Me dê um motivo

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O ano é 2025, e o mês é janeiro. Max acabou de ganhar mais um campeonato mundial, o de 2024. Todos estavam comemorando o título do piloto. Todos exceto uma pessoa: Charles Leclerc.
Não que Max não o tivesse convidado, mas Charles simplesmente não foi. E isso foi encarado de maneira ruim pelo holandês, já que eles eram bem próximos até o meio de 2020, mas depois de um tempo, Charles mudou com Max, e começou a o culpar pelo acidente de 2019.

Flash back on
2020

-Charles se acalma, isso não é culpa sua- Max disse tentando acalmar o monegasco.

-Como não Max? Era pra mim ter passado naquela parte do circuito, não o Jules- Charles disse se alterando.

-Mas aconteceu, você não pode se culpar pra sempre. O acidente foi a um ano. E aliás, foi eu quem te tirou da corrida aquela hora, você tinha que estar aliviado.- Max disse pegando a mão de Charles.

-Verdade...não fui eu- Charles disse de cabeça baixa.

-Isso. Aquilo poderia ter acontecido com- Charles deu um tapa na mão de Max.

-Foi culpa sua! Se você não tivesse me tirado da corrida, aquilo não teria acontecido!- Charles disse entre gritos.

Ele estava completamente alterado aquele ponto.
Mas tentou o acalmar, mas Charles acabou colocando as unhas e presas para fora. Quando Max tentou se aproximar de Charles, o mesmo arranhou-o.
Isso fez o pulso de Max começar a sangrar, e isso retomou a consciência de Charles.

-Maxie...me desculpa, eu sinto muito...- Charles se aproximou de Max.

-Não se aproxima de mim, Perceval.

Charles se encolheu e recuou. Ele sabia que Max estava falando sério, afinal, o holandês nunca o chamou de Perceval antes.
Max saiu do quarto de Charles, e foi para o seu.

Flash back off

Max suspirou é foi até a sacada de seu apartamento.
Quase todo mundo tinha ido embora, menos Lewis, Vettel, Carlos e Alex, que estavam ajudando a arrumar a casa toda bagunçada pela pequena "festa".

Max se sentou na poltrona, e ficou olhando a lua, que estava bem cheia e branca.

-Seus olhos sempre ficaram destacados na lua cheia- uma voz disse vinda da parte de cima da varanda.

Quando Max olhou para a grade de cima, viu ele, Charles, sentado de ponta cabeça, encarando Max.
Versttapen engoliu seco, sentindo seu corpo arrepiar, e seu sangue correr mãos rápido por suas veias. 
Argh, ele odiava isso, afinal, Charles poderia sentir o fluxo de seu sangue.

-O que...o que você tá fazendo aqui?- Max disse voltando a olhar pra lua.

-Eu recebi seu convite...eu só não- Max levantou a mão.

-Me poupe das suas desculpas, Perceval.

-Ainda vai me chamar assim até quando? Até eu morrer? Sou imortal, Maxie- Charles disse com um tom provocante.

-Me diga então, por que só veio agora?- Max olhou para cima, encarando Charles.

-Eu fui comprar isso- Charles desceu, e pegou uma caixa azul do bolso- Meus parabéns Maxie.

Charles abriu a caixa, um colar dourado, com um pingente de leão.

Max olhou para o colar, e por um momento, seus olhos brilharam, quase igualmente a lua

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Max olhou para o colar, e por um momento, seus olhos brilharam, quase igualmente a lua.

-E então, gostou, leãozinho?- Charles disse tirando o colar da caixa.

-Me dê um motivo.- Max disse encarando Charles.

-Motivo? Pra que?- Charles perguntou sem entender.

-Pra isso. Pra tudo isso. Você vem aqui, depois de tudo, e age normalmente. O que mudou?

Charles soltou um suspiro- Eu recebi a carta. Aquela que você escreveu ano passado- Charles disse se sentando ao lado de Max.

-E então, resolveu parar de ser idiota, e vir conversar como gente?- Max olhou para Charles.

-É...eu realmente sinto muito. Por tudo, inclusive por aquele dia- Charles disse olhando para o pulso marcado de Max.

-Está tudo bem, eu...eu só não imaginava que iria acabar como acabou.

-Podemos recomeçar, de onde paramos?- Charles pegou a mão de Max.

-Mesmo depois de tudo?- Max disse ainda sem olhar para Charles.

-Sim, mesmo depois de tudo.

Max acenou com a cabeça.
Nesse momento, Carlos chamou Max, o que fez o monegasco dar um leve beijo na bochecha de Max, e sussurrar em seu ouvido:

-Até amanhã, meu bruxinho.- assim, Charles foi embora, do mesmo jeito que chegou.

-Morcego idiota- Max disse dando um sorrisinho.

-Max?- Carlos disse entrando na varanda- Ah, você tá aqui. Bom, nós já estamos indo ok?- Max acenou com a cabeça e se levantou- Nossa cara, que colar legal, de quem foi?- Carlos disse olhando o colar no pescoço de Max.

-Colar?- Max colocou a mão no pescoço- Quando foi que ele...?- o holandês sussurrou baixo.

-Terra para Max- Carlos passou a mão na frente do rosto de Max- Você tá bem?

-Tô, eu estou sim. E foi uma caixinha que chegou sem nome- Max forçou um sorriso- Vamos? Já está tarde.- Max acompanhou os amigos até a porta.

Depois de todos irem embora, Max subiu para seu quarto. Lá ele colocou seu pijama, que na verdade é um conjunto de roupas de ficar em casa que ele usa pra dormi. E então, foi até sua cama, onde notou uma caixa preta, com um bilhete em cima.

"Tive que ir mais cedo. Mas aqui tem o seu verdadeiro presente.
Espero que goste, meu bruxinho.

Ass: C.L."

Quando Max abriu a caixa, tinha um quadro, dele e de Charles.

Quando Max abriu a caixa, tinha um quadro, dele e de Charles

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-Ah Charles, olha só, você novamente mexendo comigo.

Max guardou todas as coisas, e se deitou para dormir.

Mesmo depois de tudo?Onde histórias criam vida. Descubra agora