CAPÍTULO DEZ
Xiao Zhan
EU BOCEJEI. — OK, hora de dormir. — Levantei-me do sofá.
Yizhou apertou o botão do controle remoto. — Eu deveria ir também. Entro às sete.
— A que horas vamos sair amanhã? — Yibo perguntou.
— Acho que começaremos cedo, antes que a temperatura suba muito. Faremos a foto primeiro e depois subiremos até o Monte Lee. Lembre-se de levarr um chapéu. —
Acrescentei com um sorriso. — Não há sombra lá fora.
— Tenho um boné de beisebol em algum lugar.
— Isso basta. E certifique-se de que seu telefone esteja totalmente carregado. Você vai querer tirar muitas fotos. — A vista lá de cima era incrível.
— Nesse caso, acho que vou tomar um banho antes de dormir. — Yibo suspirou.
— Não que eu tenha recebido muito disso ultimamente.
— É o calor? — Yizhou perguntou com a testa franzida. — Porque há um ventilador elétrico extra no meu quarto, se você quiser.
Yibo deu-lhe um sorriso agradecido. — Não é o calor, mas obrigado. Eu não tenho ideia do porquê. Estou cansado quando vou para a cama, mas depois fico ali deitado. É como se meu cérebro não desligasse. — Ele olhou para mim. — Eu ia experimentar um pouco daquele seu sabonete líquido. Acho que o cheiro pode me ajudar a dormir.
— Vá em frente. Vejo você pela manhã. — Eu sorri. — Espero que o café esteja pronto às sete.
Yibo riu e puxou aquela mecha de cabelo da frente que sempre ficava em pé. — Sim mestre.
Entrei no meu quarto e fechei a porta atrás de mim.
Eu não deveria ter ido para a piscina. Foi uma coisa repentina e eu não sabia por que tinha feito isso.
Besteira. Você queria ver Yibo. Você queria desfilar na frente dele com sua sunga apertada.
Porque por que mais você as usaria?
Cristo, eu não poderia nem mentir para mim mesmo sem que minha consciência entrasse em ação.
A porta se abriu e Yizhou entrou. Arqueei as sobrancelhas. — Algo que eu possa fazer por você? — Atrás dele ouvi o som de água corrente.
Ele fechou a porta atrás dele. — Então amanhã é o letreiro de Hollywood?
— Sim. Depois até o Monte Lee.
— Certifique-se de levar água com você.
Revirei os olhos. — Puxa, por que não pensei nisso? — Tirei minha camiseta como uma dica de que estava me preparando para dormir. Yizhou não se mexeu. Eu parei. — Mais alguma coisa em sua mente, além dos meus planos para amanhã?
— Eu estive pensando…
— Machucou? — A falta de um sorriso me disse que Yizhou não estava com humor para brincadeiras. — Ok, vamos logo. — Quanto mais cedo ele compartilhasse, mais cedo eu poderia dormir.
— Precisamos encontrar alguém para Yibo.
Eu olhei para ele. — Tenho certeza de que ele é capaz de encontrar alguém sozinho.
— Meu batimento cardíaco acelerou. Eu não queria pensar em um cara beijando Yibo, tocando nele... transando com ele.
Essa última parte me fez sentir frio.
— Ele está aqui há um mês. Até agora ele não demonstrou interesse em ninguém.
Forcei um sorriso. — Então, pelo menos determinamos que ele não se parece em nada com o irmão.
— Huh? — Yizhou fez uma careta.
Eu bufei. — Eu me lembro de você aos dezenove anos, então não me olhe com esse olhar inocente.
Yizhou esticou o queixo.
— Quero que você o apresente a alguns caras. Não importa se você transou com eles ou não.
Com licença?
Eu o olhei com olhos arregalados. — Você sabe o quão nojento isso parece? Por que você está com tanta pressa para ele transar? Não é como se ele fosse virgem.
Yizhou piscou. — Como você sabe disso?
