CAPÍTULO 09 - Últimos capítulos

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NO CAPÍTULO ANTERIOR...

Jorge respirava com dificuldade, seu corpo tenso. "Você é... você é completamente insana."

Ela sorriu, um sorriso vazio, sem qualquer resquício de sanidade. "Talvez. Mas agora você não tem mais escolha."

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Jorge estava sentado no chão frio, o rosto molhado de lágrimas e o corpo preso pelas cordas. Sua respiração era pesada, o coração acelerado. A porta do quarto se abriu com um rangido sinistro, e Marianna entrou, sorrindo com malícia. Ela se aproximou lentamente e, sem aviso, puxou Jorge pelo cabelo, forçando-o a encará-la.

— Você realmente pensou que poderia me enfrentar, Jorge? — provocou ela, inclinando-se para forçar um beijo em seus lábios.

Jorge, com o pouco de força que lhe restava, empurrou-a bruscamente, afastando o rosto com repulsa.

— Me deixa em paz! — gritou ele, a voz rouca de desespero. — Alguém me ajuda, pelo amor de Deus!

Marianna riu, fria e controlada, pegando uma mordaça e rapidamente amordaçando-o. O olhar dela era de puro desprezo.

— Grita o quanto quiser, ninguém vai te ouvir. Você está sozinho... exatamente como eu quero.

Jorge balançou a cabeça, impotente, enquanto as lágrimas caíam. Marianna deu uma última olhada nele, satisfeita, antes de sair do quarto, trancando a porta atrás de si.

No centro da cidade, Ricardo e Léo caminhavam rápido, olhos atentos à movimentação ao redor. Ambos estavam visivelmente tensos. A notícia de que Marianna havia despistado a polícia os fazia sentir o peso de uma catástrofe iminente. Léo puxou o braço do pai, tentando evitar os olhares curiosos.

— Ricardo, precisamos sair daqui. Não temos tempo... — disse Léo, com a voz baixa, quase um sussurro.

Ricardo balançou a cabeça, a expressão carregada de arrependimento.

— Léo, eu... — ele hesitou, a voz embargada. — Eu nunca devia ter deixado isso chegar tão longe. Isso tudo é culpa minha.

— Não é hora de se culpar! Temos que pensar no que fazer — Léo tentou ser firme, mas sua voz também tremeu um pouco.

De repente, um grupo de repórteres surgiu, cercando-os com microfones e câmeras. Flashs disparavam de todos os lados.

— Ricardo, Léo! Vocês têm algo a dizer sobre a fuga de Marianna? — um repórter perguntou, pressionando o microfone na direção de Ricardo.

Ricardo ficou paralisado, os olhos vagando entre as câmeras, mas antes que pudesse responder, a polícia apareceu e os levou rapidamente para a delegacia, afastando os repórteres.

Do outro lado da cidade, Victor Wolkoff estava em pânico. Ele olhava para o corpo de Omar, estirado no chão, envolto em sangue. Victor tremia incontrolavelmente. O medo o dominava, e ele se ajoelhou, colocando a mão no peito de Omar.

— Omar... — sussurrou ele, com a voz sufocada. — Omar, me responde! Por favor...

Ele não queria acreditar, mas já sabia a verdade. Omar estava morto. Victor se levantou cambaleante, lágrimas escorrendo pelo rosto.

— O que eu fiz? — perguntou ele a si mesmo, a voz quase inaudível.

Sabendo que não tinha muito tempo, Victor secou o rosto com as mãos trêmulas. Ele pegou a arma que estava ao lado do corpo e a escondeu dentro da bolsa. Olhou ao redor, verificando se havia deixado rastros. Antes de sair, respirou fundo, tentando compor-se, e fechou a porta, deixando o local como se nada tivesse acontecido.

Na delegacia, o caos reinava. Ricardo e Léo estavam cercados de oficiais, mas ninguém sabia exatamente o que fazer. Moretti entrou às pressas, olhando ao redor como se buscasse uma solução imediata.

— O que está acontecendo aqui? — perguntou Moretti, tentando soar calmo.

Ricardo, no entanto, não estava disposto a ouvir mais nada.

— Vai embora, Moretti! — gritou Ricardo, o rosto se contorcendo de raiva. — Você só atrapalha! Não consegue fazer nada certo!

