13

212 38 6
                                    

CAPÍTULO TREZE
Yibo
— BEM? — EU EXIGI.
Xiao Zhan colocou seu telefone no painel. — Ele ainda está lá.
Olhei pelo para-brisa para o prédio. — Como você sabe?
— Porque, garoto impaciente, pedi para ele verificar o freezer para ver se ainda tinha pizza. Eu disse a ele que faria algumas compras mais tarde. Ele acabou de verificar.
Sim, temos pizza e, sim, isso significa que ele está em casa. E de onde estamos, vou vê-lo sair para a rua, mas ele não nos verá. Não vai demorar tanto. — Ele sorriu.
— Paciência.
— Ele estendeu a mão e segurou minha bochecha.
— Nós chegaremos lá. — Ele disse suavemente. Então ele o soltou e voltou a olhar pelo para-brisa.
Fiquei feliz pela oportunidade de conversar. Minha mente estava acelerada durante todo o caminho de volta ao apartamento. — Esta pode ser a hora errada para perguntar, mas… como  vamos chegar lá, exatamente? Como vamos fazer isso? — O fato de que estávamos prestes a fazer alguma coisa  ainda me deixava confuso.
Ele me quer. Xiao Zhan me  quer, porra. 
Xiao Zhan se virou para olhar para mim, seus olhos brilhando. — Pode ajudar se eu souber a que isso  se refere. Estamos falando de logística? Quem fica no topo, quem fica no fundo?
Porra, meu coração batendo. — Não era a isso que eu estava me referindo, mas agora que você mencionou… eu ficaria feliz de qualquer maneira. — Só que eu não queria pensar nisso naquele segundo. Eu já estava duro como ferro e não demoraria muito para me levar ao limite.
Eu queria que isso durasse, não acabasse num piscar de olhos.
Xiao Zhan sorriu. — Isso só fica melhor e melhor. Ok, se não era isso  que você queria discutir…
— Preservativos. — Eu soltei. — Precisamos deles?
Xiao Zhan nem sequer hesitou. — Sim nós fazemos.
Eu fiz uma careta. — Eu não sou cego. Isso é  algum tipo de PrEP no armário do seu banheiro, não é?
— É sim. — Ele me lançou um olhar franco. — Sabe o que aquilo é?
— Eu procurei por isso. — Quando ele arqueou as sobrancelhas, eu o imitei.
— Então eu estava curioso.
— E?
Meu coração ainda estava martelando. — Bem, se você está tomando, isso não impede...?
— Ainda  usamos preservativos. — Disse ele com voz firme.
— Mas por que? Não se sente melhor sem? — Ele arqueou as sobrancelhas e eu engoli em seco. — Ou foi o que ouvi.
Ele me olhou pensativamente. — Seus parceiros anteriores… você usou camisinha com eles?
— Sim, mas isso foi apenas duas vezes. — Eu não pretendia revelar minha falta de experiência.
Xiao Zhan se virou em sua cadeira para me olhar nos olhos. — Ok, vou ser honesto. Sim, é melhor sem camisinha, mas não estou pensando em mim, estou pensando em você.
— Eu não entendo.
— A PrEP previne o HIV – e não  as DST. Já se passaram dois meses desde meu último teste. Não vou colocar você em risco de pegar nada. Então, até eu ter provas de que não há nada de desagradável escondido em mim, usamos camisinha. Vou fazer o teste esta semana. — Ele sorriu.
— Agora  você está feliz por usarmos preservativos?
— Sim, agora eu sei por quê. — Inclinei minha cabeça para o lado. — Eu preciso fazer o teste também?
Ele assentiu. — É um bom hábito adquirir. Você pode vir comigo. — Ele riu. — Este deve ser o local mais estranho para tal discussão, mas estou feliz por termos divulgado isso abertamente. — Ele virou a cabeça e olhou pelo para-brisa. — E, felizmente, podemos parar agora. — Xiao Zhan sorriu. — Ele acabou de sair.
— Então por que estamos sentados aqui conversando? — Desabotoei o cinto de segurança e abri a porta. Xiao Zhan estava rindo quando saiu do volante. Segui em frente, atravessei o arco que levava à área comum e subi as escadas. Quando entramos no apartamento, eu estava tão nervoso que sabia que se ele tocasse meu pau, eu gozaria.