Revirei os olhos. — Porque conversamos? Porque, ao contrário de você, eu não coloco os dedos nos ouvidos e digo la la la. Ele tem dezenove anos, pelo amor de Deus. É natural querer falar sobre sexo nessa idade.
Yizhou cruzou os braços.
— Então você e Yibo conversam sobre sexo. O que você está dizendo a ele?
Dei de ombros. — Não muito. As melhores posições para gozar, quais drogas tomar para fazer sua ereção durar a noite toda, como colocar um punho em um cara... —
Quando ele engasgou, comecei a rir. — Você está falando sério? Como se eu fosse compartilhar algo assim. O que você acha que eu sou? E para constar? Eu não uso drogas e não gosto de punhos.
Yizhou sorriu. — Bem, como posso saber o que você está fazendo? E mantenha a voz baixa.
— Ele não pode nos ouvir. Ele está no chuveiro. Cruzei os braços sobre o peito nu.
— Entenda isso direito. Se Yibo quiser falar sobre sexo comigo, ele pode. E não vou encontrar um cara com quem ele possa ficar. Se ele quer alguém, ele tem que fazer todo o trabalho.
Eu não iria ajudá-lo a encontrar um cara que pudesse tocá-lo do jeito que eu queria, mas não consegui.
— Vamos conversar sobre outra coisa.
— Sim, vamos. — Fiquei um pouco assustado.
Ele inclinou a cabeça para o lado. — O que está acontecendo com você?
Foi a minha vez de piscar. — O que você está falando?
— Quando foi a última vez que você ficou com um cara?
Jesus. Seriamente?
Eu bufei. — Decida-se, Yizhou. Num minuto estou namorando toda a população gay de Hermosa Beach, no outro não estou transando o suficiente? Você sabe o que? Estou fazendo uma nova regra. Minha vida sexual não está em discussão, entendeu?
— Você não entende por que eu estaria curioso? Você não traz um único cara aqui há um mês.
Cruzei os braços. — Adivinha? Eu também posso contar. Você trouxe exatamente uma garota.
Ele estreitou os olhos. — Isso é porque sou atencioso. Eu estava pensando em Yibo.
Fiquei boquiaberto.
— Jesus, você realmente é incrível. Foi você quem me disse para reduzir as ligações. Foi você quem me disse para não corrompê-lo. Então agora você está reclamando que não estou trazendo caras para casa?
— Só estou pensando, só isso. Você pode me culpar? É uma grande mudança em relação ao seu padrão habitual. Em todo o tempo que moramos aqui — e antes disso também, na faculdade — nunca vi você se contentar apenas com a mão. E depois há todo o tempo que você passou com Yibo...
Por um momento fiquei perplexo. Que porra é essa? Então me dei conta. Oh Deus.
Eu sabia onde ele queria chegar com isso.
— Você acha. — Comecei lentamente, — que não vou trazer ninguém para casa porque já estou recebendo tudo que preciso de Yibo? Você acha que estou transando com seu irmão?
Seus olhos se fixaram nos meus. — Você está dizendo que não está?
— Com certeza, estou dizendo isso. — Eu olhei para ele sem acreditar. — Cristo, você conhece seu irmão? Você acha que ele seria capaz de manter algo assim em segredo?
Deus, quando ele era criança, você sabia antes da manhã de Natal o que estaria debaixo daquele papel de embrulho, porque ele nunca conseguia guardar um segredo. — Meu pulso acelerou. — Você acha que se estivéssemos transando, você não veria isso na cara dele? Ele é um cara doce. Não acho que ele seria capaz de esconder esse tipo de emoções.
Porra, havia muito mais que eu queria dizer, mas não ousei.
— Você acha que eu poderia usá-lo assim?
Isso é tudo que você acha que vejo nele – um substituto para meus encontros?
E um último pensamento que me fez doer por dentro: só supondo que estávamos transando? Não estaríamos fazendo nada de errado.
