Querido Han (minsung)

let me unveil you

"@_GOSSIPWHO: Boa noite, Expand High! É um milagre ter o nome do nosso caladão e tão reservado Lee Know hoje nessa página. Acho que todos viram de manhã cedo como ele preferiu ir contra os próprios amigos para defender o nerd santinho do Han Jisung (que de santinho já sabemos que ele não tem nada). Estranho não acham? Enfim, deixe o seu like e siga a página para mais fofocas.

           Com veneno, sua fofoqueira favorita🐍"

Rolei os olhos para a publicação imbecil, dando uma olhada nesse perfil só porque estou tentando fazer aquele vídeo cair mais de uma vez. Parece que certas denúncias são bem seletivas para o Instagram. Bloqueio o celular, fechando os olhos e unindo as mãos enquanto ouvia minha mãe começando a recitar sua oração diária antes do jantar.

Esperei eles terminarem de orar na mesa para começar a comer.

— Como foi a aula hoje, Minjun? — minha mãe pergunta ao meu irmão.
Enquanto Minjun contava como foi o seu dia para os nossos pais eu trocava mensagens com Jisung.

Prendi uma risada na minha garganta quando ele havia feito uma piada sobre os alunos precisarem de um guarda chuva nas aulas da professora Liu, pois ela cuspia enquanto falava.

Antes de ele ir embora do fliperama com os amigos me perguntou se eu iria para a escola amanhã, respondi que sim e curioso para saber ele iria também devolvi a pergunta. Jisung garantiu que iria e acenou para mim em despedida com um sorriso que me fez abrir um automaticamente em meu rosto. Eu raramente sorria com facilidade, as pessoas até dizem que as intimido porque estou sempre de cara fechada nos lugares e que sou muito sério. Mas com Jisung era como se eu fosse um palhaço de circo, um bobo da corte e que mostrava mais os dentes do que um dentista poderia ver em seu consultório no dia a dia.

— Saia do celular, Minho — mamãe repreendeu, olhando-me com mais um de seus olhares de raiva que eu não sabia o motivo. Pelo o que me lembro não me meti em nenhuma confusão recentemente para ela parecer tão desapontada comigo. — Já falamos pra você não mexer no celular durante as refeições.

Assenti, guardando o celular em meu bolso e retornando com as colheradas em meu kimchi.

Eu deveria ter feito a tatuagem que eu queria

— Os Tigers estão treinando bastante? Porque aquela última derrota foi uma vergonha — meu pai disse em tom brincalhão. — De verdade, filhão — levou um pedaço do salmão grelhado à boca. — Ainda bem que não pude comparecer dessa vez.

Dessa vez quem foi repreendido pela minha mãe na mesa de jantar havia sido ele por falar de boca cheia.

— Mas na próxima você vai, porque nós vamos ganhar com certeza — falei, com convicção.

— É assim que se fala — apontou para mim, divertido.

Olhei para minha mãe, vendo-a conversar com meu irmão. Ela nem quis saber como foi o meu dia.

Terminamos o jantar e ela sequer dirigiu uma só palavra a mim, agindo como se eu nem morasse nessa casa.

                              🧤🔫
    
Sentado sobre a moto estacionada próxima aos demais transportes dos alunos e professores encarei o céu nublado, inspirando a nicotina e soltando a fumaça da droga entre meus lábios.

Avistei Felix e Bangchan e dispararem em minha direção. tinha seus fios loiros lisos e meio compridos presos para baixo em um elástico de cabelo, usando a jaqueta dos Tigers com as mangas dobradas até os cotovelos e repleto de anéis e pulseiras como sempre gostava de usar. Bangchan tinha uma bandana vermelha em seus cabelos castanhos num corte baixo e também vestia a jaqueta dos Tigers.