CAPÍTULO 28

33 8 2
                                    

   Dormia pesado, apenas sentindo a dor de seu pescoço, o que formaria um torcicolo em breve. Quando tinha espasmos, sentia as cordas amarradas no pulso e nos pés. Uma forte presença bate os pés no local, soltando um grito estrondoso.
– Acorda, Jennie Kim.
   Puxou o ar, vindo dos batimentos acelerados por conta da ansiedade.
– Você me assustou.
   Irene gargalha quando ouve isso.
– Ei, hoje mesmo que irei te conceder um pedido, você já amanhece mal humorada.
   A mulher se espanta, pergunta como se fosse sua última chance de vida.
– Qual pedido!?
– Vamos lá. Já que a criancinha aqui não arruinou nosso plano.
   Ela empurra a testa da menina com o dedo.
– Você pode pedir alguma coisa.
– Uma ligação.
   Irene olha pasma, enchendo suas bochechas de ar, seguindo com outra gargalhada
– Ah, é mesmo! Você não está vendo as notícias.
   Sacou o celular do bolso. Abriu em um veículo de notícias e mostrou o último jornal feito, apresentava que Jennie havia emitido uma carta de suicidio. Na mesma hora, Jennie volta a ficar espantada, imaginando como o Taehyung deveria estar com essa situação.
– Me dê um quarto e me desamarre. apenas isso que eu peço.
   Disse cabisbaixa, enquanto via a mulher mascarada abrir a porta.
– Concedido.
   A mulher colocou a venda novamente no rosto da policial. Irene se moveu para trás da cadeira, a pegando pelo encosto e arrastando de costas para um corredor. No final dele, uma sala praticamente escura a esperava. Um local embolorado com uma janela pregada com madeiras novas e pregos enferrujados, fazendo com que qualquer um que tentasse arrancar com os dois, morresse em menos de três horas. Um colchão velho, porém não cheirava mal e não perdeu seu almofadado. A porta que continha uma mini janela para olhos, nela era coberto com uma grade, e na parte de fora, uma madeirinha que arrastava para o lado, possibilitando ver e não ver. Irene joga a cadeira bruscamente para o chão, deixando o rosto de Jen colado no piso velho. Puxou o queixo dela para cima e sacou uma faca, a pressionando, sem cortar, porém deixando uma irritação na pele.
— Existem câmeras onde você nunca imaginaria. Dê um passo em falso e farei de você lixo igual esse local.
   Tirou o que a prendia com bruscos gestos de corte, fechando a porta e abrindo pequeno visor nela. Foi possível ouvir três cadeados se fechando, além da tranca embutida. Um barulho de tranca eletrônica também foi soado. Jennie se levantou, enxergando mínimos detalhes pela lâmpada pendurada por um fio. Para piorar, ela piscava constantemente, o que causa enjoo em pouquíssimo tempo. Passou as mãos nos pulsos e canelas, aliviando um pouco da pressão que as cordas faziam. Depois de horas sem andar, deu os primeiros passos novamente, explorando as rachaduras na parede e pinturas descascadas.
– Esse lugar está abandonado.
    Fez sua nota mental. Ela anotava quaisquer tipos de pistas dadas, principalmente através do barulhos. Sabia que uma delas dormia durante cinco horas, revezando o turno com sua parceira. Inicialmente pensou que havia apenas uma pessoa por conta da voz, o que trás a teoria de ambas terem parentesco.
– Então a casa foi adaptada.
   Sentia com os dedos a textura da madeira da moldura da janela, que se diferenciava das tábuas novas pregadas anteriormente.
– Tudo que eu sei até agora é que esta casa é velha, porém foi colocada coisas novas. Então tudo isso foi feito só para mim?
   Deslizou a mão para uma parede vazia.
– Será que somos três? E se tiver mais alguém preso?

–––––––––

Ei, vc 🫵 Jesus te ama

WHO IS JENNIE? - Andamento (Taehyung & Jennie)Onde histórias criam vida. Descubra agora