A festa estava em pleno andamento, com a música pulsando alto e as luzes piscando em sincronia com as batidas. Pessoas riam, dançavam e se perdiam em conversas animadas, mas eu me sentia deslocada, como se estivesse fora de sintonia com o resto do mundo. Estava tentando aproveitar, realmente estava, mas algo dentro de mim estava inquieto, como uma sombra que me seguia e não me deixava em paz.
Desde aquele beijo com a estranha — minha stalker, como eu a chamava em meus pensamentos — eu não conseguia parar de pensar nela. Quem era? Por que ela me fazia sentir tão segura e ao mesmo tempo tão vulnerável? Essas perguntas rodavam em minha mente, um ciclo interminável de incertezas.
Mas agora, eu tinha outra preocupação. Um cara na festa, alguém que eu mal conhecia, estava sendo insistente demais. Seus olhos me seguiam a cada passo, e seus toques ocasionais faziam minha pele arrepiar — mas não de um jeito bom. Era o tipo de sensação que fazia meu estômago revirar de ansiedade, e não de borboletas. Ele já havia se aproximado várias vezes, ignorando meus sinais claros de que eu não estava interessada.
Quando ele tentou me puxar para um canto mais isolado, meu coração disparou de pânico. Eu me desvencilhei de seu toque, murmurando uma desculpa qualquer, e me afastei o mais rápido que pude, meu coração martelando no peito. Eu precisava de ajuda, mas não sabia a quem recorrer.
Meus amigos estavam distraídos, e eu não queria causar uma cena. Foi então que a ideia me atingiu — a estranha. Minha stalker. Ela tinha prometido que nunca deixaria nada acontecer comigo. Eu não sabia por que, mas naquele momento, eu sentia que podia confiar nela mais do que em qualquer outra pessoa.
Com as mãos trêmulas, tirei meu celular do bolso e abri o aplicativo de mensagens. Eu ainda tinha o número dela salvo — uma lembrança daquela noite confusa, mas eletrizante. Nunca pensei que realmente precisaria usá-lo, mas ali estava eu, digitando rapidamente uma mensagem para ela.
Maya: Oi, é a Maya. Eu... Eu sei que isso pode parecer estranho, mas eu preciso da sua ajuda. Estou em uma festa, e tem um cara aqui que está sendo muito insistente. Eu não sei o que fazer. Por favor, se você puder, me ajude.*
Eu hesitei antes de enviar, meu dedo pairando sobre o botão. E se ela não respondesse? E se ela fosse apenas uma ilusão, algo que minha mente criou para preencher o vazio de todas as perguntas sem resposta?
Mas eu não tinha outra opção. Respirei fundo e toquei em "enviar". A mensagem foi, e eu fiquei ali, olhando para a tela, esperando, torcendo para que ela me respondesse. Cada segundo parecia uma eternidade, enquanto eu me afastava ainda mais da festa, buscando um lugar onde pudesse me sentir segura.
Minha mente estava uma confusão de pensamentos, mas um era claro: eu precisava dela. Precisava que ela estivesse ali, como uma sombra protetora, como tinha sido antes. Eu nunca imaginei que pediria ajuda à minha stalker, mas naquele momento, ela era a única pessoa em quem eu podia pensar.
O celular vibrou em minhas mãos, e meu coração quase parou. Era ela. Com dedos trêmulos, abri a mensagem.
Stalker: Estou a caminho. Fique onde está. Não se preocupe, Maya. Eu vou cuidar disso.
Uma onda de alívio me percorreu, como se um peso imenso tivesse sido tirado dos meus ombros. Eu não sabia quem ela era, não sabia por que estava fazendo isso, mas algo dentro de mim acreditava nela. Ela estava vindo. E eu sabia, de alguma forma, que estaria segura.
Encostei-me contra a parede fria do corredor onde me escondi, tentando acalmar minha respiração enquanto esperava. Eu sabia que em breve, a presença que tanto me intrigava estaria ao meu lado. E, por mais confuso que fosse, eu não via a
...
A manhã estava abafada, mas o frio que sentia vinha de dentro. Minha mente não parava de correr em círculos enquanto eu encarava o celular, o diálogo com minha stalker — a misteriosa figura que aparecia em minha vida em momentos cruciais, e que agora havia feito algo que eu temia ser irreversível.
Eu não sabia quem ela era. Não sabia seu nome, seu rosto, apenas sua presença constante e, de certa forma, reconfortante. Mas, ao mesmo tempo, assustadora. A stalker me protegeu naquela noite, da mesma maneira que sempre parecia estar um passo à frente, mas... algo estava errado.
Peguei o celular de novo, o número da stalker ainda na tela. Ela tinha respondido mais cedo, dizendo que eu não precisava me preocupar. Mas eu estava preocupada. As palavras dela continuavam ecoando na minha mente:
"Ele merecia. Eu fiz isso por você."
Isso não era normal.
Maya: Você matou ele?
Enviei a mensagem sem pensar muito. O medo e a necessidade de respostas tomavam conta de mim. As palavras estavam carregadas de uma mistura de desespero e pavor. E, enquanto esperava uma resposta, uma parte de mim já sabia o que viria.
O telefone vibrou depois de alguns minutos de silêncio agonizante.
Stalker: Maya, eu fiz o que tinha que fazer. Ele ia te machucar. Você estava em perigo, e eu não podia deixar isso acontecer.*
Meu corpo congelou. Ela não negou. O ar no quarto parecia mais pesado, sufocante. Eu sempre soube que minha stalker estava disposta a ir longe para me proteger, mas isso? Isso era demais. Não podia ser real. Eu tremia com a ideia de que essa pessoa, que eu não conseguia ver ou reconhecer, estivesse disposta a acabar com uma vida por mim.
Minhas mãos tremiam quando respondi, sem saber se queria mesmo ouvir a verdade.
Maya:Quem é você?
O silêncio que seguiu essa pergunta parecia infinito, e o nó no meu estômago só aumentava. A resposta que eu precisava estava ao alcance de uma mensagem, mas agora eu não sabia se queria saber.
O celular vibrou de novo.
Stalker:Eu estou sempre por perto, Maya. Sempre cuidando de você. Nunca vou deixar nada de ruim te acontecer. Confia em mim.*
Não era o que eu queria. Não era uma resposta direta, e isso só aumentava minha confusão. Quem era essa pessoa? Ela me protegia a um nível que me deixava assustada, mas por que? Quem tinha esse tipo de devoção por mim, a ponto de eliminar qualquer ameaça?
Decidi insistir, mesmo que o medo tomasse conta.
Maya:Você precisa me dizer quem você é. Eu não posso continuar assim.
Dessa vez, a resposta demorou. Parecia que minha stalker estava pesando suas palavras, ou talvez decidindo se me diria a verdade. Cada segundo era uma eternidade.
Stalker:Não importa quem eu sou, Maya. O que importa é que você está segura agora. Eu sempre estarei aqui, não importa o que aconteça.*
A resposta me deixou um misto de frustração e pânico. Eu queria acreditar que essa pessoa só queria o meu bem, mas e se ela fosse perigosa para mim também?
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Billie agindo como uma little psicopata parte 1
Uma fofa né? 😻
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My Dear Stalker - Billie Eilish| G!P (EM HIATUS)
FanfictionEm Los Angeles, Billie Eilish se vê obcecada por Maya Collins, uma aspirante a escritora que se torna sua musa. O que começa como admiração logo se transforma em uma perseguição inquietante. À medida que Billie se aproxima, Maya precisa desvendar o...