CAPÍTULO 10

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Faz algumas semanas desde o dia que Atticus me trouxe para fora e meio que virou nossa rotina vir para cá e ficarmos embaixo da árvore enquanto eu leio para ele. Atticus não admite mas sei que gosta de ouvir minha voz.

A marca da cobra em sua pele sempre se move em minha direção quando começo a ler, os olhos da cobra em sua pele sempre atentos como se não quisesse me perder de vista. É assustador mas eu gosto, muito mesmo.

Nesse momento estamos encostados na árvore grande e bonita, ele está sem camisa e seu tronco exposto sempre me chama atenção, é grande e bonito e sinto vontade de morder, me agarrar à ele e não soltar nunca. Faz um tempo que estou traçando meus dedos pelos riscos de marca e assistindo sua pele se arrepiar com meu toque, tenho que admitir que adoro saber que posso afetá-lo desta forma. Estava tudo na mais perfeita paz, em silêncio confortável enquanto a brisa suave do fim de tarde balançava meus cabelos, Atticus estava com os olhos fechados e a cabeça apoiada na árvore, quando sinto algo subindo na parte de trás do meu ombro e automaticamente levanto aos berros e batendo e chacoalhando o corpo para tirar seja lá o que for, Atticus deu um pulo no lugar e me olha assustado.

- AHH TIRA, TIRA - jogo meu cabelo para frente e tento alcançar o bicho com minhas mãos - Meu deeus, TIRA ATTICUS - berro com ele que me olha sem entender mas mesmo assim levanta e vem para mim.

- O que foi sua doida?

- Tem algo em mim, por favor tira - viro de costas para ele choramingando - Tira por favor, não é uma aranha né? Por favor que não seja - aperto meus olhos e ele ri - Não ri porra, tira isso de mim - estou agoniada, ainda sentindo algo preso na minha pele.

- Oh cara, é enorme... horrivelmente grande.

- Ah céus... vou desmaiar, TIRA LOGO.

- Ok, pronto... olha só nem é assustadora - me viro para ele que volta a jogar seja lá o que for em mim.

- AH PORRA, NÃO - volto a pular como louca e ele ri alto e entao eu aceryo um tapa forte em seu braço - NÃO É ENGRAÇADO, aí que nojo...

- Era uma folha.

- Mentiroso.

- Ah - ele se aproxima, perto demais devo dizer, é tira algo do meu cabelo e me mostra uma folha - Uma folha grande, viu.

- Oh - faço bico envergonhada e ele ri, ainda muito perto - Desculpe ter te batido.

- Não fez nem cócegas - dá de ombros e faço careta.

- Você se acha né?

- De acordo com você, eu tenho motivos para isso.

- Eu nunca disse isso.

- Mas pensou, vive pensando no quanto sou forte e bonito, no quanto quer me tocar e sentir meu toque, o quanto eu sou atraente e másculo - ele se aproxima mais e se abaixa para ficar do meu tamanho, seu rosto próximo do meu - Não é? - entorta a cabeça para o lado e engulo seco, prendendo minha respiração.

- Eu... eu não - pisco meio perdida e ele sorri de lado - Vai me beijar? - dou um passo para frente e agora posso sentir sua respiração em meu rosto - Faça... por favor.

Atticus só me encara em silêncio e mordo meu lábio inferior esperando e esperando, na verdade estou sempre esperando que ele tome uma iniciativa e me beije, que me segure firme e me tome para ele só que ele nunca o faz e é por isso que dou um passo para trás, afim de me afastar e fingir que eu não voltei a implorar por ele, só que dessa vez é diferente, dessa vez ele não me deixa me afastar.

Ele me puxa de volta, passa seu braço direito por minha cintura e cola nossos corpos, prendo minha respiração e arregalo meus olhos sem acreditar. Seu rosto chega cada vez mais perto e eu respiro fundo de repente muito ansiosa, Atticus leva a mão livre para meu pescoço, o polegar faz um carinho leve em minha bochecha e fecho meus olhos enquanto me inclino na direção de seu toque e é quando acontece.

Articus me beija.

Atticus

Não sei o que me deu, num instante eu estava sentado aproveitando do toque suave dela na minha pele, toque esse que sempre me acalma e esvazia a mente, e no outro eu estava com ela entre meus braços tão rendida que não pude me aguentar e então a beijei.

Quando nossos lábios se tocaram foi como um choque, só um encontrar de lábios mas não demorou para que eu passasse minha língua por seus lábios e sentisse ela suspirar e se agarrar em mim com força, suas unhas ficando em meus ombros enquanto seus lábios se abriam levemente. Nossas línguas se encontram tão rápido, se enroscando de uma força deliciosa que não pode conter o grunhido que soltei.

Porra.

O beijo evoluiu para algo necessitado muito rápido, desespero puro enquanto eu apertava seu corpo no meu. Porque demorei tanto para fazer isso? A boca dela é deliciosa, minha mão se moveu de seu pescoço para o cabelo, agarrando com força e Bessie gemeu em minha boca, e caralho que gemido gostoso de ouvir. Me afasto dela para olhar em seu rosto, ela está linda, ofegante, com os lábios inchados e os olhos cheios de desejo por mais e não tarde a dar isso a ela.

Seguro sua cintura com força e levanto ela do chão caminhado para a árvore, Bessie abraça minha cintura com seas pernas enquanto pressiono seuas costas contra a árvore, minha outra mão em sua coxa enquanto minha boca caça a sua. Não sei quanto tempo passamos nos beijando, minha boca já desceu seu pescoço, já lambe e chupei a pele sensível desse local enquanto ela suspirava e gemia, os olhos fechados e a boca entreaberta, chamando por mim com esses lábios bonitos e inchados. Minha ereção começou a dar sinal e ela gemeu me agarrando com força, não percebi o momento que comeceu a me esfregar nela, só notei quando tudo começou a ficar quente e seu toque me queimava.

Porra eu preciso de mais, preciso de muito mais disso.

TattooOnde histórias criam vida. Descubra agora