My Dear Stalker - Billie Eilish| G!P (EM HIATUS)

Capitulo 32

Maya

A chuva tinha diminuído para uma garoa suave, mas o som da tempestade ainda parecia ecoar dentro de mim. O apartamento de Billie estava iluminado de forma suave e confortável, mas a sensação de segurança que eu tentava cultivar estava ameaçada pela crescente inquietação. O telefone tinha vibrado mais uma vez, e a mensagem não lida continuava me assombrando. Quando o nome Mãe apareceu na tela, um frio gelado percorreu minha espinha.

— É minha mãe — murmurei para Billie, o medo evidente em minha voz.

Billie estava ao meu lado no sofá, seu braço envolvido em torno de mim, oferecendo um refúgio temporário. Seus olhos se estreitaram com uma preocupação que ela não tentava esconder. A tensão era palpável, e eu sabia que precisava lidar com isso, mas o que quer que estivesse prestes a acontecer parecia estar além da minha capacidade de controle.

— Você quer atender? — Billie perguntou, a voz carregada de uma mistura de preocupação e determinação.

Eu respirei fundo e deslizei o dedo pela tela, respondendo a chamada.

— Mãe?

— Maya Collins, onde você está? — A voz dela estava carregada de um desespero incomum. — Eu tenho tentado falar com você há semanas! Por que você está sumida? O que está acontecendo?

Eu não estava preparada para essa intensidade. Meu coração acelerou, e o medo se transformou em um nó no estômago.

— Eu estou bem, mãe. Estou na casa de uma amiga. — Tentei manter a voz calma, mas a verdade era que eu estava à beira de um colapso.

— Na casa de uma amiga? — A incredulidade na voz dela era quase tangível. — Você acha que isso é suficiente para me tranquilizar? Recebi uma visita hoje... da polícia. Eles estavam procurando por você!

As palavras dela eram como facas, cortando a tensão já presente. Meu corpo congelou, e eu olhei para Billie, que estava agora totalmente alerta.

— O quê? — Minha voz saiu como um sussurro angustiado.

— Eles disseram que você estava envolvida em algo perigoso, com uma O'Connell. — Ela praticamente cuspiu o nome. — Maya, você está se envolvendo com uma O'Connell?!?! Me explique o que está acontecendo!

Meu estômago se revirou com o peso do nome O'Connell. A rivalidade entre as famílias Collins e O'Connell era lendária, e qualquer ligação com eles era impensável. Minha mãe sempre me ensinou a evitar qualquer coisa que envolvesse a família O'Connell.

— Mãe, não é o que você pensa. Billie não é... — minha voz falhou quando eu tentei encontrar as palavras certas. — Eu estou segura, não há nada perigoso acontecendo.

— Segura? Você acha que está segura com uma O'Connell? Eles são perigosos, Maya! — A fúria na voz dela agora era palpável. — Se você não voltar para casa imediatamente, eu vou para a polícia. Não estou brincando.

Cada palavra dela parecia fazer o ar ao meu redor ficar mais denso. Eu me virei para Billie, que estava observando com uma expressão de choque e preocupação. As consequências do que estava acontecendo estavam se tornando mais reais e mais graves a cada segundo.

— Mãe, por favor, não faça isso. Não é o que você está imaginando. — Implorei, a voz tremendo. — Billie... ela não é o que você pensa.

O silêncio que se seguiu foi tão pesado que parecia quase palpável. Minha mãe estava claramente lutando para se controlar.

— Maya, ou você volta para casa, ou eu vou descobrir tudo o que está acontecendo. Se você não me der uma boa explicação, eu vou te buscar amanhã de manhã. E, se necessário, eu vou envolver a polícia.