Xiao Zhan fechou a porta.
— Respire, baby.
Oh merda, isso foi fofo. — Ninguém nunca me chamou assim. Exceto minha mãe, é claro, e não  quero pensar nela neste minuto. Mas não tanto quanto eu queria evitar pensar em Yizhou.
Ele riu, então agarrou minha mão e levou-a aos lábios. Ele beijou meus dedos e depois olhou nos meus olhos. — Eu não quero apressar isso. Não quando temos todo esse tempo para nós mesmos.
A ternura daquele momento me tocou. — Você tem certeza de que Yizhou não vai voltar de repente?
Xiao Zhan balançou a cabeça. — Somos só você e eu. — Então ele se dirigiu para a porta do quarto, me guiando pela mão. Ele fechou a porta atrás de nós, caminhou até a cama, ainda segurando minha mão, e parou.
Meu coração bateu forte. — Não posso acreditar que isso está acontecendo.
Xiao Zhan me pegou em seus braços. — Nem eu. Então me beije novamente.
Deixe-me saber que é real.
Recuperei o fôlego. — Você pode parar de derreter meu coração por um segundo?
— Então seus lábios encontraram os meus e eu coloquei meus braços em volta de seu pescoço, meus olhos fechados.
Parecia um sonho. O sonho mais maravilhoso de todos.
Xiao Zhan me puxou para a cama, onde deitei ao lado dele. Tiramos nossos sapatos de praia, então Xiao Zhan estendeu a mão para mim, me puxando para cima dele. Nós nos beijamos enquanto ele deslizava as mãos por baixo da minha camiseta, acariciando minhas costas.
Sempre achei que a vida passava rápido demais. Claro, houve momentos que pareciam mais lentos do que outros, momentos que tentei segurar, mas logo escorreram pelos meus dedos, como a água em Sacred Cove.
Eu queria que esse  momento durasse.
Eu queria me lembrar de Xiao Zhan demorando para tirar minha camiseta antes de tirar a sua. Eu queria segurar cada beijo e carícia. Para lembrar como mudamos constantemente de posição, minhas mãos em seu rosto, seu pescoço, seus lábios em meu peito, minhas clavículas…
Tirei as calças de Xiao Zhan e seu pênis subiu como se fosse me cumprimentar.
Ajoelhei-me entre suas pernas abertas e passei minha mão em torno de sua base. — Até aquele momento na praia, eu não sabia que você não tinha cortes.
Xiao Zhan colocou um travesseiro sob a cabeça, seus olhos focados em mim.
— Seu primeiro pau sem cortes?
Balancei a cabeça e me inclinei sobre ele para puxar o prepúcio delicadamente com os dentes.
— Oh merda. — Xiao Zhan gemeu.
— Isso é ‘Oh, merda, pare’ ou ‘Oh, merda, não  pare?’
Ele olhou para mim. — Não se atreva parar.
Eu ri e fiz isso de novo, desta vez sondando com a língua antes de deslizar a pele para trás para revelar a cabeça larga de seu pênis. Eu amei o jeito que ele estremeceu enquanto eu lambia um caminho de seu eixo até suas bolas.
Xiao Zhan levantou os ombros da cama e olhou para mim.
— Calça. Tirar.
Eu não estava disposto a discutir.
Aquele primeiro toque de sua língua no meu pau foi elétrico. Eu tremia quando ele deslizou as mãos sobre a parte interna das minhas coxas, seu toque tão leve que me causou arrepios. Suspirei quando seus lábios roçaram minha pele enquanto ele deixava uma trilha de beijos das minhas bolas até minha boca.
Deus, seus beijos...
Eu não me cansava de nada  disso: minha boca em seu pau, sua língua em meu eixo, as pontas dos dedos circulando lentamente meu buraco, atormentando minhas terminações nervosas e a sensação de sua pele nua contra a minha. Adorei que nenhum de nós estivesse com pressa, que ambos parecíamos contentes em dar prazer um ao outro com beijos e carícias. Suas respirações superficiais e suspiros prolongados fizeram meu coração bater mais rápido.
— Quanto tempo? — Ele murmurou, seu rosto enterrado em meu pescoço. — Há quanto tempo você esperou que eu te beijasse?
— Mais tempo do que você provavelmente imagina.
