Capítulo 4 - Vítima

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Olá, leitores!
Foi mal pela demora.
Desculpem qualquer erro de escrita.

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Point of view S/n Torres

Empurrei levemente o corpo de Zulema, tendo em resposta uma risada sarcástica da mais velha. Lancei um olhar impaciente para a árabe que mantinha seu sorriso de canto e sua visão concentrados em minha face.
Acreditei fortemente que aquilo seria uma forma que ela utilizou para me provocar, já que a mesma se aproximava lentamente de volta para onde estava anteriormente, sem se desprender do olhar provocativo lançado em minha direção.

- Que foi? Por acaso ficou com medo de mim? - proferiu erguendo a cabeça e levando as mãos aos bolsos dando lugar a uma pose autoritária diante de mim.

- Não, só acho que seja melhor colocarmos limites aqui. - indaguei de forma séria olhando nas orbes intensas da mulher a minha frente.

- Que tipo de limites? - inclinou em minha direção como se estivesse curiosa, mas eu percebi que era mais uma provocação.

- B-Bom, vamos evitar essas aproximações arriscadas. As outras detentas ou até mesmo um carcereiro pode ver e acredito que não acabaria bem. - falei gesticulando com as mãos enquanto a Zahir observava meu rosto com um semblante indecifrável.

A mulher acaba surpreendendo-me ao caminhar em minha direção, nos deixando quase que coladas uma na outra. Pude notar sua mão vir em direção ao meu rosto, porém impedi que o tocasse.

- E seus toques também. N-Não quero que toque em mim. - confesso que tive dificuldade em dizer isso. Meu coração acelerou de repente.

- Tem certeza? Não consegui sentir firmeza, novata. - apoia sua mão na parte que dava acesso a cama de cima, que estava atrás de mim.

- Aí, Zulema. Já terminou sua conversa? - Saray gritou ao pé da porta batendo, sem força, o punho na parede.

- Só um segundo, cigana. - fala olhando por um curto tempo para a outra. - E então?

- Eu tenho certeza do que eu disse. Não toque em mim. - falo tentando parecer firme no que afirmava.

- Tá bom. Até mais. - fez menção em tocar meu ombro, mas impediu a si mesma e riu minimamente enquanto se distanciava em direção a porta na companhia de Saray, que por sinal, fez um gesto mostrando o dedo do meio.

Certifiquei-me de que elas haviam saído. Então pude finalmente respirar normalmente para tranquilizar meu coração, que havia acelerado com a fala da Zahir.
Teria que parecer bem, pois hoje minha mãe faria-me uma visita e meu objetivo era mostar que estava o mais bem possível. Planejava fazer isso tanto para tranquilizar quanto para impedi-la de ficar pedindo favores para Miranda, a diretora da prisão.

Ao passar pelo portão da sala de visitas, pude ver a figura de minha mãe sentada em uma cadeira com uma mesa a sua frente e outra cadeira, mas vazia.
Assim que a mais velha levou seu olhar em minha direção, uma expressão triste e emocionada tomou conta de sua face. Onde lágrimas deslizavam por suas bochechas rosadas.

- S/n, filha. - a mais velha envolveu seus braços em volta de meu corpo fortemente. A aproximação, contribuiu para eu ouvi-la fungar baixo.

- S/n - ouvi Palacius chamar. - não pode abraçar. - ele falava baixo e fazendo um gesto com as mãos.

Olhei para minha mãe, que percebeu e relutantemente se afastou de mim sem quebrar o olhar tristonho.

- Mãe, tá tudo bem. - lanço um olhar calmo assim que nos sentamos. Toquei sua mão ao esboçar um minúsculo sorriso.

𝓜𝓪𝓵𝓭𝓲𝓽𝓸 𝓔𝓼𝓬𝓸𝓻𝓹𝓲𝓪̃𝓸 - 𝗭𝘂𝗹𝗲𝗺𝗮 𝗭𝗮𝗵𝗶𝗿Onde histórias criam vida. Descubra agora