prologue

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Querido Han Jisung, em algum lugar que você estiver por aí quero que saiba que a razão pela qual eu estar na terapia é justamente por sua causa.

Sentado numa poltrona do consultório de frente para a minha terapeuta, me mantive em silêncio com a promessa de que seguiria dessa forma até o fim da sessão assim como fiz nas anteriores.

Mas aí ela mencionou o nome dele de novo e dessa vez foi como se uma barreira em mim tivesse sido rompida. Eu não era a pessoa mais racional do mundo quando se tratava dele: o garoto que eu amei, o mesmo que depois de ter desgraçado a minha mente foi embora da minha vida e levou consigo o meu coração.

— Por que não me fala sobre o Jisung? Parece que ele foi alguém importante na sua vida — A mulher ruiva arriscou tentar tirar algo de mim. Mikaela era compreensível, amigável, cautelosa e adorava falar de seus pets, tinha um cachorrinho e um coelho. Eu preferiria mil vezes ouvir ela falando sobre os bichinhos adoráveis e bagunceiros do que sobre mim. — Eu adoraria que me falasse dele.

Umedeci meus lábios secos. As lembranças se passaram como um filme na minha cabeça, cada memória era uma dor que pesava no peito e relembrá-las era torturante, porque eu conseguia sentir tudo o que senti em tempo real e isso incluía até os momentos que luto para esquecer.

Era como voltar no tempo e vivenciar uma felicidade que sinto saudade de ter e o começo angustiante do vazio que ainda me persegue.

Não importa quanto tempo passe os cacos do meu coração ainda bateriam por ele.

Seria uma longa história para contar. Então aqui vai a história de como o amor foi a pior coisa que aconteceu na minha vida.

Querido Han (minsung) Onde histórias criam vida. Descubra agora