Out Of The Woods

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Olá, boa tarde, queridos leitores, eis que a atualização chegou.

Desculpe pelos vários dias de atraso!!! Viajei a trabalho e fiquei doente e precisei me afastar das redes sociais e me tratar, então peço desculpa pela demora na atualização.

Gostaria de agradecer e celebrar a Fanfic, que atingiu mais de 6k de visualizações, somando a quase 600 votos ao longo dos capítulos. Essa marca me deixa muito emocionada, senão fosse por vocês, a Fanfic não teria chegado até aqui. Quero pedir encarecidamente que comentem ao longo do capítulo, gosto de escutar a opinião de cada um para saber se estou no rumo certo.

E por fim, agradecer à minha coautora querida Jaqueline, que está comigo desde o começo(@fearntjihyo), que me ajuda a elaborar o roteiro e revisar os capítulos. Por favor, comentem, reclamem, deixem suas sugestões, o feedback de vocês é extremamente importante para mim. À disposição no twitter @Stupid_TB.

Sem mais delongas... Boa leitura!!!


O VAZIO DE SUA AUSÊNCIA

POV BECKY

Os dias se estendiam como fios de seda, cada manhã era um suspiro lento, um desenrolar preguiçoso do tempo. Envolvida nas gravações da série que haviam se aprofundado ainda mais, cada cena exigia de mim uma concentração total, e as aulas de tailandês pareciam um esforço interminável. O pouco tempo que sobrava eu tentava dividir entre estudar os blocos de textos para gravar no dia seguinte, dar atenção à minha mãe, que se esforçava para passar um pouco mais de tempo comigo, e trocar mensagens com Irin. Ocasionalmente, quando nossos horários se encaixavam, falava com Merle, minha amada amiga alemã. Mas nada disso se comparava à troca que eu tinha com a Freen. Ela, a enigma tailandesa que havia se tornado o compasso dos meus pensamentos. Desde aquele dia da chuva, quando nossos olhos se cruzaram, ela havia se infiltrado em mim como uma melodia persistente.

No entanto, ela havia desaparecido. As trocas de mensagens, que eram recorrentes diariamente, aos poucos foram se tornando raras e muito rasas. Eu via que ela estava se afastando e não entendia como nem o por que isso estava acontecendo. No nosso último encontro, havíamos combinado que ela continuaria a me dar "aulas de tailandês" no apartamento dela, ela havia prometido que estaria comigo neste momento em que me encontrava. Então, quer dizer que aquela troca que tivemos fora tudo da boca para fora?

Me sentia patética e, às vezes, me arrependia de ter ido ao seu apartamento. Será que a assustei com o meu jeito complexo de ser e, por isso, ela estava se afastando de mim? Não foram nem uma, nem duas vezes que me encontrei sentindo sua falta, e sim absolutamente em todos os momentos. Gozado, né? Porque foram poucos encontros, eu a conhecia muito antes, mas ela não se lembrava de mim. Procurei tanto por ela, e agora me encontro aqui, sentada em frente ao piano na sala do meu apartamento onde não tinha ninguém. Absolutamente só eu, a partitura e a solidão que me abraçava e me tomava com força em seus braços.

E era nesses momentos que eu me permitia chorar. Tocando as teclas brancas do piano, sentia sua falta com uma intensidade que me deixava quase sem fôlego. Cada nota que eu tocava, parecia carregar um pedaço da minha tristeza, ecoando pelo vazio da sala. As lágrimas deslizavam pelo meu rosto caindo sobre as teclas.

O silêncio após cada música era ensurdecedor, uma lembrança constante da ausência dela. Eu sentia como se uma parte de mim estivesse faltando, uma parte que Freen havia levado consigo. Cada dia que passava sem suas mensagens era uma tortura lenta, uma prova constante do vazio que ela deixava em minha vida.

Eu queria entender por que ela estava se afastando, queria confrontá-la e perguntar o que havia mudado. Mas ao mesmo tempo, tinha medo da resposta. Talvez a realidade fosse mais dolorosa do que a incerteza. Então, eu ficava ali sentada ao piano, deixando que a música expressasse a dor que eu não conseguia colocar em palavras.

Midnight RainOnde histórias criam vida. Descubra agora