CAPÍTULO 04 - Capítulo especial

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NO CAPITULO ANTERIOR...

"Você está ferido?" o homem perguntou, sua voz profunda e calma.

Jorge, ainda ofegante, respondeu: " Pai! É você ?"

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Jorge encara o homem à sua frente, os olhos arregalados de surpresa. "Quem é você?" A voz dele sai hesitante, quase sem acreditar no que está acontecendo.
O homem dá um passo à frente, o rosto grave, mas com uma ternura inegável. "Sim, sou eu, filho... seu pai."
Jorge sente o mundo girar ao seu redor. Ele recua, balançando a cabeça em negação. "Não... não pode ser... você está morto!"
O homem avança e envolve Jorge em um abraço apertado, como se quisesse recuperar todos os anos perdidos. "Eu sei que parece impossível, mas estou aqui. Nunca quis te deixar, Jorge. Mas não tinha escolha."
Jorge se agarra ao pai, as lágrimas escorrendo livremente. "Por quê? Por que você fez isso comigo? Eu te procurei em cada canto, eu sofri tanto..."
O pai afasta-se levemente, segurando os ombros de Jorge. "Eu sei, filho. Mas não posso te explicar agora. Se ficarmos aqui, eles vão nos encontrar. Precisamos sair daqui, agora."
Jorge, ainda atordoado, tenta entender a urgência na voz do pai. "Mas e as respostas? Eu preciso entender!"
O pai olha fundo nos olhos de Jorge, cheio de dor e arrependimento. "Você vai ter suas respostas, Jorge. Mas não agora. Confie em mim, precisamos ir."
Jorge hesita por um segundo, mas o olhar do pai o convence. Ele finalmente assente. "Vamos."
Juntos, eles saem rapidamente, sem olhar para trás, em direção ao esconderijo do pai.

Na casa de Léo, Renan anda de um lado para o outro na sala, a respiração ofegante. Cada pensamento é um turbilhão de medo e ansiedade. "Ele vai me matar... Ele vai matar a Marianna..." sussurra para si mesmo.
Com mãos trêmulas, Renan pega o celular e disca o número de Alex. "Atende, atende..." murmura, enquanto o telefone chama. Quando Alex atende, Renan fala quase sem respirar: "Alex, preciso da sua ajuda. Guarde a caixa de emergência, a que tenho contra o Léo. Pode ser a nossa única chance!"
Alex, do outro lado da linha, fica em silêncio por um momento antes de responder. "Renan, o que está acontecendo? Você está bem?"
Renan passa a mão pelo rosto, tentando manter a calma. "Não estou bem, Alex. Estou ferrado. Só me promete que vai guardar essa caixa. Se algo acontecer comigo, você sabe o que fazer."
Alex respira fundo, preocupado. "Está bem, Renan. Eu vou cuidar disso. Mas você precisa se acalmar."
Renan desliga o telefone e fecha os olhos, tentando acalmar a tempestade dentro de si, mas a sensação de perigo iminente não o deixa em paz.

Marianna entra no quarto de Léo com passos pesados, como se cada movimento fosse um esforço enorme. Seus olhos estão fixos no chão, e a culpa pesa em seus ombros. "Léo, por favor... me ouve..." começa ela, a voz fraca. "Foi o Renan... ele me forçou... eu jamais faria isso com você por vontade própria."
Léo a interrompe bruscamente, a voz carregada de frieza. "Eu já cansei das suas desculpas, Marianna. Não vou mais tolerar suas traições. Depois das eleições, vou pedir o divórcio."
Marianna sente como se tivesse levado um golpe no estômago. "Não, Léo! Não faça isso! Eu te amo! Eu juro que nunca mais vou te magoar assim! Por favor, me perdoa!" Ela cai de joelhos diante dele, as mãos agarrando as pernas dele com desespero. "Eu faço qualquer coisa, só não me deixe!"
Léo olha para baixo, para Marianna ajoelhada aos seus pés, com um misto de nojo e desprezo. "Você não passa de uma decepção, Marianna." Ele levanta o pé e a empurra para o lado, fazendo-a cair no chão com um baque surdo.
Marianna sente a dor do impacto, mas o que realmente dói é a humilhação. Ela se levanta lentamente, as lágrimas misturadas com raiva. "Você vai se arrepender disso, Léo. Vai se arrepender amargamente." Com isso, ela sai do quarto, o coração batendo forte, a raiva crescendo a cada passo.

