O selinho se passava por minha mente o tempo todo a semana inteira. Pensava nisso quando acordava, quando tomava banho, quando tomava o café da manhã, quando me vestia, quando ia para a escola, quando jogava basquete, quando estava com meus amigos e quando ia dormir. Eu poderia bater em sua porta e conversar sobre isso... Só não sei se é o que ele quer. Tenho medo de estar sentindo isso sozinho.
Jisung agia como se tivesse esquecido ou simplesmente relevado, como um grande tanto faz para ele. Garotos devem tentar beijá-lo o tempo todo, o que fiz não foi nada impressionante.
Se Jisung não sentir o mesmo eu nem sei o que vai ser de mim, para ser sincero. Acho que não vou ter maturidade suficiente para aceitar numa boa e seguir com a minha vida quando estou vivendo de cenários imaginários que crio na minha cabeça de coisas que eu gostaria que acontecesse entre a gente. De certa forma continuar sem saber me coloca em uma posição confortável e segura a qual eu prefiro estar.Meu desejo por ele aumentava cada dia mais, eu já não o olhava mais com os mesmos olhos e não me orgulho de ter feito o que fiz nessa manhã, em como pensei nele de maneira tão suja desde aquele momento de ontem em que íamos dar um mergulho na piscina da casa dele e tudo pareceu ficar em câmera lenta no instante que ele se despiu e passou por mim usando apenas um short boxer curto.
Simplesmente perdi a fala, meus olhos me traíram para seu corpo. E... porra, eu sabia que ele tinha uma bunda grande pela forma que ficava destacada em suas roupas e ainda assim fiquei de boca aberta com o quão protuberante o contorno dela e das coxas grossas constratava em relação à cintura, proporcional para sua estatura. Eu não conseguia tirar meus olhos dali e aquilo ficaria esquisito se Jisung percebesse e acabasse pensando que sou um tarado.
— Você não vem? — me perguntou depois de pular na piscina.
— E-eu já tô indo — limpei a garganta e comecei a tirar minhas roupas até que ficasse só com a cueca boxer preta.
Levei um tempo para me acostumar com a temperatura da água. Jisung e eu ficamos jogando água um no outro e apostando corrida de ponta a ponta na piscina.
Emergimos juntos à superfície novamente, competindo quem conseguia ficar mais tempo prendendo a respiração debaixo da água. Eu deixava ele ganhar e tomava cuidado para não lhe desencadear uma falta de ar ou qualquer outra coisa que ele poderia ter.
Vi seu rostinho irradiando felicidade enquanto tirava os fios molhados grudados dele e tive que conter aquela vontade de tentar beijá-lo de novo.
Era assim que a nossa amizade estava sendo e isso me fez enxergar que nunca foi só amizade para mim. Sentir algo assim por um garoto me assustava ao mesmo tempo que se tratando de Jisung nada era ruim.
🧤🔫
Na quinta tive prova de matemática e como não deixei nenhuma questão em branco dessa vez alguma delas eu teria que acertar. Acho que me saí bem nessa prova.
Consegui entregar o resumo de Eram os Deuses Astronautas graças a Jisung que me deixou obcecado por ufologia e agora eu conhecia umas seis raças de alienígenas e várias histórias de abduções e ovnis que já caíram por diferentes lugares do mundo ao longo das décadas. Sem perceber fui gostando das mesmas coisas que ele, pegando suas manias e espelhando seus trejeitos, como se ele tivesse se tornando parte de mim e é exatamente isso o que eu queria.
Abri o meu armário. Leslie ao meu lado me contava tudo sobre como estava indo sua nova amizade com Cassie. Ela foi a primeira a dar todo o suporte que a chefe das líderes de torcida precisava e isso as aproximou bastante. Ouvi tudo atentamente, trocando meu livro de geografia pelo de ciências.
— Ela é incrível, doce e não sei por que ela se fingia de estúpida só para se encaixar sendo que ela é muito mais que a chefe das líderes de torcida popular com síndrome de Regina George — Leslie para de falar e me encara. — Ah, tinha me esquecido de te dizer! Os meus pais me deixaram ir para a festa surpresa do Seungmin. Não tenho ideia do que levar de presente, alguma sugestão? Você conhece ele bem melhor do que eu.
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Querido Han (minsung)
FanfictionHan Jisung vivia uma vida limitada. Ele temia o tempo e recorria ao imediatismo para fugir dos dias monótonos. Sem dar tempo as pessoas se apegarem a ele e principalmente sem permitir se apaixonar, mas isso muda quando ele conhece Minho. O que começ...