WHO IS JENNIE? - Andamento (Taehyung & Jennie)

CAPÍTULO 43

CAPÍTULO 43
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     Enquanto seu cérebro tentava assimilar tudo que estava observando através de um buraco, suas mãos seguiram as ordens e começaram a apalpar o lado terroso de fora. Em meio ao entulho, Jennie encontra uma pequena sacola de lixo, que estava rasgada em algumas partes por conta do objeto denso e pesado.

     Quando era criança, odiava as aulas exatas em que sua mãe a colocava, apenas no intuito de não ter contato por um longo tempo com a filha. Dentre culinária, esgrima e até comunicação, um dia, uma delas seria essencial para a situação atual.

     Suas mãos rasgavam, com o pouco de unha que tinha, a sacola, que revelou um pequeno rádio de cinco centímetros. — Eu tinha um desse no colegial. — Por mais que internamente ela estava feliz em encontrar aquilo, já não havia forças para comemoração alguma, visto que a menina estava a dois dias sem comer, por pura punição.

     Sacou para dentro do rádio, o escondendo no peito, para que ninguém pudesse ver pelas câmeras. Em movimentos finos, ela girava o pequeno botão, que incrivelmente, fazia uma luz fraca azul se ascender. Ergueu a antena, quase a quebrando. — Vai! — A insistência fez com que uma faísca de luz aparecesse. Apesar daquela cidade estar praticamente abandonada, muitos moradores costumam colocar seus lixos que não são degradáveis lá, o que configura crime. Alguns ruídos foram ouvidos. Encostou na orelha, apertando o botão para a troca de “canais”, tentando formar um código morse, que simbolizava as letras: “S”, “O’ e “S”, torcendo que alguns desconhecidos pudessem entender. — Jennie? O que está fazendo?!

     Taehyung arrumava suas malas para uma viagem. Conferiu sua passagem, colocando na bolsa. Quando encarava seu quarto com as mãos encostadas no interruptor, observou o pequeno caderninho infantil que estava jogado em sua cama. O colocou na bolsa e apagou as luzes.

     Algumas horas longas se passaram. O avião pousava lentamente, e Kim acordava de seu cochilo. O calor de Busan fez com que ele colocasse um óculos de sol, pronto para viver suas férias, que não tinham a mínima intenção de descansar. Pegou um táxi, conferindo o endereço da estadia.

     Ele se hospedou em uma simples casa de família que alugava um quarto em temporadas de verão. Chegando a fachada descrita no anúncio, o cheiro forte de comida caseira pairou no ar quando uma senhora o viu na entrada. — Amor! O visitante chegou. — Secou as mãos na toalha de prato que estava dentro de seu avental. — Seja bem-vindo. — Aquele sorriso familiar o acolheu, enquanto seu marido carregava as malas. — Tome um banho! O almoço já está pronto. — Ele assentiu.

     Não era atoa que estava ali. Apesar de ficar longe da cidade, escolheu o quarto especialmente por um motivo. Jennie Kim. Os velhos senhores que o receberam, eram avós de Jennie, por parte de mãe. Através do diário, ele sabia que o casal nunca foi tão próximo da família, mas continha informações que o ajudariam na investigação. — Esse sorriso é de família. — Se ensaboava, deixando uma fina lágrima escorrer junto com a água do chuveiro.