Mesmo depois de tudo?

E se...

O dia parecia não passar.
As horas pareciam anos.
Tudo estava um caos.
Não, Fernando estava um caos.

Haviam se passado apenas três horas do acidente de Lance Stroll, mas para o espanhol mais velho, pareceriam anos.
Charles, Carlos e Arthur estavam com Alonso, o ajudando e o confortando, já que os três sabiam como Lance era importante para Fernando.

-Nando, você precisa comer alguma coisa- Charles se aproximou do mais velho.

-Eu sei Charles...eu só não consigo...

A voz de Fernando trazia um arrependimento nela, algo como se ele estivesse se culpando.

-Vamos lá cabroñ, sabe que ele vai ficar bem- Carlos se sentou ao lado do amigo.

-E se não...? Isso vai ter sido minha culpa.- Fernando apoiou a cabeça nas mãos.

-Como assim Nando?- Arthur disse entrando na sala.

-O Lance estava passando mal durante a corrida, ele avisou no rádio. Mas eu disse pra ele fazer só aquela volta, já que os box ainda estavam longe...isso é culpa minha...- lágrimas involuntárias começaram a escorrer pelo rosto de Fernando.

Os outros três pilotos se encararam, não sabendo o que falar, então eles só ficaram ali, tentando confortar o mais velho.

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No hospital pareciam que tinham se passado horas, porém, três horas não deram pra nada.

Lance continuava desacordado, e os três pilotos ali, já estavam cansados demais. Rafael estava cansado, e seus poderes já estavam o prejudicando. Max estava com dores no corpo, e consoante a isso, seu poder estava fazendo ele criar machucados involuntários. Franco já havia tentado de tudo, mas parecia que Lance não respondia a nada.

-Eu não aguento mais...- Max disse cambaleando no quarto.

-Senta um pouco Max, se não vice vai desmaiar- Rafael disse indo até o holandês.

-Não precisa se preocupar Rafa, eu vou ficar bem- Max tentava se manter em pé, ele não estava bem.

Rafael se aproximou o mais velho, e encostou em seu rosto, fazendo Max cair em um sono profundo.

-O que você fez com ele?- Franco olhou assustado para o brasileiro.

-Fiz ele dormir. Ou o Max dorme, ou ele desmaia- Rafael encarou Franco.

-Como você...como você fez isso?- Franco enfaixou um dos machucados de Lance, e se aproximou do brasileiro.

-É uma das melhores habilidades que eu tenho- Rafael mostrou seu braço, que estava com alguns desenhos de tribos indígenas- Eu não sou um indígena, nasci no nordeste. Mas a minha mãe era- ele deu um sorrisinho- Ela era a Vitória Régia.

-Incrível- Franco sorriu para Rafael- Sua mãe parecia ser uma ótima pessoa, Rafa- o argentino passou a mão pelos desenhos no braço do brasileiro.

Era uma conexão estranha a que Rafael e Franco tinham. Eles não se gostavam amorosamente, e nem se interessavam em entrar em relacionamento, pois Rafael namorava com Dino Benagovich; e Franco tinha um caso com Kimi Antonelli.
Mas mesmo sim eles tinham uma conexão inexplicável.

-Ei, essa marca no seu pescoço...- Rafael olhou fixamente para uma marca no pescoço do argentino.

-É uma marca de nascença, meu disse que é a mesma que minha mãe.- Franco olhou pro brasileiro.

Rafael retirou sua camisa, e virou de costas para Franco, revelando uma marca em seu ombro. A mesma marca que fenado tinha em seu pescoço.

-Não é possível...- Franco passou a mão na marca de Rafael.

-E se...formos irmãos? Ou algo assim?- Rafael colocou a camisa novamente.

-Não sei...- Franco olhou para Lance, que se mexeu na maca- Acho melhor deixarmos isso pra depois.

Rafael concordou, ambos foram ver o estado de Lance.

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Fernando estava mais calmo. Eram quase duas da manhã, e Max ligou dizendo que Lance voltará a dar alguns sinais de resposta aos tratamentos que os três pilotos estavam dando a ele.

-Graças a Deus...- Alonso disse desligando o celular.

-Eu disse que ele iria ficar bem- Charles trouxe algumas coisas até a sala.

-É, vocês estavam certos, meninos- Fernando deu um leve sorriso- Ah, e Charles, Max pediu pra falar que ele está bem.

-Ah... obrigado Nando- Charles corou levemente.

Os quatro comeram, e depois foram prós quartos dormir.

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No hospital, Lance acabou acordando, mas pediu para não contarem pra Alonso, pois o canadense achava que o mais velho precisava descansar, então pediu que avisassem somente que ele estava dando respostas ao tratamento.

-Por que você não vai contar pro Alonso?- Max disse entregando remédios à Lance.

-Ele deve estar cansado, duvido que ele dormiu nas últimas horas. Então, eu prefiro que ele venha amanhã- Lance tomou os remédios.

Max acenou com a cabeça e saiu do quarto, deixando Lance descansar.