Voldemort pretendia que o objeto fosse usado por seu seguidor mais leal no caso de suas horcruxes serem destruídas, mas acabou na posse de Hermione.
Isso a enviou de volta a uma época em que ele era muito menos o monstro que ela conheceu. Nada poder...
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Edward Rosier olhou para o nada. Os sons de copos tilintando e talheres raspando só o alcançavam como ecos distantes. A única coisa da qual ele tinha consciência era da dor persistente, uma ferida em algum lugar profundo no fundo de sua pessoa que latejava, dormente e agudamente dolorosa ao mesmo tempo. Parecia que alguém o havia atravessado com uma faca de manteiga, perfurando todos os seus órgãos com uma lâmina cega.
Náuseas subiram até sua garganta. Ele a engoliu de volta.
Vozes abafadas abafavam o silêncio da sala. Ele enfiou a mão no bolso e tocou na seda. Uma fita rosa. Ele a esfregou entre os dedos. A textura lembrava levemente os fios longos e claros do cabelo de Winifred.
"Não é mesmo, filho?"
Os olhos de Edward Rosier estavam vidrados, fixos em uma peça central composta de dálias negras, orquídeas tingidas de sangue, tulipas rainha da noite e rosas baccara.
"Edward?"
O Rosier mais jovem finalmente acordou, limpando a garganta enquanto se sentava na cadeira. "Desculpas, pai. O que você disse?"
Os olhos do pai o perfuraram, observando-o com conhecimento de causa. "Sua tia e eu estávamos falando sobre sua irmã. Ela e Cygnus Black aparentemente começaram um namoro."
"Oh," ele murmurou. "Não estou surpreso."
"O que você pensa sobre o jovem Cygnus, filho?"
Edward de repente sentiu os olhos da sala sobre ele. "Eu... eu gosto de Ciggy. Todo mundo gosta."
"Bom garoto", disse o tio de Rosier. "Meu filho está na Sonserina com ele também."
"Eu, por exemplo, estou feliz por não ter que bancar a casamenteira", disse sua mãe. "Espero que eles se deem bem. Acho que o convidaremos para jantar quando vierem de Hogwarts para o verão."
"Druella é uma beleza. Uma bruxa muito talentosa, para alguém tão jovem. Você deveria estar muito orgulhoso dela", disse sua tia. "Gostaria que me tivessem dado uma menina, mas apenas um menino, e então, infelizmente, não mais filhos... Mas não por falta de tentativa, veja bem."
As sobrancelhas de Edward franziram diante do comentário da tia. Ele estava pensando bastante em algumas coisas que Tom havia dito recentemente. Elas pareciam ser quase inomináveis, as coisas que Tom havia dito sobre infertilidade em famílias de sangue puro. Mas agora que Tom havia trazido isso à sua atenção, Rosier começou a notar mais e mais.
Ele engoliu em seco, sentindo um medo desconhecido tomar conta de suas emoções.
Medo de que tudo aquilo em que ele cresceu acreditando fosse mentira.
