Don't Blame Me

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Olá, queridos leitores. Final de domingo é sempre um dia bom para att.

Gostaria de pedir desculpas pela demora, estava viajando a trabalho e não tive tempo de finalizar o capítulo. Agora, graças ao Bom Deus, finalmente poderei postar, quero agradecer a todos pelos números tão expressivos alcançados com quase 13K de visualizações e também as mais de 1.2K de votos.

Comentem ao longo do capítulo. Gosto de ler a opinião de cada um para saber se estão gostando ou não hahaha

Agradecer à minha coautora querida Jaqueline, que está comigo desde o começo (@fearntjihyo), que me ajuda a elaborar o roteiro e revisar os capítulos. Por favor, comentem, reclamem, deixem suas sugestões, o feedback de vocês é extremamente essencial para mim. À disposição no twitter @Stupid_TB, mas sem conseguir abandonar o Blue @stupidtb.bsky.social

Sem mais delongas, boa leitura!!!!


CICATRIZ INVISÍVEL

POV NARRADORA

Freen parou, imóvel, sentindo um frio súbito tomar conta de seu corpo. Observava Rebecca, que ria espontaneamente com Heng, de um jeito que a escritora ocasionalmente via. Não tinha como desviar o olhar, cada detalhe do gesto relaxado da britânica e do toque casual do homem em suas mãos parecia cravar-se em sua mente, como se tudo ao redor se dissolvesse, deixando apenas a cena diante dela. A risada de Becky, sempre tão encantadora e autêntica, ecoava como um lembrete da proximidade dos dois, fazendo com que Freen sentisse uma pressão incômoda no peito.

Ornoung, percebendo a reação da amiga, acompanhou o olhar fixo da mesma até a cafeteria e captou rapidamente a situação. Ela tocou o ombro da autora, tentando trazê-la de volta ao presente.

 Freen, está tudo bem?  perguntou ela, sua voz soava suave e, ao mesmo tempo, cautelosa, quase em um sussurro para não assustá-la.

A escritora piscou, voltando a si, mas ainda com os olhos brilhando de um misto de tristeza e incerteza. Tentando disfarçar, ela esboçou um sorriso forçado, mas a amiga percebeu o brilho de ciúme e insegurança em seu olhar.

 Eu... não esperava ver ela aqui  murmurou Sarocha, desviando o olhar por um momento.  E com um homem... Eles parecem bem próximos, não acha?

Orno franziu o cenho, já conhecendo bem as batalhas internas que a amiga travava com seus próprios sentimentos.

 Saro, é normal que ela tenha amigos e que se divirta, especialmente depois de dias exaustivos de gravação  Comentou a advogada, tentando ser sensata.  E talvez ele seja só isso, um amigo ou um colega de trabalho com quem ela se sente confortável.

Saro suspirou, seus ombros tensos denunciando o que ela tentava disfarçar. Ela voltou a olhar para os dois, mas a cena agora a deixava com uma sensação crescente de vazio.

 Eu sei, eu sei...  Freen balbuciou, esforçando-se para manter a voz firme antes de confessar em um sussurro para a amiga.  É só... que eu me sinto estranha vendo tudo isso. Eu me sinto tão próxima dela, e ela de mim, e tem momentos que parecemos tão distantes. Eu sinto que sempre tem algo que a trava e agora, vendo os dois juntos, é inevitável não pensar que talvez o problema seja eu.

A advogada percebeu a pontada de dúvida e temor que estava atravessando a mente da autora. Sem hesitar, ela deu um passo à frente e segurou a mão da amiga, apertando-a levemente.

Midnight RainOnde histórias criam vida. Descubra agora