Cristo, eu estava tremendo.
O rosto de Yizhou caiu. — Desculpe. Eu não deveria ter ido lá.
— Não, você não deveria. — Meu peito apertou e meu estômago apertou, e eu sabia que isso não tinha nada a ver com as suposições de Yizhou, e tudo a ver com o meu próprio sentimento de culpa.
— Esqueça que eu disse isso. — Yizhou abriu a porta. — Boa noite.
Afundei na beira da cama, meu coração batendo forte.
Yizhou não era estúpido. Ele acertou em cheio quando disse que houve uma mudança. Mas como eu poderia contar a ele o que estava acontecendo, quando eu não tinha a menor ideia?
Só que isso não era bem verdade. Eu tive uma ideia, tudo bem – só que era uma ideia maluca. E eu poderia imaginar como ele reagiria se eu revelasse isso.
Penso no seu irmão o tempo todo.
Não consigo tirá-lo da cabeça. Quero ver seu sorriso, ouvir sua risada, sentir o cheiro de seu cabelo, de sua pele…
Então me diga o que isso significa, Yizhou. Diga-me. Isso significa que estou me apaixonando por ele? Porque nunca me apaixonei por ninguém, então por que começar agora? E
Por que ele?
Eu estava uma bagunça.
• ∫ *
Yibo
O SOL BATIA forte sobre nós e, apesar de ser antes do meio-dia, a temperatura já estava bastante alta. Parei em um cruzamento e sorri.
— Eu vejo o que você quer dizer. — As placas diziam Estrada fechada e apenas moradores locais. Um pouco mais adiante havia outra, e esta me fez rir alto. Nem pense em estacionar aqui.
Xiao Zhan gargalhou. — Eu te disse.
Estávamos caminhando pelas ruas de Beachwood Canyon e pude entender por que os moradores não gostavam de turistas. Em alguns lugares, as estradas eram muito estreitas e o estacionamento era claramente caro. Deixamos o carro de Yizhou no Lake Hollywood Park, e então Xiao Zhan me levou pelas ruas que serpenteavam pelo bairro.
— Posso ver a placa daqui, você sabe. — Apontei para ele, na encosta. — Eu poderia simplesmente parar em uma esquina e tirar uma foto.
Ele riu. — Você teria um pouco de paciência, por favor? Confie em mim. Quando chegarmos lá, você perceberá por que estou levando você até aqui. Chegamos ao cruzamento de Mulholland e Deronda. Xiao Zhan apontou para uma parede de estuque branco com um arco embutido nela. — Por ali.
Eu fiz uma careta. — Parece que estamos invadindo uma propriedade privada.
Ele riu. — Este é na verdade o início oficial da trilha até o Monte Lee. Eu sei, não parece nada. Ele me conduziu através do arco, subindo alguns degraus, e nos encontramos em uma plataforma de terra com o que devia ser a melhor vista de todos os tempos do letreiro de Hollywood. Parecia enorme.
— Oh meu Deus. Isso é incrível.
Xiao Zhan estendeu a mão. — Me passa seu telefone. — Eu desbloqueei e entreguei. — Agora fique aí com a placa atrás de você, e eu tirarei uma foto.
Fiquei na beira da plataforma, apontando para a placa e sorrindo. Xiao Zhan se agachou e tirou algumas fotos.
— Tudo o que posso ver no visor é você e a placa. Você vai adorar isso.
Outro casal apareceu atrás dele. A mulher foi até Xiao Zhan e deu um tapinha no ombro dele.
— Você gostaria que eu tirasse uma foto de vocês dois?
Xiao Zhan sorriu para ela. — Tudo bem.
— Eu gostaria disso. — Gritei rapidamente. Xiao Zhan olhou para mim por um segundo e depois entregou-lhe o telefone.
— Obrigado. — Ele caminhou até mim e ficou ao meu lado.
