Máfia

Especial I

Eai amores!

Como prometido, agora que Meu Mafioso já tem muito mais de duas mil visualizações, eu estou publicando os dois capítulos especiais, contando a backstory de Dylan e Vince(separadamente), e esse é o especial I, que conta o passado de Dylan até chegarmos no ponto em que nossa história começa.

Lembrando que eu não pago terapia para ninguém e se quiserem essa é uma playlist que eu fiz especialmente para o Dylan para vocês entenderem a "estética" dele:

https://open.spotify.com/playlist/2T99Fy1KzJeZ6SsgCDOgyb?si=cvus9iVWT6GBM2Y6lusdNA&pi=gz40Q8SJS8CMV

°°°۝°°°

Dylan Moretti

"Quanto barulho...Por que tudo é tão barulhento aqui?"

Eu tampava meus ouvidos enquanto meus primos corriam para todos os lados, minhas tias brigavam com eles e meus tios conversavam e riam alto sobre alguma coisa que eu não entendia.

Eu estou sentado em uma poltrona, ao lado de meu pai...Ele é loiro, olhos escuros e pele branca, bem diferente dos meus tios, que se parecem com minha avó, que possui cabelos escuros, ele também é um pouco mais alto que eles, mas não muito.

Me estico na poltrona, puxando a barra de sua camisa azul marinha e chamando sua atenção.

-Hum? O que foi Dylan?-Ele me perguntou com seu típico sorriso. Meus tios instantaneamente ficaram seus olhares em mim, o que eu odiava.

-Cadê a mamãe?-Eu queria ela, queria ficar longe daqueles homens brutos e grotescos.

Ouvi o tio Marc rir.

-Mamãe? Henry, seu garoto chama a Diana de mamãe?-Ele desabou em uma gargalhada alta, fazendo meus tios e primos rirem também.

De repente sinto uma mão quente tocar meu ombro. Era minha mãe, eu tinha certeza.

Ela se apressou em ficar na minha frente e me pegar no colo, se virando para os meus tios. Ela estava brava, não comigo, com eles.

-Oras, Marc! Qual o problema dele me chamar de mamãe? Dylan tem cinco anos, é uma criança!-Ela esbravejou, fazendo todos os homens do cômodo ficarem em silêncio.-E você, Henry!? Seu dever como pai deveria ser defender e cuidar do seu filho, mas parece que você não sabe fazer isso...Ou melhor, nenhum de vocês sabe! Vejam só!-Ela apontou para meus primos, todos sujos de terra e alguns até mesmo com machucados nas pernas.

Todos eles ficaram em silêncio, até porque eles sabiam que estavam errados e minha mãe deu um longo sermão nos homens, que nem mesmo pensavam em responder ela.

Essa era minha mãe.

Uma mulher de altura mediana, cabelos escuros e ondulados até a altura dos ombros, olhos verdes e um olhar penetrante e profundo que, se estivesse bravo, poderia fazer qualquer um estremecer, mas que quando continha um olhar carinhoso você poderia olha-lo por horas sem se cansar.

Me aconcheguei em meio aos seus braços enquanto ela andava para uma parte mais afastada da casa, onde apenas meu avô estava sentado enquanto lia um jornal qualquer.

Ele nos encarou quando minha mãe se sentou comigo no colo, ficando em silêncio por um longo período, tendo apenas minha mãe falando.