𝐎𝐎𝟒. "𝗍𝗈𝗆...? 𝗉𝗎𝖿𝖿!"

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— Você não desiste mesmo, né? Só pode estar de brincadeira

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— Você não desiste mesmo, né? Só pode estar de brincadeira... — O tom de voz do rapaz agora parecia sério e sua expressão era severa, devolvendo como resposta um cenho franzido e lábios curvados.

— Você tá há dois anos aqui e não descobriu nada ainda!

Minho a afastou, virando de costas e observando a silhueta feminina por cima do ombro enfaixado com desleixo.

— Você acha que é fácil? Acha que é só entrar no labirinto, dar uma passeada e pronto? Eu enfrento esse lugar todo dia, entrada por entrada, parede por parede, decorando cada novo paralelo... Não fale mértilas.

Prim negou com a cabeça, andando para frente de Minho novamente e apontando o dedo em direção ao seu abdômen definido.

— Isso é o que você pensa! Eu sou habilidosa, posso provar, sei me virar e sobreviver.

— Você não vai entrar naquele labirinto, Prim, encerrou. — Prim engoliu seco com a resposta do rapaz, congelando completamente com a grossura de suas palavras. As orbes escuras e profundas doutro pareciam penetrar as azuladas da garota, que o hipnotizavam sem que ela ao menos piscasse. — Tira isso da sua cabeça.

Prim posicionou cuidadosamente as mãos nos ombros doutro, questionando a si mesma se havia odiado pouco ou muito aquela super-proteção.

— Por que não consegue confiar em mim? — A morena mordiscou o lábio inferior, inconformada.

— No dia que der de cara com os verdugos, muda de ideia. Não vou deixar te comerem viva.

Não havia resposta que Prim desse que o fizesse mudar de ideia, naquela instância, já havia desistido de insistir em algo que claramente não aconteceria. A garota deitou a cabeça no peitoral desnudo do asiático, respirando fundo e ali permaneceram por alguns minutos.

— Você só tem uma função, então faça por onde e nos tire daqui. Se já fez o possível, faça o impossível. Não tá sendo suficiente. — A garota levantou o rosto. — Se você não achar uma saída, eu vou te matar, Minho. Eu vou acabar com você. — Ela o empurrou de leve, deixando o quarto do rapaz para se direcionar ao seu. No caminho para o próprio cômodo, mesmo que por dentro da sede, pôde ouvir as paredes do labirinto movendo-se, – aquele ensurdecedor barulho de metal sendo arrastado em uma plataforma – e os sons aterrorizantes dos verdugos ecoarem atrás dos grandes muros, então Alby apareceu, quebrando seu pequeno resquício de medo.

— Quer ver algo? — Tentadoramente ofereceu o líder, então Prim assentiu. — Vem comigo.

Com uma tocha em mãos, Alby a guiou até um dos muros do labirinto, mais precisamente na entrada A, passando a chama pela parede para que ela visse um amontoado de nomes assinados, alguns riscados e outros feitos com desdém.

— Esses são os nomes de todos que estão aqui ou já passaram por aqui. Os riscados foram os que já morreram. Perdemos muitos pro medo, pra decepção, pra falta de perspectiva de futuro. Entende a importância de cada vida aqui? — O rapaz entregou-a um facão e permaneceu com a tocha próxima da parede. — Você é uma Clareana agora, precisamos manter você viva. — Prim concentrou-se em gravar o próprio nome, deixando um coração no pingo do I, o que fez Alby gargalhar.

𝐑𝐄𝐕𝐄𝐍𝐆𝐄 | The Maze Runner (GRAPHICS EM REFORMA)Onde histórias criam vida. Descubra agora