Moretti olhou surpreso para Ricardo, os olhos ardendo de indignação.

— Eu estou aqui para ajudar, Ricardo! Não percebe que estamos no mesmo barco?

Antes que Moretti pudesse continuar, Ricardo avançou e, com um soco violento, o acertou no rosto. Moretti tropeçou para trás, segurando o nariz que agora sangrava. Policiais correram para separá-los, enquanto Léo, exasperado, intervinha.

— Vocês dois! — Léo gritou, ofegante. — Isso não vai ajudar em nada! Estamos todos no meio de um furacão, e vocês querem se matar?

Ricardo, ainda ofegante, olhou para Moretti com desdém, mas sabia que Léo estava certo. Ele se afastou, esfregando as têmporas, tentando controlar a raiva.

Na televisão, as manchetes sobre as eleições sendo paralisadas por tempo indeterminado passavam em todos os canais. Os protestos se alastravam pelas ruas de São Paulo, e o nome de Marianna estava em todas as bocas. "Foragida", diziam os noticiários. Ao mesmo tempo, muitos começavam a apoiar Moretti publicamente, enquanto a cidade estava à beira de uma explosão.

No esconderijo, Brenno acordou, o corpo ainda ferido e dolorido. Ele olhou ao redor, confuso, e percebeu que estava sozinho. Com um gemido de dor, ele se arrastou para fora da cama e, mesmo com a visão turva, começou a caminhar pela floresta ao redor do local, determinado a encontrar Jorge.

Enquanto isso, Marianna entrou novamente no quarto onde Jorge estava preso, carregando um prato de comida nas mãos. Ela se aproximou, os passos lentos e calculados, e jogou o prato no chão, espalhando a comida por todo o lado.

— Está com fome, Jorge? — perguntou ela, a voz cheia de veneno. — Vai comer igual a um cachorro agora.

Jorge, com os braços amarrados e a cabeça baixa, lutou para não desmoronar. Ele olhou para a comida espalhada no chão, as lágrimas molhando seu rosto. Tremendo de humilhação, ele se jogou para frente, caindo com a cadeira e começando a comer do chão.

— Isso, Jorge — zombou Marianna, rindo alto. — Você merece. Só isso para alguém como você.

Ela deu as costas, ainda gargalhando, e saiu do quarto, deixando Jorge sozinho na escuridão.

Do outro lado da cidade, Victor Wolkoff estava terminando de arrumar suas malas. Ele viu na televisão as notícias de que Léo havia sido inocentado, e que Marianna era agora procurada pela polícia. Ele soltou um suspiro aliviado e um sorriso vitorioso apareceu em seu rosto.

— Finalmente, livre... — murmurou para si mesmo enquanto fechava a última mala. Ele saiu apressado, dirigindo-se ao aeroporto, determinado a fugir do país antes que algo mais desse errado.

De volta à delegacia, Léo se aproximou de Ricardo, que estava sentado em silêncio, com o olhar perdido. Ele hesitou por um momento, antes de falar:

— eu preciso saber... aquele quadro. Eu apontando uma arma para você... o que significa?

Ricardo soltou uma risada amarga e, com um suspiro pesado, puxou um pedaço de tela rasgado de dentro do casaco.

— Não era para mim que você apontava a arma, Léo — disse Ricardo, com um sorriso triste. — Era para Jorge.

Ricardo tira uma parte do quadro rasgado, onde a figura de Marianna estava escondida por trás da imagem principal. Ela observava tudo, com um sorriso cruel. Léo engoliu em seco, sentindo o peso da culpa o afogar. Ricardo, percebendo o desconforto do filho, pousou a mão em seu ombro.

— Nós vamos superar isso, Léo. Quando Jorge voltar, tudo vai se acertar.

Ele puxou Léo para um abraço apertado, tentando confortá-lo.

Enquanto isso, Marianna vigiava Jorge. De repente, ouviu um som estranho vindo da entrada da casa. Seu coração acelerou, e ela correu até a porta. Ao abri-la, sua expressão mudou de surpresa para choque.

— Renan?! — exclamou Marianna, os olhos arregalados, sentindo o ar se tornar pesado entre eles.

CONTINUA NO PENÚLTIMO CAPÍTULO

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