capítulo 10

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Acordo às 5h com o despertador tocando, desligo e sinto o corpinho de Hina em cima do meu, tiro ela com cuidado e me levanto indo fazer xixi, escovo meus dentes desço pra beber água

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Acordo às 5h com o despertador tocando, desligo e sinto o corpinho de Hina em cima do meu, tiro ela com cuidado e me levanto indo fazer xixi, escovo meus dentes desço pra beber água.

Entro na cozinha sentindo um cheiro de café,  dina Suri levanta me dando um susto, e acabo assustando ela também.

— Que susto menina, meu coração não pode passar por emoções fortes não, santo Deus. - ri dela. - Bom dia querida.

— Desculpe dona Suri, bom dia, dormiu bem? - me sento no banco de frente para o balcão

— Dormi ótima, nunca dormi tão bem nos últimos dias. - rimos. - E você? Conseguiu fazer ela dormir?

— Eu dormi muito bem. Sobre a Hina aconteceu uma coisa. - ela me olhou secando as mãos no pano de prato. - Ela não fechava o olho por nada então apaguei a luz e quando fiquei sonolenta fechei os olhos e ela tentou mamar no meu peito. - continuo quando não recebo reação.

— Eu não ia deixar, mas ela começou a chorar e eu não achei nenhuma chupeta, então deixei que ela mamasse, fiz mal? - ela me olhou compreensiva

— Ela só sente falta da mãe querida, elas eram muito grudadas e de alguma forma ela sentiu um carinho parecido por você, ela só precisa de carinho e escolheu você pra dar ele a ela, não fez mal algum, quando agimos com o coração não à mal. - suspiro aliviada e apreensiva pois não sei como vai ser quando ela acordar.

— Eu também me senti muito bem cuidando dela, não sei se consigo dar tudo o que ela precisa, tenho minha escola e minhas coisas, sei que a senhora não me pediu nada, mas não quero que ela se sinta abandonada de novo. - expliquei cabisbaixa

— Não se sinta assim, meu bem, ela não é responsabilidade sua, mas claro que seria muito bom ter você com ela um pouquinho pelo menos. - deito minha cabeça no balcão pensando.

Ela é tão pequena e indefesa, ver o jeitinho sofrido dela me deixou de coração partido, senti algo que nunca vou esquecer.

A coitada da mãe não merecia ter esse fim, pelo que entendi era a única que dava o devido carinho e amor para a neném, as vezes não entendo essa matemática louca da vida, o pai alcoólatra vivo caído por aí.

— A senhora pode me dar um pouco de água? - ela assente e pega a garrafa na geladeira despejando em um copo e me entregando. - O que a senhora acha de um estilo de guarda compartilhada? Pego ela aos finais de semana ou quando estiver livre. - bebo a água enquanto ela analisa a ideia.

— Sabe que não precisa fazer isso, não é? Ela não é sua responsabilidade. - assenti ainda olhando pra ela, a senhora revira os olhos. - Ok, eu deixo, é bom que eu descanso, já sou uma senhora.

—  Maravilha, passo pra buscar ela hoje depois da escola, prometo cuidar dela direitinho. - lhe entrego meu colo e deixo um beijo em sua buchecha. - Vou me arrumar, obrigada pela água.

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