A Declaração.

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Becky Armstrong.


Eu estava travada. Meu pai iria me matar se eu contasse a verdade. Se existia algo pelo qual eu evitava ao máximo era enganá-lo, eu sabia que uma hora fazer aquilo acabaria vindo à tona e com isso meu pai perderia a confiança em mim, mas naquele momento fingir acabou sendo a melhor saída. Já estava pensando em algo quando Freen adentrou a cozinha chamando a nossa atenção.


— Seu filho realmente é um grande fã do meu trabalho, vou começar a cobrar pelas perguntas dele. — Comentou Freen enchendo um copo com água.


— Que ótimo que entrou, porque fiz uma pergunta para a minha filha e ela parece que teve amnésia, talvez você me ajude a desvendar esse mistério, como vocês se conheceram?


Freen me encarou antes de tomar toda a água do copo, eu torci para que ela fosse ótima em inventar algo, e por sorte ela era.


— Meu amigo possuí um estúdio fotográfico e Becky estava lá para ajudar na divulgação das fotos. Ela achou que eu fosse uma modelo e começamos uma boa conversa, percebi que tínhamos muito em comum e achei que seriamos ótimas amigas e realmente viramos. Você tem uma filha maravilhosa, senhor Armstrong. — Sorriu Freen.


Encarei meu pai por alguns minutos ansiosa para saber se ele havia mordido ou não a isca. Com Richie, qualquer desculpa que Freen contasse, ele cairia, nas com meu pai era diferente.


— Que bom que acha isso dela. Minha filha puxou muito de mim, bom se vocês se conheceram dessa foram fico muito feliz. — Comemorou meu pai para meu alívio.


Então ele havia acreditado naquilo. Respirei aliviada afinal meu medo de que ele surtasse ao descobrir a verdade quase havia me matado. Durante o resto daquele dia e algumas horas daquela noite, meu pai e Freen trocaram boas conversas, meu irmão tentava a todo o momento se entrosar com eles, mas sempre perdia espaço. Quando o relógio deu meia noite, meu pai se despediu de Freen alegando que iria dormir, assim como Richie, me deixando sozinha com Freen.


— Acho que está na hora de ir também, Becky. Pode me acompanhar até a porta? — Pediu Freen levantando-se do sofá.


Apenas a acompanhei e assim que abri a porta, ela me puxou para a soleira. A rua estava muito parada, as casas já estavam fechadas, e do quarto em que meu pai e Richie ficava não era possível que eles vissem o que ocorria na soleira. Uma boa estratégia dela.


— Seu pai e seu irmão são pessoas engraçadas.


— Sinto muito por eles, não imaginei que eles fossem agir assim. — Arfei um pouco.


— Não precisa ter vergonha, Becky. Sempre passo por isso quando conheço algum fã, nem me irrito mais. Foi apenas uma pena não poder ter passado mais tempo com você por conta deles, mas de qualquer forma, foi bom. Quando eles vão embora?


— Em três dias.

— Nos veremos então em três dias, não por mim, mas sei que é mais por você, pela forma como fica desconcertada comigo e eles estando no mesmo ambiente. Boa noite, Becky. — Finalizou Freen beijando o topo da minha cabeça.


Ela estava certa, porém o que nem ela e muito menos eu contava, era que nós duas sentiríamos tanta falta uma da outra. A semana passou quase se arrastando e os três dias viraram um pouco mais do que isso, não por meu pai e Richie, eles cumpriram com os seus três dias, mas a demora ocorreu por parte de Freen que estava atuando em um novo filme e dessa vez não pude sequer observar, pois era com um diretor diferente e em um ambiente controlado. Sete longos dias depois de nossa última vez juntas, enquanto eu me arrumava para ir ao bar cantar, alguém bateu em minha porta. De início imaginei ser Freen, e fui saltitante abri-la, mas não se tratava dela e sim de um carteiro que havia entregado as minhas compras inglesas. Era frustrante sentir tanta falta dela. Uma segunda batida em minha porta foi ouvida, dessa vez minha esperança de que fosse ela já estava mais do que morta, assim não me preocupei em ir atender a porta, seria indiferente. Coloquei meu violão em meus ombros e já estava saindo quando dessa vez ela apareceu, com aquele sorriso lindo que apenas ela tinha.


