CAPÍTULO 01 - Uma pintura do destino

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Na grande metrópole de São Paulo, mais precisamente na Universidade REC. Jorge e Brenno então caminhando em direção ao refeitório.

Jorge e Brenno chegaram ao refeitório da faculdade e se sentaram em uma mesa isolada. Brenno observou que Jorge estava mais distante do que o normal.

"Você parece preocupado. Está tudo bem?" Brenno perguntou, servindo café para os dois.

Jorge suspirou, olhando para a xícara. "Tive um pesadelo horrível sobre meu pai. Foi como reviver o dia da morte dele."

Brenno franziu a testa, mostrando preocupação. "Sinto muito. Pode me contar mais?"

"Era tão real", Jorge continuou, sua voz falhando. "Ele estava desesperado, e eu me sentia impotente."

Brenno estendeu a mão e a colocou sobre o ombro de Jorge. "Seu pai foi um homem incrível, Jorge. Fez muito pelo país e pela nossa comunidade. O que você sonhou não muda o que ele foi na vida real."

Jorge o olhou com gratidão. "Obrigado. Eu realmente precisava ouvir isso."

Brenno o abraçou. "Sempre estarei aqui para você. Lembre-se do que ele fez de bom, e não só da dor."

Enquanto o abraço confortava Jorge, ele sentiu um alívio momentâneo. O café esfriava à sua frente, mas a presença de Brenno trazia uma sensação de calma inesperada.

Horas depois, Jorge retornou para casa, sua mente ainda turvada pelo pesadelo. Cada passo pelos corredores da casa parecia mais pesado do que o anterior. O silêncio da casa, uma constante lembrança da ausência de seu pai, parecia ainda mais opressor.

Ele subiu para o quarto do pai, um lugar que guardava a essência da pessoa que ele havia perdido. O ambiente estava como sempre, com móveis escuros e uma atmosfera de seriedade. Seus olhos foram atraídos para o grande quadro na parede, uma pintura imponente do pai em seu auge, rodeado de símbolos presidenciais.

Jorge se aproximou e examinou o quadro com um olhar curioso. Algo na pintura parecia estranhamente perturbador, como se estivesse carregando um segredo. Ele se aproximou mais, e foi então que notou um detalhe que fez seu coração disparar: na parte inferior da tela, um homem escondido na penumbra estava apontando uma arma diretamente para a figura do pai.

A imagem era clara e inconfundível. Jorge sentiu uma onda de choque ao reconhecer o homem com a arma: era Léo, o candidato a presidente. O terror e a fúria se misturaram dentro dele.

Com um grito de raiva e incredulidade, Jorge arrancou o quadro da parede, o som do estrondo ecoando pelo quarto. Colocou-o sobre a mesa, a respiração ofegante enquanto suas mãos tremiam. Ele agarrou um canto do quadro e rasgou a tela com uma força descontrolada, as partes rasgadas caindo pesadamente ao chão.

A visão do retrato destruído diante dele intensificou sua raiva. A ideia de que o pesadelo pudesse ter sido um aviso sobre a ameaça real de Léo apenas solidificava sua determinação. Ele se abaixou, observando os pedaços da pintura espalhados pelo chão.

"Eu vou fazer justiça," Jorge murmurou, a voz carregada de uma determinação fria. "Léo vai pagar por tudo o que fez."

Com a mente em fúria e a decisão cristalizada, Jorge sabia que precisava agir. O desejo de vingança misturava-se com a necessidade de proteger a memória de seu pai. O que começou como uma sensação de impotência agora transformava-se em um plano firme de ação. A luta pela verdade e pela justiça estava apenas começando.

Léo estava no camarim, ajustando a gravata enquanto se preparava para o comício. A sala estava cheia de papéis e anotações de discurso, mas ele estava calmo e concentrado. Sua esposa, Marianna, observava com uma expressão de apreensão.

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