Sou filho de um duque

Capítulo 47

{ 3 anos depois }

O príncipe herdeiro adentra a cidade montado em seu majestoso cavalo branco. As ruas estão decoradas com bandeiras coloridas e flores, enquanto o som de tambores e trombetas ecoa pelo ar.

Os mercados estão abarrotados de pessoas, cada uma mais animada que a outra. Vendedores gritam suas ofertas, vendendo pães frescos, frutas suculentas, e bebidas refrescantes. Barracas de lembranças estão cheias de pequenos estandartes, medalhas comemorativas e miniaturas de soldados, todos celebrando a grande vitória.

Crianças correm pelas ruas, rindo e brincando, algumas com pequenas espadas de madeira, imitando os heróis que acabaram de retornar. Os adultos levantam suas taças, brindando à saúde do príncipe e à paz recém-conquistada.

À medida que o príncipe herdeiro Levi avança pelas ruas, a multidão se torna ainda mais entusiasmada. Gritos de "Viva ao verdadeiro príncipe herdeiro!" ecoam por todos os lados, seguidos por "O verdadeiro sangue da coroa!" e "Viva Levi, o próximo imperador!"

Os cidadãos levantam suas mãos, acenando bandeiras e estandartes com o emblema real. Alguns jogam pétalas de flores no caminho do príncipe, criando um tapete colorido e perfumado. O som das aclamações é ensurdecedor, mas para Levi, é a melodia mais doce que ele já ouviu.

Já fazia um ano e meio que o antigo imperador Henry havia falecido de uma doença misteriosa que nenhum sacerdote ou médico conseguiu curar, Levi soube da morte de seu pai ainda em guerra, com a dor no coração de não poder comparecer ao enterro do próprio pai.

Quando a tragédia aconteceu a notícia da morte do imperador se espalhou rapidamente, e uma multidão se reuniu do lado de fora do palácio. O medo e a incerteza pairavam no ar, como uma nuvem pesada. As pessoas sussurravam entre si, preocupadas com o futuro. Sem um líder forte, o reino estava vulnerável a ataques externos e conflitos internos.

Durante a morte do antigo imperador a praça central estava lotada, mas um silêncio inquietante pairava no ar. A ausência de um líder no trono deixava a multidão em um estado de apreensão palpável. O príncipe herdeiro estava longe, lutando na guerra, e o medo de que algo pudesse acontecer com ele era constante.

Os nobres, reunidos em pequenos grupos, murmuravam entre si. Alguns sugeriam que, se o pior acontecesse, eles deveriam buscar refúgio. Outros, mais ambiciosos, viam uma oportunidade. Entre eles, a concubina Max, Seus apoiadores via a situação como uma chance de colocar Alex no poder, desafiando a legitimidade do herdeiro.

A facção que apoiava o segundo príncipe começava a ganhar força, e a tensão na praça aumentava. O futuro do reino estava em jogo, e a incerteza sobre quem ocuparia o trono deixava todos em um estado de constante vigilância e medo.

Mas todo  o plano deles desmoronou ao ver o príncipe Levi chegar vitorioso pelos grandes portões do império.

Levi chegou até a frente do palácio. "Finalmente em casa", ele pensou, e respirou aliviado.

À sua frente, uma pilha de degraus o levava até uma grande porta dourada e cheia de detalhes do império. Bem na frente dela estava sua mãe, alguns de seus irmãos, suas mães e milhares de criados que trabalhavam no palácio.

Mas ele só conseguiu focar na sua mãe; a imperatriz aguardava ansiosamente. Seus olhos se encheram de lágrimas ao ver seu filho são e salvo. Antes de Levi conseguir chegar até ela, foi ela quem correu em sua direção, o coração batendo descompassado.

- Meu filho! - ela exclamou, a voz embargada pela emoção - sabia que voltaria.

O príncipe abriu um sorriso cansado, mas sincero, e abraçou sua mãe com força. Levi levantou o olhar ao ver uma silhueta que ele nunca confundiria.