WHO IS JENNIE? - Andamento (Taehyung & Jennie)

CAPÍTULO 33

AVISO DE GATILHO!- Apartir deste capítulo, teremos: Tortura mental e física,

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   – Senhorio, Kim. Aqui é o delegado que está cuidando do caso de sua namorada.
   O mesmo que estava reclinado no sofá, quando ouviu isto saindo da boca da imagem atrás de sua chamada, despertou. Seguindo empolgado com a conversa.
– Sim. Pode continuar.
– Recebemos um comunicado do juiz. Ele chegou a conclusão que os bens da senhorita Kim, serão dados a você.
   Se olhar estalou, sentiu o coração pulsar, trazendo um sufoco do meio do peito até o fim da garganta, e embrulhou o estômago. Isto não era apenas receber objetos, mas sim, significaria o fim desta história, mostrando que já é certeiro o falecimento da amada.
– Sei que está chocado, porém como não temos registro de nenhum familiar vivo da falecida, a lei aprova que fiquem para você. Será enviado cerca de doze caixas com utensílios e roupas. Móveis, não faremos a entrega.
   Desligou a chamada.

   Horas depois, sua sala, que costumava ser minimalista, estava ocupada por variações de grandes e pequenas estruturas de papelão. Se sentou à frente da muralha, cogitando em vasculhar as últimas vivências de Jennie, pensando se seria correto da sua parte. Mediante a curiosidade, ficou de joelhos, lendo os títulos dados para cada caixa.
– Roupas… Acessórios.
   Quando moveu para trás a pequena, que tampava o nome da grande, leu o que aguçou seus sentimentos.
– Músicas?
   Era um fato que sua namorada soubesse cantar, mas o que surpreendeu foram os diversos livros dedicados a composição que ela mesma planejou. A capa azul marinho era o que se destacava em tons bege, apenas composições para pessoas que passaram em sua vida. Namorados, amigas e família. Folheou as páginas, parando em um marcador escrito: “Para: Kai.”, que seria a primeira pessoa que se relacionou depois da faculdade. O ex namorado foi conhecido por ser tóxico, o que só aumentou os rumores e o fez sair da delegacia em que Taehyung trabalhava. Os traços borrados e linhas manchas, mostravam que estava escrito perante lágrimas. O sentimento que passava por começar com uma melodia calma, elogiando a pessoa que havia dedicado, era o de amor. O que mais chocou, foi o contraste de letras sobre um relacionamento bom, se tornando uma das suas piores experiências, só mostrando o verdadeiro sentimento de se viver aquilo. Rastejando o dedo para mais partes, um post-it separava mais um capítulo de sua história. Os olhos que penduravam pequenas lágrimas, agora escorriam por sua camisa, o travando para poder continuar a leitura. Nesta página, uma letra cursiva escrevia “Kim Taehyung”, acompanhado de corações e a colagem da primeira foto por polaroid tirado deles. Enquanto desviava os olhos tentando se concentrar, um último objeto dentro da caixa o chamou a atenção. Um gravador de voz pequeno, com um mini pendrive encaixado. Arregalou os olhos, o levando em direção ao corpo, ligando em desespero. Quando uma nota musical representou o início das diversas pastas com músicas, discou a com seu nome, encontrando seis arquivos de voz. Tocou. Um piano conduzia a melodia, sendo complementada pela voz de Jennie. Ele se deita no chão, colocando  saída de som perto de seus ouvidos, enquanto suas lágrimas salgadas escorriam sobre sua orelha e pescoço.

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   Irene repousava na cadeira, enquanto fazia os cálculos para a racionar a comida do mês. Quando o vulto de sua irmã passa por suas costas, um olhar de meio canto foi o suficiente para perceber que a mulher levava comida para o quarto de Jennie.
– Wendy! Parada aí.
   A arrastou a cadeira com os pés, retirando a bandeja das mãos dela.
– Ela respondeu tudo certo para você estar levando um jantar tão complexo desse?
– I, eu não fiz as perguntas ainda. Ela parecia tão chateada com a situação que…
   Tudo é jogado no chão, pondo W em posição de temor.
– Apenas te pedi uma coisa, certo?
   Apertou os polegares na garganta, os espremendo contra a jugular.
– Que a questionasse e tirasse a comida dela por três dias, caso ela não respondesse.
   Bateu no rosto da irmã.
– Mate esse seu lado piedoso.
   Saiu, arrastando uma cadeira até a porta da vítima. Deu um sinal para que a companheira pudesse a ajudar, então acatou Jennie pelo braço, fazendo-a sentar.
– O que vão fazer!?
   Desenrolou uma corda grossa, prendendo os braços, mãos e corpo ao lugar, enquanto a policial gritava por ajuda. Deu um salto, amarrando uma corda de alpinista em ganchos no teto. Com a ajuda da outra bandida, pendurou a menina de ponta cabeça. Empurrou Wendy para fora do quarto, apagando as luzes e fechando a porta.