𝐎𝐎𝟖. "𝗐𝗁𝖺𝗍 𝗍𝗁𝖾 𝗁𝖾𝗅𝗅 𝖺𝗋𝖾 𝗐𝖾?"

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— Acho que jamais vou ser capaz de fazer isso

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— Acho que jamais vou ser capaz de fazer isso. É difícil. — Complementou Prim.

— Sua plong, onde tava com a cabeça? Enlouqueceu? Quer virar churrasquinho de Verdugo, trolha? — A voz rouca e escarnada preencheu os ouvidos da garota de fios acastanhados, que deixou os ombros darem um pequeno pulo com a sonoridade. O questionamento se aproximava mais tal qual o tom aumentava, incomodando seus tímpanos. Era o loiro de olhos claros e bochechas retas.

— Não me enche... — Franziu a testa e Gally retrucou.

— Não enche? Você quis se suicidar? É mais fácil amarrar uma corda no pescoço, te arrumo uma.

— Se eu não tivesse entrado naquele labirinto com o Thomas, Minho e Alby teriam MORRIDO. — Respondeu enquanto cutucava o peitoral de Gally com a ponta do dedo.

— Eu não quero saber de você perto daquele labirinto, tá entendendo? Se eu te ver chegando a um metro de distância daquelas paredes, vou votar pra te banirem, sua plong.

— Então vota, Gally, caraca! Você trata todo mundo aqui com essa sua grosseria e quer vir logo pra cima de mim? Você sabe do que sou capaz, é melhor me deixar em paz. — De longe, era possível se ouvir um riso de Newt, que mantinha um semblante divertido.

— Você é a plong mais teimosa que eu já vi.

— Deve ser porque fui a primeira e única a aparecer aqui. Será que é por isso que não sabe lidar com uma garota? — Cruzou os braços e arqueou a sobrancelha fina.

— Você tá ferrada, cabeça de mértila. — Gally apontou o dedo em sua direção e apanhou um martelo, voltando para a sua função na grande Clareira.

Aquelas palavras frias gelaram a espinha de Prim, que depois de tudo o que fez dentro daqueles grandes muros de concreto para salvar a vida de quem amava, Gally ainda retribuía daquela forma, como se ela tivesse cometido um crime gravíssimo e imperdoável. Prim não entendia o porquê dele parecer tão afetado com a probabilidade de sua morte se ele sequer parecia gostar dela.

— Ei, não liga, ele se sente ameaçado. — O loiro magro e alto se aproximou, passando a mão em seu ombro tensionado.

— Não ligo... — Primrose soltou o ar preso nos pulmões e estalou o pescoço.

[...]

O resto do dia passou devagar. Na verdade, passou devagar apenas para Prim e Thomas, que aguardavam o julgamento do dia seguinte. Cada segundo que corria, os batimentos cardíacos pareciam se acelerar mais, apunhalando seus peitos com uma ansiedade e nervosismo sem fim. Quando o sol se pôs e a lua tomou sua posição no céu estrelado, Prim sentou debaixo de uma árvore enrijecida e estreita e buscou um pouco de ar puro para conseguir controlar a respiração e colocar a cabeça no seu devido lugar. A paz na Clareira quando todos iam para seus cantos dormirem e abandonavam suas tarefas não tinha fim, aquele era o momento perfeito para espairecer.

𝐑𝐄𝐕𝐄𝐍𝐆𝐄 | The Maze Runner (GRAPHICS EM REFORMA)Onde histórias criam vida. Descubra agora