Sou filho de um duque

Capítulo 41

(4 dias após o baile)
*Visão de Ravi*
Hoje era o dia em que meu pai partiria para a guerra junto com as tropas do imperador. Todos os servos acordaram de madrugada para arrumar as coisas, pois o duque partiria às 6:00 da manhã. A mansão parecia entrar em luto pela saída do meu pai.

Eu não falei com ele durante esses quatro dias. Estava chateado pelo fato de ele não ter me contado nada sobre sua partida para a guerra. Eu sentia um aperto no peito, talvez tristeza ou medo.

Meu irmão mais novo, que estava doente, piorou nos últimos dias. A tristeza do meu pai era visível, ele não tinha escolha de ficar em casa para cuidar do filho doente. Enquanto isso, minha mãe tentava manter todas as suas forças para se manter de pé.

Faltavam 15 minutos para dar 6:00.
Todos nós estávamos na frente da mansão.
Os cavaleiros da residência Stewart já estavam todos prontos; eles se encontrariam com a tropa do imperador na saída do reino.

Meu pai se despedia da minha mãe; ela estava meio anêmica e não tinha muita força para ficar em pé. O tempo estava frio. Enquanto ele pegava suas mãos finas, ele dizia coisas carinhosas a ela e lhe deu dois beijos, sendo um deles na testa. - É melhor você descansar... - ele dizia a ela. Uma das servas pessoais da duquesa a levou de volta para seu quarto.

Meu pai falou com Sabás, que era o chefe mordomo da mansão, confiando a ele a responsabilidade de manter a mansão intacta.

Eu estava meio afastado, talvez eu não quisesse vê-lo indo embora... Mas ele se afastou de todos os servos e veio até mim.

- Ainda está zangado?

- O que você acha?

Ele dá um pequeno sorriso e passa a mão nos meus cabelos, como sempre fazia.

- Precisa ir mesmo?- eu disse.

- Infelizmente sim, mas eu sei que você vai ficar bem enquanto eu estiver fora... Desculpe.

Eu olhei para ele.

- Eu devia ter te falado antes, mas eu sabia que você faria um monte de perguntas e não me deixaria em paz.

- São 3 anos...

- Eu sei, mas eu venho aqui ver como vocês estão alguns dias.

Ele pega minha mão.

- preciso que me prometa uma coisa.

- não gosto disso, me faz pensar que talvez você nunca volte.

- então vamos fazer duas.

- hum?

- eu prometo voltar dessa guerra são e salvo. Enquanto a sua promessa é cuidar desse lugar e das pessoas que estão aqui.

- mas o Sabás já faz isso.

- ele só faz 50% do trabalho. O resto é você que vai fazer. Quero que prometa que vai cuidar da sua mãe e do seu irmão, eles estão passando por um momento difícil.

- sim, eu sei.

- lembre-se, Ravi, enquanto eu estiver fora, a autoridade maior desta mansão é você. Isso será uma boa experiência para você no futuro.