Chapter XVII

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"Disappearance"

Kim Ga Ram

Me tranquei no banheiro do local enquanto ouvia as meninas passarem por minha porta e então me sentei no vaso levantando meu pés.

Eu não queria vê-las naquela situação. Não queria que ninguém me visse. Desolada em lágrimas e com um hálito ruim, a dor, decepção, nojo, raiva e tristeza tudo de uma vez estampado em meu rosto.

Ouvi as mesmas preocupadas falarem aos garotos do lado de fora que não estava ali. Assim que as mesmas saíram, ajuntei meu telefone que coloquei em meu bolso após a ligação para Min Ho e então ignorei todas as mensagens pelas quais os mesmos estavam me enviando. Entrei em minha conversa com meu irmão o pedindo ajuda.

"15 minutos"

Foi a única coisa pela qual o mesmo me respondeu. Eu sabia que ele estava saindo do trabalho pelo horário, e a distância da empresa da Joyce até o karaokê não era muito longa, mas o trânsito era o maior.

Sabia que o mesmo estava sem usar a motocicleta a algum tempo e usava o carro empresarial, mas naquele momento, pelo qual eu sabia que Haru corria com aquele carro, eu rezei para que o homem chegasse o mais rápido possível.

Minutos depois, pude ouvir todos os passos apressados pararem e as ligações para meu telefone começarem. O nervosismo me detinha ali e as lágrimas voltavam junto com as lembranças.

Fraca.. era como eu estava me sentindo ali. Derrepente pude jurar voltar a um ano e meio atrás onde eu me encolhida no banheiro de casa com meu irmão gritando com meu pai, depois para a sala de casa após a morte de Se-Yeon e logo após nos banheiros escolares me escondendo das garotas que me perturbavam assim que descobriam sobre meu pai.

"Cheguei"

Assim que recebi a mensagem do mais velho, corri com as lágrimas em meus olhos até a saída encontrando o carro preto parado ali e então o mesmo abriu a porta para mim por dentro.

Ei, ei. Se acalma. Já passou, está tudo bem agora. Fica tranquila_ tentava Haru após eu entrar no carro e me jogar no peito do mesmo.

Me desculpa_ pedi a ele que mesmo confuso apenas beijou meus cabelos aceitando.

A culpa não podia fazer parte de mim naquela hora.. não devia. Mas a culpa me atingia por me sentir frágil e fraca demais por sempre precisar que alguém me salvasse.

Frágil por sempre me quebrar em mil pedaços quando algo que me exponha, ou que aconteça comigo, me faça sofrer e chorar em vez de resistir e me resgatar.

Fraca por sempre precisar de salvadores, de sempre atrapalhar a pessoa pela qual eu mais amo e me importo no mundo, porque eu não consigo me proteger ou me defender, por ter feito mil aulas para uma defesa que eu não consigo aplicar nenhuma, por estar assustada demais.

𝑻𝒉𝒆 𝑮𝒖𝒊𝒍𝒕𝒚'𝒔 𝑮𝒓𝒊𝒍Onde histórias criam vida. Descubra agora