CAPÍTULO 78

67 11 2
                                    

"Mi problema es que siempre seras mi
debilidad, literalmente podríamos estar separados 10 días, 9 meses, 3 años o toda
la vida, mis ojos siempre brillarán
al verte..."

ALFONSO HERRERA - 31 DE DEZEMBRO DE 2023

Depois da tarde repleta de revelações, ela voltou para casa. Eu necessitava de um tempo sozinho para absorver tudo o que fora apresentado para mim. Eu tinha tido um filho... Nós tínhamos sido pais por 2 meses, um de meus sonhos secretos de ter um bebê com Anahí havia se concretizado por pouco tempo e se desfez como um vento... Nunca suspeitei daquilo, nunca havia passado pela minha cabeça... ela me disse que o único que sabia do ocorrido na banda era Pedro Damián, que guardou aquele segredo a sete chaves sempre.

Dormir foi difícil aquela noite, minha mente estava a todo vapor, imaginando situações que eu não deveria, mas que era inevitável... E se tudo tivesse sido diferente? Se aquele bebê tivesse nascido? Teria 16 anos... Aquilo me machucava, eu seria pai de um adolescente! Mil idéias vieram sondar a minha cabeça naquela noite, estava ansioso, triste, inquieto... Apesar de haver passado tanto tempo... anos... parecia que as sensações estavam ali a flor da pele.

Quando finalmente consegui dormir sonhei com Anahi segurando um bebe, ela o estava amamentando tranquila, não conseguia ver o rosto da criança em seu colo, mas tinham lindos sapatinhos cor de rosa nos pés, era uma menina. Anahí parecia não perceber minha presença ali, ela tinha um sorriso doce nos lábios enquanto uma mãozinha rechonchuda a segurava nos dedos. Mas de repente ela não tinha mais a bebê... Estava com o rosto triste e finalmente me encarou com lágrimas nos olhos, o sonho foi tomando um tom de vermelho e aos poucos foi se esvaindo... Acordei! Assustado e suado, meu coração parecia que ia sair do meu peito, batia forte e rápido.

Não consegui dormir mais aquela noite, me levantei e fui até o quarto onde guardava minhas gravações, peguei uma caixa datada de 2008 na prateleira e me sentei no chão. Tinha todos os vídeos organizados por ano e mês, precisava visualizar Anahi naquele período, agora iria ter uma ótica completamente diferente das imagens daquela época, ela carregava nosso bebê e... Ali em meio a um monte de cds eu me deixei chorar... Sozinho... Um choro incontrolável, que rasgava no peito... Era o meu momento de apascentar minha mente, meus sentimentos em relação aquela descoberta.

Quando já não parecia mais ter lágrimas para por pra fora peguei um cd datado de março de 2008. Vi vários momentos de bastidores que havia gravado, olhava atentamente para Anahi, para seu ventre, procurando algum indício... Nenhuma mudança... era imperceptível... Mas era óbvio, uma barriga de dois meses não era notada, estava tentando algum tipo de constatação que não encontraria, algum conforto... Mas era algo que apenas me restava aceitar. Não havia como imaginar que ali dentro tinha uma vida, o nosso bebê... Continuei revendo vários vídeos, praticamente todos os que eu tinha daquele período e o que me deixou em paz foi que naquele período, naqueles dois meses eu e Anahi nos mantivemos bem, juntos e felizes... Parecia algo cármico, por várias vezes nós nos desentendíamos, nos afastávamos... mas por um poder estranho, naqueles período em que Anahí esteve grávida não houve desentendimento, brigas ou distanciamento.

Tinha um vídeo nosso que me prendeu, estávamos juntos na van pós show em San Bernadino, fomos juntos para o quarto e eu fui filmando todo percurso da van até o quarto, Anahí estava falando como um bebê, toda manhosa, caminhávamos em um meio abraço pelos corredores do hotel. Aquela noite foi maravilhosa, jantamos juntos no quarto dela e ela acabou ficando para dormir... O que nenhum dos dois sabia era que naquela cama dormiram três vidas.

