Loyalty

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Lealdade. Quanto custa a lealdade? Há um preço? Um prazo de validade?

A lealdade, em sua essência, deveria ser um vínculo sagrado, uma promessa silenciosa de estar ao lado de alguém, não importa o que acontecesse. Mas, ao longo de sua vida, Emma testemunhara o quão frágil esse laço podia ser.

Ela se lembrava de quando seu pai, David, havia confiado a Ingrid e James cargos importantes na empresa, um gesto de confiança que refletia seu desejo de proteger e elevar sua família. David nunca hesitou em acreditar nas pessoas que amava. Mas, o que Emma não conseguia compreender era o motivo da traição.

Por que Ingrid e James, que haviam sido favorecidos se voltaram contra ele? Por que traíram aquele que lhes ofereceu uma posição de destaque, não só na empresa, mas na vida deles?

Essas perguntas não tinham respostas fáceis. Emma sabia que o coração de seu pai havia sido partido naqueles momentos de traição. A dor de ver aqueles em quem confiava o decepcionarem, justamente quando ele mais precisava, era um golpe profundo.

Era como se a lealdade, que deveria ser uma fortaleza inabalável, tivesse se desmoronado em uma nuvem de desilusão e traição. Emma se perguntava se o conceito de lealdade ainda tinha algum significado verdadeiro. Se poderia o encontrar.

[...]

O silêncio que se seguiu à entrada abrupta de Emma na sala era ensurdecedor. Ingrid, ainda com o telefone em mãos, estava paralisada, sua expressão alternando entre choque e medo. O sorriso frio de Emma permanecia em seus lábios enquanto ela observava a reação da mulher à sua frente. Cada segundo que passava aumentava a tensão na sala, como se o ar estivesse carregado de eletricidade.

Regina, Ruby, Killian, e August posicionaram-se estrategicamente na sala, criando uma presença intimidadora. O contraste entre a força tranquila de Regina e a fúria controlada de Emma era palpável. As secretárias, ainda de pé do lado de fora, olhavam apreensivas para dentro da sala, sem ousar interromper a cena.

“Oh querida, não precisa desligar o telefone. Na verdade, isso é ótimo pois assim já aviso os dois”

Emma avançou, seus passos ecoando no chão de mármore, até parar em frente à mesa de mogno onde Ingrid estava sentada. Com um movimento lento e deliberado, ela colocou uma pasta de couro marrom sobre a mesa, abrindo-a em seguida. De dentro, retirou um documento que passou com firmeza para Ingrid, seus olhos nunca deixando os da mulher.

"Assinado por David Swan," disse Emma, sua voz baixa, mas carregada de autoridade. "Essa é a autorização que me permite ter acesso irrestrito a qualquer documento administrativo ou contábil desta empresa. Estou aqui em nome do meu pai e não vou sair até que cada uma das suas sujeiras tenha sido exposta."

Ingrid, com as mãos trêmulas, pegou o documento. Seus olhos se arregalaram enquanto ela lia as palavras que confirmavam o que Emma havia dito. A assinatura de David, seu irmão, estava lá, inconfundível e inquestionável. Por um momento, a mulher ficou em silêncio, tentando processar o que aquilo significava.

"Você... você não pode fazer isso, Emma," disse Ingrid, sua voz saindo mais fraca do que ela pretendia. "Isso vai destruir a empresa... você não tem ideia do que está em jogo aqui."

James, ao telefone ouvia atentamente a conversa de sua sala completamente imóvel.

Emma inclinou-se ligeiramente para frente, sua expressão endurecendo. "Eu posso fazer o que eu quiser, Ingrid" respondeu ela, sua voz se tornando um sussurro perigoso. "Esta empresa pertence ao meu pai e a mim. Se eu decidir pôr fogo nela e assistir enquanto tudo se desintegra, eu posso. Mas não estou aqui para isso. Estou aqui para garantir que você e James paguem por cada centavo desviado, por cada traição, por cada lágrima que meu pai derramou por causa de vocês."

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