fall

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Nossas mãos estavam entrelaçadas enquanto eu o guiava pela festa ao som de Out of My League, de Fitz and The Tantrums.

Sentindo falta de sua boca, eu parei Han para colar meus lábios aos seus novamente porque agora eu podia e ia querer isso sempre. 

Foi devagar o suficiente para que eu pudesse gravar seu gosto no meu paladar, mas rápido do ponto de vista que me fizesse lamentar por querer por mais tempo. Somos esse conjunto de inversões que se completavam e não tinha nada mais Lee-Han do que isso. Eu gostava de como funcionavámos.
 
— E se alguém ver? — ele arregalou os olhos, olhando para os lados. Meu polegar roçou em seu lábio inferior, numa maneira de demonstrar que está tudo bem para mim ser visto dessa forma com ele.

— Acho difícil alguém prestar atenção na gente, 'tá todo mundo bêbado aqui — tranquilizei, vendo alguns adolescentes dançando e outros bebendo ou se pegando.

— Todo mundo é muita gente — Jisung disse, aumentando a voz por conta da música alta.

— Quase todo mundo — me corrigi, sentindo-me realizado como nunca.

Avistamos do segundo piso Jeongin e Hyunjin empurrando a boneca inflável para a tirolesa. Eu quis rir da imbecilidade daqueles dois. Não tinha como diferenciar se estavam bêbados ou sóbrios, essa era a energia de ambos no dia mais normal deles. Contudo, poderiam estar bêbados.
Felix passou por nós correndo com uma garrafa de vodka, fugindo de Seungmin. Mais outros dois bêbados.

Me aproximei do meu loirinho, tocando sua cintura. Han olhava para cima, para mim. Seu peito pressionou contra o meu e eu respirei fundo, torcendo para que não ouvisse os batimentos rápidos do meu coração contra as minhas costelas. Ele acariciou minha mandíbula, esquadrinhando meu rosto e pude ver suas pupilas dilatadas.

— Quer passar o dia comigo amanhã? — propus, ciente de que posso estar sendo grudento e não irei deixar de ser assim com ele. Quero aproveitar cada momento que ainda pudesse ter ao seu lado. — Um dia de Minho e Jisung.

— Você ainda pergunta? É claro que eu quero — arqueou a sobrancelha e seu tom falhou em soar repressivo.

Só fui embora da festa quando ele foi também. Compartilhamos vários beijinhos discretos e toques não tão discretos assim, dançamos algumas músicas e nos juntamos aos nossos amigos.

A noite não poderia ter sido melhor do que isso.
                              🧤🔫

Juro que se eu pudesse teria dormido até o meio dia, mas era domingo e aos domingos minha mãe nos fazia acordar cedo para ir à igreja.

Já que eu estava lá aproveitei para orar por Jisung, mesmo que não acreditasse em orações. Qualquer coisa que estivesse ao meu alcance que pudesse fazer por ele eu estaria fazendo.

Chamei Han para tomarmos um milk shake na mesma lanchonete que fomos uma vez. Não era grande coisa, mas pela reação dele foi como se eu tivesse lhe feito um convite para a Disney. Jisung era a pessoa mais simples que já conheci, mesmo tendo tanto dinheiro.

— O de flocos é bem melhor — provei o milkshake dele, o meu era de chocolate. Enquanto Jisung gostava de provar sabores diferentes, eu pedia o mesmo de sempre.

— Pode ficar com o meu se quiser — Jisung oferece, amistoso. Neguei, gesticulando para que ele ficasse com o seu.

O dia havia começado ensolarado e depois foi esfriando. Emprestei minha jaqueta para Jisung quando percebi que sentia frio e agora eu estava com a minha camisa azul escuro sem mangas enquanto a jaqueta preta que eu usava antes ficou muito melhor nele.

— Não se atreva a cortar esse cabelo — advertiu, esticando o braço para colocar uma mecha teimosa atrás da minha orelha.

— Eu tenho que cortar — infiltrei os dedos pelos fios que iam até a base da nuca, jogando-os para trás. Jisung me observou como se me venerasse e sorriu de modo quase predatório. Eu facilmente aceitaria ser a presa de sua caça.

Querido Han (minsung) Onde histórias criam vida. Descubra agora