INVICTUS I

73. Cheeky Reunions

CAPITULO SETENTA E TRÊS
Reuniões atrevidas

Hermione estendeu a mão durante o sono, apenas parcialmente lúcida, enquanto procurava na cama por um calor que não estava lá.

Então ela abriu os olhos para a escuridão.

Sua cabeça se partiu e a sobriedade a inundou em uma onda desconcertante. Ela percebeu um momento depois, quando sua mão tocou os lençóis frios ao lado dela, que estava procurando por Tom.

A noite voltou correndo, e Hermione sentiu uma sensação desconfortável no estômago.

Ela não necessariamente se arrependeu de ter beijado Gaspard. Ela gostava dele. Ela sentia uma atração genuína por ele...

Mas algo parecia errado. Ela não queria cruzar os limites quando ainda não tinha certeza de como se sentia sobre seu término com Tom.

Seu peito apertou. Se ela não tivesse se apaixonado por Tom, ela provavelmente teria se apaixonado por Gaspard. Ela conseguia ver esse caminho tão claramente... e ele levava à felicidade.

Mas infelizmente ela se apaixonou por Tom.

Parte dela queria deixá-lo ir. Parte dela queria seguir em frente com Gaspard... tocá-lo e prová-lo... deixá-lo preencher sua vida com paz e segurança. Deixá-lo protegê-la de uma forma saudável, e não da forma tóxica que Tom faria.

Mas havia uma pontada aguda no centro do peito dela, como uma corrente conectada ao seu coração que o próprio Tom controlava. Ela sentiu que estava puxando, torcendo, apertando.

A cada momento do dia, ela se perguntava no fundo de sua mente onde Tom estava, o que ele estava fazendo. Ela refletia enquanto trabalhava e treinava, imaginando se ele estava aprendendo novas formas de magia, ou se ele estava na Albânia procurando pelo diadema, ou se ele logo encontraria o medalhão e a taça. Haveria uma maneira de ela evitar que essas coisas acontecessem? Ela tinha tanto poder sobre ele?

Hermione sentiu lágrimas subindo aos olhos. Por um breve momento antes de terminar as coisas, ela quase começou a acreditar que poderia haver um futuro com ele... mas toda vez que ela se permitia imaginar isso, a realidade de quem ele era desabava, rasgando a bela imagem em pedaços.

Ela não queria machucar Gaspard... Ele já estava machucado o suficiente.

Ele merecia felicidade.

Ela lhe dissera a verdade: que não estava pronta. Ele fora compreensivo, assegurando-lhe que não esperava nada...

Mas Hermione sabia que ele ficaria magoado se ela de repente se afastasse.

Ela era tola por tê-lo beijado? Ou ela estava simplesmente desesperada para que alguém quebrasse o domínio de Tom sobre seu coração?

Hermione piscou, e as lágrimas transbordaram, escorrendo pelo seu rosto todas de uma vez.

Ela se virou de lado, sentindo frio, embora seu apartamento estivesse quente.

Era muito cedo. Tom a havia marcado, como uma cicatriz de uma ferida mal curada. Levaria anos para ele desaparecer.

Se ao menos Tom pudesse mudar...

Mas ele não podia. Ela sabia disso.

E mesmo que pudesse, ele não faria isso. Ele não a queria tanto assim... não às custas de seu poder.

Sinceramente, ele nem tentou.

No início, Hermione ficou feliz por ele manter distância, dando-lhe espaço.