— Aperte um pouco. — Gritou a mulher. — Vocês podem se aproximar.
Não tão perto quanto eu quero chegar. Xiao Zhan se mexeu até que seu braço tocou o meu. Tive que lutar contra a vontade de colocar meu braço em volta dele.
— Perfeito. — A mulher sorriu e estendeu meu telefone. Xiao Zhan voltou para ela. — Você acha que poderia tirar uma foto minha e do meu namorado?
Xiao Zhan assentiu. — Claro. — Saí de cena enquanto eles posavam. Xiao Zhan pegou seu telefone e se agachou como antes. Eles nos agradeceram e voltaram para o arco.
— Agora, onde? — Perguntei.
— Continuamos. — Xiao Zhan me disse. — Embora eu esteja avisando, a estrada serpenteia até a parte de trás do letreiro de Hollywood e fica muito íngreme e sinuosa.
Você está pronto para isso?
Eu sorri. — Pode vir.
Continuamos nosso caminho, parando de vez em quando para tomar um drink e observar a vista. Xiao Zhan me disse que o panorama lá de cima me surpreenderia e eu mal podia esperar para vê-lo.
O brilho da luz solar refletida era tão forte que fiquei feliz por ter meu boné de beisebol e óculos escuros. Também fiquei feliz pela oportunidade de ficar sozinho com Xiao Zhan .
Precisávamos conversar.
— Está tudo bem entre você e Yizhou?
Xiao Zhan não olhou em minha direção, mas manteve os olhos fixos na estrada que se erguia diante de nós. — Por que você pergunta?
— Não sei. Parecia que havia um pouco de tensão no ar esta manhã. — Quando Xiao Zhan não respondeu, pressionei um pouco mais. — Vamos, você pode me dizer se algo está acontecendo.
— Nada está acontecendo. — Depois de uma pausa, ele acrescentou: — Seu irmão está sendo um idiota, só isso.
Eu bufei. — Nenhuma mudança aí então.
Xiao Zhan riu disso. — Não deixe que ele ouça você dizer isso.
Continuamos com nossa caminhada. Quando ficou óbvio que ele não iria oferecer mais nada, segui em frente. — Então, o que ele disse agora?
Silêncio.
— Xiao Zhan ? Diga-me.
Ele suspirou. — Ele me pediu para encontrar um cara para você.
— Ele o quê?
— Você ouviu.
Eu ouvi, tudo bem. Eu simplesmente não acreditei. — O que você disse para ele?
— Eu disse a ele que não. Você pode fazer tudo isso sozinho.
Eu não estava acreditando. Tinha que haver mais do que isso. — E o que mais ele disse?
Xiao Zhan olhou para mim. — O que faz você pensar que ele disse mais alguma coisa?
— Porque eu conheço meu irmão. — E eu sei quando você está escondendo alguma coisa.
Xiao Zhan não disse nada pelos próximos minutos, e quando eu estava começando a me desesperar de conseguir arrancar a verdade dele, ele soltou outro suspiro.
— Como eu disse, seu irmão está sendo um idiota. Ele me acusa de ser um prostituto, ou algo assim, e no próximo ele quer saber por que não estou trazendo caras para o apartamento. Por que não estou saindo com todos os homens disponíveis. Portanto, estou condenado se o fizer, e condenado se não o fizer.
Meu coração afundou. — Isso é por minha causa, não é? Eu não era estúpido.
— Como você resolve isso?
— Você não precisa mentir para mim. Tudo o que está acontecendo é por minha causa. — Mas pelo menos eu poderia fazer algo a respeito antes que fosse tarde demais.
— Eu devo ir. De volta a Mount Vernon. Não quero arruinar sua amizade.
Xiao Zhan parou na beira da estrada. — Escute-me. Não importaria quem estava hospedado no apartamento conosco. Quando você adiciona outro corpo à mistura, é provável que haja conflito. Estamos acostumados a sermos nós dois, só isso. — Ele trancou olhares comigo. — Este não é o fim do mundo, ok? E não se culpe.
