𝙰𝚞𝚛𝚘𝚛𝚊 𝙼𝚊𝚒𝚊 ~ 🐚
🌏 - Boa Viagem, Recife
🗓️ - 29 de janeiro, 2024
⏰ - 23:30O celular vibrou na mesinha ao lado da cama, tirando-me do devaneio que já durava alguns minutos. Olhei para a tela e vi o nome de Deyvinho piscando. Meu coração deu um salto, como sempre acontecia quando ele me ligava.
Respirei fundo antes de atender.
— Oi, Dey — Falei com a voz suave, tentando controlar o nervosismo que sempre parecia me invadir nessas horas.
— Ei, Rora — Ele respondeu, com um tom que misturava doçura e algo mais sério. — Você viu o que postaram na Choquei?
— Claro que não — Sorri, mesmo sabendo que ele não podia ver. — O que aconteceu?
Houve um pequeno silêncio do outro lado da linha, e eu pude imaginar ele coçando a cabeça, um gesto que já havia se tornado familiar para mim. — Queria falar contigo... — Ele começou, a voz baixa. — Não sei, fiquei pensando em você.
Eu fechei os olhos, tentando não me deixar levar pela onda de emoções que suas palavras traziam. — Também pensei em você.
— Você... Tá bem? — A preocupação em sua voz era palpável.
Eu queria responder com um "sim" rápido, simples, mas sabia que ele merecia mais do que isso. — Eu tô... Confusa — Admiti, minha voz saindo mais baixa do que eu esperava.
Do outro lado, ele suspirou, mas não disse nada logo de cara. Talvez estivesse esperando que eu dissesse mais. Talvez estivesse apenas me ouvindo, como sempre fazia.
— Confusa com o quê? — Ele perguntou, por fim.
— Com a gente — Eu murmurei, sentindo meu coração apertar. — Com tudo que tá acontecendo... Eu não sei se consigo lidar com toda essa exposição, Dey. Tá sendo muita coisa pra mim.
Houve outro silêncio. Dessa vez, um pouco mais longo. Eu quase podia sentir a tensão do outro lado da linha.
— Eu sei que tá pesado — Ele disse, finalmente. — Também tô sentindo isso. Mas, Rora, eu tô aqui, sabe? Eu quero que você se sinta segura comigo. Eu não vou deixar isso te machucar.
A voz dele, mesmo através do telefone, tinha aquele tom reconfortante que sempre conseguia me acalmar. Mas, ao mesmo tempo, eu sabia que nem ele podia controlar o que estava acontecendo fora da nossa bolha. Os sites de fofoca, os comentários maldosos, a pressão que estava crescendo ao nosso redor.
— Eu sei que você quer me proteger, Dey. E eu amo isso em você. Mas eu... — Respirei fundo, tentando organizar meus pensamentos. — Eu tô com medo. Medo de que isso nos destrua, de que essa pressão seja demais.
— E se for demais? — Ele perguntou, sua voz ficando um pouco mais séria. — Se um dia você sentir que não dá mais, me fala, Rora. A gente para. Eu paro. Porque o que importa pra mim é você. Não é o que os outros falam, não é o que a mídia inventa. É você, só você.
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𝕰𝖓𝖈𝖔𝖓𝖙𝖗𝖔𝖘 𝖉𝖊 𝕽𝖊𝖈𝖎𝖋𝖊 ~🌴
Fanfiction𝖤𝗆 𝗥𝗲𝗰𝗶𝗳𝗲, 𝗈𝗇𝖽𝖾 𝗈 𝗌𝗈𝗅 𝗯𝗲𝗶𝗷𝗮 𝖺 𝖺𝗋𝖾𝗂𝖺 𝖽𝗈𝗎𝗋𝖺𝖽𝖺 𝖽𝖺𝗌 𝗉𝗋𝖺𝗂𝖺𝗌, 𝖽𝗈𝗂𝗌 𝗱𝗲𝘀𝗰𝗼𝗻𝗵𝗲𝗰𝗶𝗱𝗼𝘀 𝗌𝖾 𝖾𝗇𝖼𝗈𝗇𝗍𝗋𝖺𝗆 𝗉𝖾𝗅𝖺 𝗉𝗋𝗂𝗆𝖾𝗂𝗋𝖺 𝗏𝖾𝗓. 𝗔𝘂𝗿𝗼𝗿𝗮, 𝗎𝗆𝖺 𝖿𝗈𝗍ó𝗀𝗋𝖺𝖿𝖺 𝖾 𝖾𝗌𝗍𝗂𝗅𝗂𝗌...