5 DE ABRIL DE 2008 - SAN BERNADINO

ANAHÍ PORTILLA - 31 DE DEZEMBRO DE 2023

Era o último dia do ano, estávamos na nossa casa em Acapulco, toda a minha família e Alfonso. O havia convidado no dia anterior, ele prontamente aceitou, os meninos iriam passar a virada com Diana e ele iria buscá-los dia 2 para passar uma semana inteira com ele.

As fofocas haviam diminuído e tomávamos cuidado para não sermos vistos juntos, aquilo só atrapalharia nossa reaproximação, surgiriam fofocas e queria me manter bem longe de todo aquele burburinho.

Logicamente que estávamos em quartos separados, não queria ser flagrada, principalmente ali na presença dos meninos, queria que eles convivessem mais com Alfonso, gostassem da sua companhia. Tínhamos que manter o radar ligado para evitar qualquer tipo de aproximação maior na presença deles. Eles não entenderiam, não ainda... era recente a separação do pai deles.

Passamos uma noite maravilhosa apesar de mantermos a distância segura diante dos meninos. Meu pai era só alegria com a presença de Alfonso, aqueles velhos amigos se reencontraram... beberam, jogaram cartas como a muito não faziam, conversaram por horas e riram bastante, era bom ver o papai tão satisfeito, a pouco tempo ele havia passado por alguns problemas de saúde, aquilo me tranquilizava.

Com relação aos meninos, Alfonso estava se esforçando para se aproximar e eles o estavam aceitando muito bem. Jogaram futebol juntos com os filhos de Marichelo e Jorge, depois se jogaram na piscina, parecia uma criança no meio deles, eu apenas o
observava com o coração quentinho.

Minha mãe era só alegria, ela sempre soube sobre meu sentimento em relação Alfonso, ela sempre fora minha confidente e minha apoiadora. Ela se dava bem com Velasco, me respeitou quando quis seguir em frente com ele, conversou comigo sobre tudo que estava pondo em cheque na época, sobre minha escolha. Agora ela estava leve e sorridente, sabia que eu e Poncho havíamos nos magoado muito no passado, mas que tínhamos que nos dar uma segunda chance... Fomos imaturos os dois, quando achávamos que tínhamos amadurecido em 2011, ainda éramos dois cabeças duras que não queriam aceitar as idéias e liberdades um do outro, que tinham preconceitos, o que fez tudo desandar outra vez...

Durante aquela última noite de 2023, em pouquíssimos momentos, aproveitando a interação de Manu e Emi com os primos, escapávamos longe de todos. Íamos em uma parte mais afastada do jardim ou na área da praia menos iluminada e trocávamos carinhos e beijos, estávamos parecendo um casal de adolescentes e aquilo era diferente, era animador depois de tanto tempo casada vivendo uma rotina.

Anahi - Sabes que me gusta cuando tomas mi mano... - disse aninhada nos braços dele, que estava apoiado em um coqueiro - Cuando me das pequeños besitos por la cara y me miras... Me gustas sentirme como si yo fuera lo que mas quieres...

Alfonso - Pero es exatamente eso que ocurre - disse afastando uma mecha do meu rosto - Eres lo que mas quiero en este momento ¡y lo sabes! - disse baixando a ponta no meu nariz me fazendo reclamar como sempre, o fazendo se divertir.

Mas nosso tempo não durava muito, logo minha mãe mandava mensagem avisando que os meninos estavam sentindo minha falta ou a falta de Alfonso nas brincadeiras e não queria de forma alguma deixa-los perceber algo, principalmente Manu que já era maior e entendia mais as coisas.

Quando chegou o momento da virada estávamos todos reunidos na praia, a contagem regressiva aconteceu e os fogos de artifício iluminaram o céu. Todos se abraçavam animadamente e lógico aproveitamos o momento.

Alfonso - Que 2024 sea un an̈o increíble! - sussurrou ao meu ouvido enquanto me abraçava

Anahi - Que Dios bendiga nuestros caminos...
Empezamos de perfectos desconocidos a amigos, de amigos a amantes... Hasta convertirnos en extraños de nuevo... Ahora que volvamos a encontrarnos...

Alfonso - Sabes que en el fondo nunca fuimos extraños mi amor, siempre estuviste aquí - disse colocando a mão no peito esquerdo indicando o coração

¿REALES RECUERDOS? - AYA - FinalizadaDonde viven las historias. Descúbrelo ahora