You Are My Destiny

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Regina estava diante do espelho, observando-se no vestido de madrinha feito sob medida para ela, de fato Killian e August capricharam em cada detalhe. O tecido caía com elegância, esculpindo cada curva de seu corpo com uma precisão quase cruel. Emma, a poucos passos atrás, terminava de fechar o zíper do vestido de Regina, os dedos roçando levemente ao tocar a pele macia que se revelava enquanto subia o fecho.

"Você está incrivelmente linda", Emma murmurou, a voz carregada de admiração e desejo contido. Seus olhos se encontraram no espelho, e Regina percebeu o reflexo do olhar intenso de Emma, que examinava cada detalhe — o contorno perfeito de seu rosto, os olhos castanhos e profundos, a cicatriz delicada no lábio superior... ah, os lábios... os malditos lábios que tantas vezes ela havia beijado e que nunca se cansaria de beijá-los... Cada beijo que trocavam, do mais suave selinho aos mais intensos entre lençóis era um lembrete do quanto se amavam, uma promessa da mais profunda devoção que tinham uma com a outra.

"Obrigada, querida", Regina respondeu suavemente, sentindo o calor subir pelo rosto ao perceber o quanto Emma estava imersa na sua visão. Emma tentava, em vão, afastar os pensamentos que sequestravam sua atenção — pensamentos sobre como Regina ficaria em um vestido de noiva, sobre como ela desejava mais do que qualquer coisa passar a vida ao lado dela.

Regina deu um passo à frente, quebrando o momento e se virou para ajudar Emma a vestir seu próprio vestido. Os olhos de Regina desceram pelo corpo alvo de Emma. Havia pequenas pintinhas espalhadas por suas costas e Regina as contornou com as pontas dos dedos enquanto ajustava o tecido, vendo Emma arrepiar-se.

Amava o quanto Emma reagia aos seus toques.

Um pequeno sorriso surgiu nos seus lábios ao vê-la finalmente com o traje, estava maravilhosa. "Você está perfeita, minha querida", Regina sussurrou, sua voz repleta de emoção. Antes que Emma pudesse reagir, Regina inclinou-se e depositou um beijo suave no pescoço dela, sentindo o tremor que percorreu o corpo da loira em resposta.

Emma fechou os olhos por um breve segundo, inclinando seu pescoço rumo a morena para captar cada fagulha daquele momento. Regina abraçava sua cintura e Emma acariciava seus braços com carinho. Sentia seus poros a absorvendo, absorvendo seu amor, sua flagrância, suas palavras... o toque macio dos lábios em seu pescoço a tirava de órbita, mas suas palavras ternas a traziam de volta de maneira suave, relembrando-a de quanto tudo aquilo era real.

Emma tentava controlar a onda de sentimentos que a invadia, mas era inútil. Impossível.

Ao mesmo tempo toda essa sensação partia de Regina, também já tinham vida própria dentro de si, eram incontroláveis. Arriscava dizer que seu coração batia não mais para mantê-la viva, mas tão somente por Regina existir.

Emma olhou no espelho encontrando as orbes castanhas e sorriu carinhosamente, mas se Regina olhasse bem, veria o medo que Emma cultivava de perdê-la um dia. Regina a acompanhou enquanto as visualizava juntas a frente, o reflexo parecia-lhe quase uma sugestão, um convite para algo maior.

Emma, presa a seus pensamentos, não conseguia imaginar naquele momento, mas Regina também ponderava sobre aquelas mesmas coisas.

Regina não conseguia imaginar-se um dia sem Emma e a intensidade desse pensamento a deixava cada vez mais atordoada.

[...]

David entrou na empresa com passos decididos, os ombros retos dentro do terno azul perfeitamente alinhado lhe aumentavam a confiança, mas o coração ainda estava acelerado.

Sentia o aroma familiar do local que ele havia construído com tanto esforço. Cada passo reverberava pelos corredores, trazendo à tona uma mistura de nostalgia e determinação. Lembrou-se dos primeiros dias, quando cada decisão era um risco calculado, cada contrato fechado uma vitória pessoal.

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