Omar, sentado à sua mesa no escritório, termina de manipular as fitas com um toque de satisfação sombria. Ele as coloca cuidadosamente dentro de um envelope e o entrega a Victor Wolkoff, que observa com um sorriso de canto.
"Essas fitas são a chave para destruir Jorge," diz Omar, passando o envelope para Victor.
Victor pega o envelope e acena com a cabeça, seus olhos brilhando de entusiasmo. "Léo vai adorar isso. Vamos acabar com Jorge de uma vez por todas."
Omar se recosta na cadeira, relaxando pela primeira vez em dias. "Só certifique-se de que essas fitas caiam nas mãos certas, Victor."
Victor sorri de volta, confiante. "Pode deixar comigo. Léo vai exibir isso para todos no próximo comício."

No esconderijo do pai de Jorge, a tensão é palpável. Jorge está sentado à mesa, olhando para seu pai e para Brenno, o rosto marcado pela confusão e incerteza. "Brenno... você sabia disso o tempo todo? Sabia que meu pai estava vivo?"
Brenno dá de ombros, evitando o olhar de Jorge. "Eu sabia, Jorge. Mas era perigoso demais você saber. Isso poderia ter te matado."
Jorge aperta as mãos, tentando controlar a frustração. "Eu me sinto tão perdido... Não sei mais em quem confiar."
Seu pai se aproxima, colocando uma mão firme no ombro de Jorge. "Filho, sei que é difícil, mas agora precisamos nos concentrar. Léo é a ameaça maior. Precisamos acabar com ele primeiro, depois vou te contar tudo."
Jorge olha para o pai, seus olhos pedindo desesperadamente por um pouco de segurança. "Tudo bem. Qual é o plano?"
"Precisamos das provas que Léo tem contra você. Se conseguirmos essas provas de volta, podemos virar o jogo. Brenno vai se infiltrar na casa de Léo como secretário. Ele vai conseguir o que precisamos."
Jorge encara Brenno, a dúvida estampada em seu rosto. "E se algo der errado?"
Brenno se inclina para frente, olhando diretamente nos olhos de Jorge. "Eu não vou falhar. Pode confiar em mim."
Jorge respira fundo, mas o medo de tudo dar errado ainda o consome.

Na casa de Moretti, ele está inquieto, andando de um lado para o outro, enquanto observa as notícias na TV. Léo está crescendo nas pesquisas de intenção de voto, e isso só aumenta sua preocupação. "Ele está ganhando força... Não podemos deixar isso acontecer."
Moretti pega o telefone e liga para Alex. "Alex, preciso de você e do Alan para encontrar Jorge. Ele está foragido, mas ainda está por perto. E ouvi dizer que você tem uma caixa de emergência com provas contra o Léo. É verdade?"
Alex hesita antes de responder. "Sim, eu tenho. Mas por que está perguntando?"
Moretti sorri, uma ideia se formando rapidamente. "Essa caixa pode ser a nossa carta na manga. Preciso que você a entregue no próximo comício de Léo. Isso pode acabar com ele de uma vez por todas." Alex fica em silêncio e encerra a ligação

Horas mais tarde, Brenno chega à casa de Léo para a entrevista de emprego. Léo está sentado atrás da mesa, examinando o currículo de Brenno com uma expressão impassível. "Você tem boas qualificações, Brenno. Mas por que acha que é o melhor para este trabalho?"
Brenno mantém a compostura, sua voz calma e firme. "Eu sou leal, Léo. Sei que você precisa de alguém de confiança, alguém que cuide dos seus interesses sem fazer perguntas. Sou essa pessoa."
De repente, um grito estridente rompe a tensão no ar. Léo ergue a cabeça, alarmado. "O que foi isso?" Ele se levanta apressado. "Espere aqui," diz ele a Brenno, antes de sair correndo do escritório.
Brenno observa Léo desaparecer pelo corredor e, sem perder tempo, começa a procurar pelas fitas, vasculhando as gavetas rapidamente.
Na sala de estar, Léo se depara com uma cena aterrorizante. Marianna está ajoelhada ao lado do corpo de Renan, que está ensanguentado no chão, os olhos vidrados, sem vida. Ela está em choque, as mãos trêmulas cobertas de sangue. "Eu... eu não sei o que aconteceu... Ele estava assim quando eu cheguei..."
Marianna olha para ele, atônita, as mãos tremendo. “Eu... eu não fiz nada! Ele já estava assim quando eu cheguei!”
Léo não acredita. “Mentira! Você matou Renan, e agora vai pagar por isso!”

CONTINUA NO PRÓXIMO CAPITULO.

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