cp09:Talia

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Eu sou Talia, a nona a nascer entre as 13 Wanheda. Meu nascimento foi envolto em uma aura de mistério que se manifestou de forma única. Desde o momento em que vim ao mundo, havia uma sensação de que minha presença estava ligada a algo mais profundo, algo que transcendia o físico e mergulhava no reino dos sonhos e das visões.

Minha habilidade de entrar e controlar sonhos foi evidente desde cedo. Quando fechei os olhos pela primeira vez, não apenas o mundo ao meu redor parecia diferente, mas também as fronteiras entre a realidade e o sonho se tornaram fluídas e maleáveis. Eu podia penetrar nos sonhos das pessoas, guiando-os e moldando-os conforme minha vontade, e essa habilidade se revelou ser tanto uma bênção quanto uma responsabilidade.

Fui enviada para a Nação da Caverna, um reino subterrâneo onde as cavernas e grutas formavam um labirinto de pedras e sombras. A Nação da Caverna era um lugar isolado, longe da luz do sol, e seu ambiente escuro e misterioso parecia perfeitamente adequado para minhas habilidades. No coração desse reino, eu encontrei um espaço onde minha capacidade de manipular sonhos poderia ser desenvolvida e utilizada para proteger e orientar o povo da caverna.

Ao crescer na Nação da Caverna, aprendi a usar minha habilidade de controlar sonhos para diversos propósitos. Eu podia entrar nas mentes dos habitantes e ajudá-los a enfrentar medos e ansiedades, ou guiá-los em suas jornadas pessoais através dos sonhos. Minha capacidade de manipular o mundo dos sonhos tornou-se uma ferramenta vital para manter a coesão e a estabilidade dentro do reino subterrâneo.

No entanto, mesmo com a importância do meu papel, havia um vazio que eu não conseguia ignorar. Os sonhos que eu controlava estavam repletos de mensagens e visões, mas eu sentia que havia um propósito maior aguardando para ser revelado. Havia algo além dos sonhos que eu precisava descobrir, algo que estava ligado ao meu passado e ao destino que compartilhava com minhas irmãs.

Uma noite, enquanto mergulhava em um sonho particularmente profundo, percebi uma mudança na narrativa dos sonhos que eu manipulava. Havia uma conexão que se estendia além das fronteiras do mundo dos sonhos, algo que estava me chamando para um lugar onde a realidade e a fantasia se encontravam. Segui esse chamado, movendo-me entre os sonhos e despertando para um novo entendimento.

Cheguei a uma caverna oculta, onde as paredes pareciam estar imbuídas com a essência dos sonhos e das visões. Lá, encontrei um antigo mural que retratava as 13 Wanheda e seus destinos entrelaçados. Percebi que minha habilidade de controlar sonhos estava ligada a uma conexão mais profunda com minhas irmãs e ao propósito coletivo que compartilhamos.

Com essa nova perspectiva, deixei a caverna e retornei à Nação da Caverna com um propósito renovado. Sabia que o momento em que as 13 Wanheda se reuniriam estava se aproximando, e estava pronta para usar minha habilidade de entrar e controlar sonhos para cumprir o destino que nos foi reservado. Quando esse tempo chegasse, eu, Talia, estaria preparada para guiar e proteger minhas irmãs através das visões e dos desafios que enfrentaríamos, revelando o verdadeiro poder que compartilhamos.

O sonho de talia

Em um sonho profundo e perturbador, Talia viu o prenúncio de uma grande guerra que abalaria o equilíbrio dos reinos. O cenário era desolador e grandioso, um vislumbre do futuro sombrio que se aproximava. O exército da Nação Wanheda avançava em direção ao Reino Mercury, sua marcha implacável refletida na luz dourada do sol poente, que tingia o horizonte de um vermelho sinistro, como se o próprio céu presenciasse o derramamento de sangue iminente.

O chão vibrava com o peso das tropas que se aproximavam, e o rugido do dragão de Kaida, poderoso e ressoante, ecoava pelas planícies, anunciando a força inigualável dos Wanheda. As muralhas imponentes do Reino Mercury erguiam-se à frente, suas pedras antigas testemunhas silenciosas da iminente batalha.

Quando o exército chegou às muralhas, a tensão no ar era palpável, uma nuvem de medo e antecipação que envolvia tanto os atacantes quanto os defensores. As irmãs Wanheda formaram uma linha de frente imponente, cada uma delas canalizando suas habilidades únicas e preparadas para o confronto que se desenrolava.

Nos altos das muralhas, os soldados de Mercury estavam em alerta máximo, suas armas prontas, mas os sinais de medo eram evidentes em seus olhares e posturas. O sacerdote da Nação Wanheda, em suas vestes cerimoniais adornadas com símbolos antigos, tomou seu lugar com uma presença majestosa e ameaçadora. Ele ergueu um grande chifre de guerra, um artefato ancestral que parecia pulsar com uma energia primordial.

Com um sopro profundo, o som do chifre cortou o ar, ecoando pelo campo de batalha como um chamado dos deuses para testemunharem o confronto épico que estava prestes a começar. O som reverberou nas almas dos presentes, um prenúncio de que o destino dos reinos estava prestes a ser decidido em um conflito que moldaria o futuro de todos.

O sonho de Talia terminou com uma imagem do campo de batalha em caos, uma mistura de fúria e determinação, onde o destino das 13 Wanheda e do Reino Mercury seria selado. Ao despertar, Talia sentiu o peso da visão, ciente de que o futuro que havia testemunhado não era apenas um presságio, mas uma realidade que elas teriam que enfrentar.

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