos nossos informantes confirmaram que os movimentos não são comuns. Parece que os chefes do crime locais foram pagos para ficarem quietos, o que significa que nossos inimigos têm fundos consideráveis - explicou Dmitri. Ele franziu o cenho, a preocupação evidente. - Mas o mais estranho é que ninguém sabe quem está por trás. Normalmente, nesse meio, os nomes circulam rapidamente. Mas agora, só temos silêncio.

Penelope absorveu a informação. O silêncio era tão perturbador quanto a ameaça em si. Era uma guerra invisível, onde o inimigo estava em cada sombra, mas nunca se revelava.

- Precisamos agir rápido antes que eles tenham a chance de fugir com a carga ou redistribuí-la - disse Penelope, sua mente já traçando os próximos passos. - Dahlia, você consegue acessar câmeras de vigilância próximas a essas áreas?

Dahlia, que havia trazido seu equipamento de hacking portátil, começou a trabalhar em seu laptop. - Me dê alguns minutos. Se as câmeras não forem protegidas por algum sistema avançado, eu entro.

Enquanto esperavam, Penelope e Dmitri discutiam as estratégias de ataque. A abordagem seria direta, mas com várias frentes. Queriam cercar o inimigo e cortar todas as rotas de fuga possíveis.

- Dividiremos nossas forças em três grupos - disse Penelope, apontando para três locais diferentes no mapa. - Dmitri, você lidera o grupo que vai para a fábrica ao norte. Kimberly e eu ficaremos com o grupo que irá para o porto. O terceiro grupo deve manter a vigilância na estrada principal; é a rota de fuga mais provável.

- E se o inimigo for mais numeroso do que esperamos? - perguntou Dmitri, sua voz carregada de preocupação.

- Temos que ser mais rápidos e mais inteligentes - respondeu Penelope, seus olhos brilhando com determinação. - Não vamos dar a eles a chance de se reorganizarem.

Poucos minutos depois, Dahlia finalmente levantou os olhos de seu laptop. - Consegui acessar as câmeras de duas das áreas. Estou transmitindo para o monitor agora.

As telas na parede mostraram imagens ao vivo dos locais. No porto, nada parecia fora do comum, apenas trabalhadores se movendo entre os contêineres. Mas na fábrica ao norte, algo chamou a atenção de todos. Veículos pesados estavam estacionados perto da entrada, e homens armados faziam a guarda.

Eᥒtrᥱ ᥆ ᥆́dι᥆ ᥱ ᥆ ᥲ꧑᥆rOnde histórias criam vida. Descubra agora