𝗥𝗲𝗰𝗼𝗿𝗱𝗮çõ𝗲𝘀 𝗲 𝗖𝗼𝗻𝗳𝗼𝗿𝘁𝗼 ~ 🏠

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 𝙰𝚞𝚛𝚘𝚛𝚊 𝙼𝚊𝚒𝚊 ~ 🐚

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 𝙰𝚞𝚛𝚘𝚛𝚊 𝙼𝚊𝚒𝚊 ~ 🐚

🌏 - Boa Viagem, Recife
🗓️ - 18 de janeiro, 2024
⏰ - 09:00

Acordei com uma sensação de pesadelo que parecia nunca acabar. Hoje, o dia marca um mês desde a tragédia que me tirou os meus pais. As lembranças daquela tarde terrível que mudou totalmente minha vida, estão frescas na minha mente, e a dor ainda parece tão intensa quanto no dia do acidente.

Deyvinho ainda está ao meu lado, seu corpo quente e reconfortante me lembrando que não estou sozinha. Senti seu braço em torno de mim, e isso, de alguma forma, me trouxe um pouco de conforto. Ao perceber meu estado, ele acorda, seu olhar preocupado encontrando o meu.

— Rora, você está bem? — ele pergunta com a voz rouca que acalmava meu coração, enquanto me puxa mais para perto.

Eu balançava a cabeça lentamente, sem conseguir encontrar palavras. As lágrimas começaram a escorregar pelo meu rosto novamente, e eu não consegui segurar o soluço que tomou conta de mim.

— Não, Deyvinho... — minha voz falha ao falar. — É um mês desde que eles se foram... A dor não diminui, ela só aumenta cada segundo mais!

Deyvinho me abraça com força, envolvendo-me em um abraço apertado. Seus dedos acariciam minha costas enquanto ele tenta oferecer um conforto silencioso, sem pressa de me forçar a falar.

— Eu sei que é difícil, Rora. Não consigo imaginar a dor que você está passando, mas estou aqui para você, sempre. — Ele sussurra, a voz cheia de compaixão e preocupação.

Eu me aconchego mais perto dele, sentindo seu calor e sua presença como um alívio no meio do meu sofrimento. A sensação de estar segura em seus braços me dá uma pequena pausa da dor constante.

De Volta Ao Passado ~💭 

🌏 - Rio de Janeiro
🗓️ - 18 de dezembro, 2023
⏰ - 16:00

O caos tomou conta do dia. Após a confirmação da morte dos meus pais, eu estava em estado de choque. O acidente havia ocorrido em uma das estradas movimentadas do Rio, e o carro estava irreconhecível. Eu me sentia como se estivesse vivendo um pesadelo do qual não podia acordar.

Os detalhes do acidente eram confusos e dolorosos. A estrada estava escorregadia devido à chuva, e meu pai perdeu o controle do carro em uma curva. O impacto foi violento, e, infelizmente, não havia como reverter a situação. As notícias chegaram rapidamente a todos, e a dor e o luto se espalharam.

Enquanto eu ainda tentava processar o que estava acontecendo, a burocracia do hospital e a necessidade de tomar decisões imediatas tornavam tudo ainda mais difícil. Eu estava sozinha, lidando com um vazio imenso e uma sensação de perda que parecia me consumir.

🌏 - Rio de Janeiro
🗓️ - 20 de dezembro, 2023
⏰ - 10:00

O velório dos meus pais foi um turbilhão de emoções. Amigos e familiares vieram prestar suas condolências, e eu me vi cercada por rostos conhecidos e desconhecidos. Havia uma sensação de surrealismo no ar, como se tudo estivesse acontecendo em câmera lenta.

O caixão estava totalmente fechado coberto com flores, e eu me lembro de olhar para ele, sem conseguir acreditar que era real. Meu pai e minha mãe estavam ali, mas eles não estavam mais comigo. O luto era palpável, e eu me senti esmagada pela responsabilidade de lidar com toda a situação.

A dor foi amplificada pela presença das pessoas que vieram mostrar apoio. Algumas tentavam consolar-me com palavras de conforto, outras apenas ficavam em silêncio, como se a presença delas fosse suficiente. Cada abraço, cada palavra, cada lágrima compartilhada, tudo isso fazia parte de um rito de passagem doloroso que eu estava forçada a enfrentar.

De Volta Ao Presente ~ 💭

🌏 - Boa Viagem, Recife
🗓️ - 18 de janeiro, 2024
⏰ - 13:00

A manhã passou lentamente, e eu ainda estou lutando para lidar com a dor. Meu celular vibra, e vejo que é uma mensagem de Larissa. Ela e alguns amigos estão a caminho do meu apartamento para me apoiar. Eu havia conversado com Larissa anteriormente, e ela sabia que este dia seria especialmente difícil para mim.

O barulho da campainha me acorda do meu torpor, e quando abro a porta, vejo Larissa, acompanhada de alguns amigos próximos. Eles trazem uma atmosfera de calor e conforto, algo que eu realmente preciso neste momento.

— Chegamos, amiga! — Larissa me abraça com força. — Sabemos que hoje é um dia muito difícil, então trouxemos um pouco de companhia e carinho para você.

Os amigos de Larissa, todos conhecidos meus, ficamos bem próximos quando Larissa ficava me levando pra casa dela ou pra algum lugar que eles estavam, também entram, carregando pratos de comida e algumas coisas que eu havia pedido durante a correria. Eles fazem questão de se certificar de que eu tenha algo para comer e beber, e logo a sala está cheia de conversas suaves e risos discretos.

Deyvinho se levanta e se junta a nós, seu olhar ainda preocupado, mas agora também aliviado por ver o apoio dos amigos. Ele ajuda a preparar a comida e a organizar o ambiente, oferecendo um sorriso encorajador enquanto os outros se esforçam para criar uma atmosfera acolhedora.

Eu me sinto um pouco aliviada por ter pessoas ao meu redor. Não que isso vá apagar a dor, mas o apoio deles é um lembrete de que não estou sozinha. Eles começam a organizar a comida e a fazer uma pequena reunião no meu apartamento. O ambiente, apesar de triste, é acolhedor e reconfortante.

🌏 - Boa Viagem, Recife
🗓️ - 18 de janeiro, 2024
⏰ - 16:00

E assim, foi minha tarde, Luana Benfica, Luiza Viana, Kim Vieira, Fany Ramos e a Beatriz Lobo foram embora já pro Rio, agora está eu, o Dey e a Lari discutindo oque vamos comer. 

A tarde passa com conversas sobre memórias antigas, risos suaves e algumas lágrimas. Larissa e os amigos me ajudam a relembrar os bons momentos que passei com meus pais e a celebrar a vida deles de uma forma que eu não conseguia fazer sozinha.

Larissa, percebendo que eu ainda estou sobrecarregada, se senta ao meu lado e segura minha mão.

— Aurora, sei que nada disso vai trazer seus pais de volta, mas estamos aqui para você. E nós vamos passar por isso todos juntos. — ela diz com um olhar de compreensão.

Deyvinho, sentado ao meu lado, me dá um leve sorriso de apoio, suas mãos ainda entrelaçadas com as minhas. A presença dele ao meu lado é uma fonte de força e consolo. Eu sinto um conforto genuíno nas palavras de Larissa e na presença de Deyvinho. A dor não desaparece, mas saber que tenho apoio me dá uma pequena pausa do sofrimento.

𝕰𝖓𝖈𝖔𝖓𝖙𝖗𝖔𝖘 𝖉𝖊 𝕽𝖊𝖈𝖎𝖋𝖊 ~🌴Onde histórias criam vida. Descubra agora