— Mas-
— Mas nada. — Xiao Zhan voltou a andar. — Mas você pode querer falar com Yizhou. — Sua voz suavizou. — Você é o irmão mais novo dele. Você sabe, no final das contas, ele nunca ficará confortável com a ideia de você com um cara.
— Mas isso não faz sentido. Se ele se sente assim, por que ele pediria para você encontrar alguém para mim? — Eu ainda estava impressionado com essa parte.
— Quem sabe o que se passa na mente daquele homem? Ele me assustou ontem à noite.
— Por que? O que ele disse?
Xiao Zhan suspirou. — Não tenho certeza se deveria contar isso a você.
— Diga-me de qualquer maneira.
— Ele apresentou uma teoria. De acordo com Yizhou, a razão pela qual não estou me dando bem com ninguém é porque… estou me dando bem com você.
Ok, isso também me assustou. — Seriamente?
Xiao Zhan assentiu. — Acho que entendo por que ele me pediu para arranjar um cara para você, para mantê-lo longe de mim. Eu disse a ele que ele entendeu tudo errado.
Acho que ele entendeu a mensagem.
— Mas... de onde ele tirou a ideia de que você estaria interessado em ficar comigo?
— Meu batimento cardíaco acelerou e não teve nada a ver com o ritmo ou a subida.
Quanto Yizhou vê?
Mais importante ainda, quanto Xiao Zhan vê?
— Eu sei, certo?
E aí eu consegui. Confirmação de que Xiao Zhan não estava interessado em mim.
Doeu, me decepcionou, mas eu entendi.
Exceto…
Não, caramba, eu não entendi. Xiao Zhan estava emitindo sinais muito confusos.
Porque sobre o que era aquela exibição na piscina se ele não estava interessado? Por que os toques, os olhares?
— Bem, aí está você.
Olhei para cima e recuperei o fôlego. — Oh meu Deus.
Abaixo de mim estava Los Angeles em toda a sua glória. Eu podia ver por quilômetros, até o oceano. — Isso é incrível. — A luz do sol brilhava em um grande corpo de água abaixo e à direita. — O que é isso?
— A represa de Mulholland. — Xiao Zhan tossiu. — Está faltando alguma coisa.
— Ele apontou para baixo. Estávamos logo acima do letreiro de Hollywood. Eu podia ver todos os suportes que mantinham as letras em pé.
Eu sorri. — Uau. Eu quero tocá-lo.
Ele riu. — Essa é uma boa maneira de ser preso. Você vê todas essas cercas? É para isso que eles estão aqui: para impedir que as pessoas se aproximem demais. — Ele sorriu.
— Bem? Incrível ou o quê?
— Incrível. — Uma bandeira tremulava com a leve brisa e ao longe estavam os imponentes arranha-céus da cidade. Estava tão quieto lá em cima.
E muito longe de Yizhou.
Preciso descobrir o que está acontecendo aqui. Xiao Zhan estava me confundindo muito, e eu queria saber por quê.
— Podemos ficar aqui um pouco? — Eu não queria voltar para baixo. Talvez o ar puro me ajudasse a pensar.
— Podemos ficar o tempo que você quiser.
Que tal até eu descobrir o que realmente está acontecendo?
Eu seria amaldiçoado se passasse todo o mês de julho andando na ponta dos pés em torno de Yizhou ou questionando as motivações de Xiao Zhan .
Talvez eu precise enviar alguns sinais meus.
(....)
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O melhor amigo do meu irmão
FanfictionO irmão mais novo do meu melhor amigo está crescido. E lindo. Yibo está fora dos limites. Proibido. Mas isso só me faz desejá-lo mais. Xiao Zhan Eu vi Yibo crescer. Nunca imaginei como o garoto doce e magrelo se transformaria em um homem musculos...