— Saudades? — Questionou ela entrando em minha casa.


Eu já estava um pouco atrasada para o trabalho, mas naquele momento eu não queria mais ir. Tranquei a porta e Freen rapidamente atacou os meus lábios, me mostrando quanto de saudade ela estava. Eu amava os beijos dela assim como o desejo que ela tinha em me possuir. Eu não era de faltar por coisas simples no trabalho, mas dessa vez iria deixar o meu patrão na mão. Nossos beijos começaram na sala, e seguiram o mesmo ritmo até o meu quarto, onde nossas roupas foram se perdendo no caminho. Quando finalmente cheguei em meu quarto, eu estava apenas com minhas peças femininas e Freen não estava muito diferente. Com cuidado ela me colocou em minha cama e sem qualquer tipo de conversa, ela veio para cima de mim. Seus beijos me roubavam o ar e sua mão desceu para a minha intimidade, onde ela me tocava com mestria. Seus lábios partiram para meu pescoço enquanto ela me tocava. Ela estava realmente com saudades de mim e eu estava quase subindo pelas paredes por ela. Carecia do toque dela como nunca havia acontecido antes com outra pessoa. Freen Sarocha era a definição de loucura e desejo para mim. Ela continuava seu trabalho de me tocar com mestria. Freen gostava de me encarar daquela forma, enquanto brincava comigo. Não demorou para que minhas últimas peças encontrassem o chão, assim como as dela, nos permitindo ficarmos completamente nuas.


— Sei que você tem um trabalho hoje, mas será que poderíamos apenas aproveitar o nosso momento? Estou morrendo de...


— Quero ser toda sua, Freen. — Gemi para ela.


Freen sorriu de forma apaixonante e sem qualquer outra preliminar, até porque acho que não duraria o suficiente tanto para ela quanto para mim, Freen deslizou sua mão até minha intimidade e passou a encaixar seus dedos ali. Eu fazia o que ela tanto amava, gemia em seu ouvido, enquanto ela me dominava da forma mais agradável possível. Eu era dela e ninguém poderia me tirar aquilo.


Freen Sarocha.


Ela era viciante. Eu amava cada minuto que Becky estava em meus braços, ali com ela, minha mente me deixava pensar diversas coisas, me dava paz, eu transava com ela por amor e não por um cachê extremamente gordo. Eu podia ser eu mesma e sabia que nenhum dos gemidos dela estavam sendo falsos. Quando terminei meu trabalho com meus dedos, deslizei minha boca pelo corpo torneado dela, chegando até sua intimidade, onde passei a sugá-la com vontade. Becky gemia de forma prazerosa para mim, suas mãos estavam ao redor de minha cabeça, e da boca dela eu ouvia apenas mistos de gemidos e palavras pervertidas. Eu a devorava com vontade, colocando minha língua o máximo que podia dentro dela, a deixando enlouquecida.


— Você é tão boa. — Ouvi ela sussurrar.


Aos poucos os gemidos dela aumentaram, suas pernas se fechavam em minha cabeça, Becky empurrava minha cabeça para mais ainda dentro dela. E com os melhores gemidos que eu já tinha ouvido, Becky chegou ao ápice. Tendo todos os espasmos possíveis.


— Becky.... — A chamei ainda entre as pernas dela.


Ela apenas me encarou com a melhor de suas expressões pós sexo.


— Eu te amo. — Sussurrei vendo seu belo sorriso.

Girl Crush - Freenbecky.Onde histórias criam vida. Descubra agora