My Dear Stalker - Billie Eilish| G!P (EM HIATUS)

Capítulo 39

"I can't lose you!"

Maya

O ar no apartamento estava pesado, e a chuva continuava a cair em um ritmo suave, quase como se estivesse acompanhando o turbilhão de emoções que nos cercava. Senti uma onda de náusea percorrer meu estômago, e minha mente estava em um estado de confusão. A conversa com Billie havia sido intensa, e agora eu estava à beira de um colapso, lutando para entender os sentimentos que pareciam esmagar meu peito.

— Billie... — minha voz soou trêmula, quase inaudível. A sensação de estar prestes a desmoronar me consumia

Ela me olhou, os olhos preocupados como sempre, e não hesitou em segurar minha mão mais firme. — O que está acontecendo? Você está pálida. —Eu tentei sorrir, mas era um esforço em vão.

 — É só... tudo isso. Eu estou tão assustada. Não consigo pensar direito. Billie se aproximou, inclinando-se para que eu pudesse sentir seu calor.

 — Vamos respirar juntas, ok? — ela sugeriu, sua voz suave como a chuva lá fora. Respirei fundo, mas a sensação de opressão no meu peito não desapareceu. — Sinto como se estivesse me afundando em um abismo. Cada vez que penso em Ashley, em Michael... em tudo que pode acontecer... — pausei, lutando contra as lágrimas que ameaçavam escapar. — Eu me sinto tão impotente.

Billie apertou minha mão, como se tentasse transferir um pouco de sua força para mim. — Você não está sozinha, Baby. Estou aqui. Vamos passar por isso juntas, não importa o que aconteça. 

A sinceridade em sua voz era reconfortante, mas a culpa ainda queimava em meu coração. — Mas você não deveria ter que carregar isso sozinha. Você merece alguém que não traga problemas, Amor. 

Ela balançou a cabeça, sua expressão uma mistura de preocupação e determinação. — Não fale assim. Você não é um problema, é a única coisa que me faz querer lutar. Sem você, tudo seria em vão. 

O calor do seu corpo contra o meu me dava um pouco de conforto, mas a sensação de mal-estar estava se intensificando. 

— Eu só... não sei como lidar com tudo isso. — Eu finalmente deixei as lágrimas escorregarem, sentindo-me vulnerável.

Billie passou os dedos pelas minhas bochechas, secando minhas lágrimas com um carinho quase maternal. — Você precisa se permitir sentir, Maya. É normal estar assustada, é normal se sentir assim. Mas por favor, não deixe que isso te consuma.

 — Eu estou tentando, mas é difícil. — Eu me afastei um pouco, tentando recobrar a compostura, mas a tontura começou a se instalar. Billie percebeu e ficou em alerta, seus olhos se ampliando.

 — Você está bem? Você parece... — ela hesitou, avaliando minha expressão. — Maya, você está realmente pálida.

 — É só um pouco de náusea — respondi, tentando desviar o foco. Mas a verdade era que eu me sentia cada vez mais fraca, como se toda a energia tivesse sido sugada de mim.

Ela não parecia convencida. — Vamos para a cozinha, você precisa de água ou algo para comer. Pode ser que você esteja desidratada. Levantei-me lentamente, mas a visão começou a girar e eu quase perdi o equilíbrio. Billie imediatamente se levantou, segurando-me pela cintura.

 — Calma, eu estou aqui. Respire. 

Respirei profundamente, sentindo seu perfume familiar invadir minhas narinas, um misto de lavanda e um toque de seu sabonete. A sensação era reconfortante, mas a dor dentro de mim não diminuía.

 — Eu só quero que isso acabe. Quero me sentir bem de novo.

Ela me guiou até a cozinha, seus olhos não se afastando de mim. Quando me sentei em uma das cadeiras, ela pegou um copo e encheu de água, me oferecendo com cuidado.