Xiao Zhan levantou a cabeça e olhou para mim. — Me teste.
Meu batimento cardíaco acelerou novamente. — Lembra que eu disse ontem que eu tinha certeza que era gay naquele verão em Silver Lake? Você me perguntou se eu tinha conhecido alguém no acampamento e eu disse mais ou menos. — Engoli. — Eu não o conheci porque ele veio conosco.
A lenta inspiração de Xiao Zhan fez meu coração disparar. — Oh meu Deus. Tanto tempo? — E antes que eu pudesse responder, ele me beijou, um beijo longo e persistente que me deixou saber que tudo ficaria bem.
Havia algo tão quente em ajoelhar-nos nus na frente dele, nós dois trabalhando nos paus um do outro enquanto nos beijávamos, até que eu estava empurrando meu pau através do funil de sua mão, querendo mais daquela fricção deliciosa. Então Xiao Zhan me empurrou de costas, ainda puxando meu pau, mas agora ele estava esfregando aquela cabeça carnuda contra meu buraco.
Eu estremeci. — Pare de provocar.
— Só estou verificando se você ainda me quer lá.
Eu olhei para ele. — Eu queria você lá anos atrás. — Não é mentira.
A respiração de Xiao Zhan engatou. — E você diz que eu derreto seu  coração? —
Ele se esticou em direção à mesa de cabeceira e abriu a gaveta. Quando ele deixou cair o frasco de lubrificante e algumas embalagens na cama, estremeci.
Isso foi real. Isso estava acontecendo.
Xiao Zhan estava deitado na cama ao meu lado e eu coloquei lubrificante em seus dedos. Ele me deu um sorriso óbvio de aprovação.
— Chegará o dia em que você ficará feliz em usar apenas cuspe, mas isso não é  hoje.
Eu engasguei ao sentir seu dedo escorregadio lentamente entrando em meu corpo, adorando como ele olhou nos meus olhos enquanto fazia isso. Então ele tornou tudo perfeito me beijando.
Porra.  Sua língua me explorando enquanto ele me preparava para seu pau era a coisa mais quente de todas. Eu não conseguia ficar quieto, mas ele também não, nós dois nos movendo um contra o outro, não irregulares, nem desajeitados, mas fluindo, como música, como as ondas naquela praia.
Então um dedo se transformou em dois e eu os dei as boas-vindas. Um passo mais perto de sentir Xiao Zhan dentro de mim.
— Você vai ficar apertado. — Ele murmurou contra minha bochecha.
— Isso é ruim?
Ele se mexeu, então estava olhando nos meus olhos novamente. Seu sorriso foi toda a resposta que eu precisava e não pude esperar mais. Peguei uma camisinha, meus dedos tremendo.
— Me deixe fazê-lo?
Ele assentiu, movendo-se para montar em meus quadris, seu pau apontando diretamente para mim, projetando-se tão solidamente. Claro, eu tive que colocá-lo do jeito errado, certo? Xiao Zhan não riu, e foi então que percebi que ele estava sentindo cada segundo disso, assim como eu. Ele espremeu lubrificante em seu eixo, e eu espalhei cada centímetro de seu pau duro.
— Como você quer isso?
Adorei que ele perguntou.
— Posso montá-lo?
Xiao Zhan sorriu, então virou nós dois, até que ele deitou na cama, seu pau apontando para o teto. Eu montei nele, voltando para deslizar seu pau entre minhas bochechas.
Aquela sensação de intensa alegria quando ele finalmente me penetrou foi tão sublime. Inclinei-me para beijá-lo, deixando meu corpo se acostumar com a intrusão sensual. Não foi a minha primeira vez, mas poderia muito bem ter sido. Isso era o que eu esperava.
Deveria ter sido você. O primeiro homem dentro de mim deveria ter sido você.
Eu queria que fosse Xiao Zhan por tanto tempo.
Sentei-me ereto e afundei um pouco mais em seu eixo rígido, até que finalmente ele entrou completamente. As mãos de Xiao Zhan estavam em minha cintura, minha barriga, minhas coxas, em movimento contínuo enquanto ele me acariciava e me acariciava.
— Tão lindo. — Ele sussurrou.
Eu ri. — Diz você. — Estudei seu peito , a penugem mais densa em sua barriga, formando uma linha escura de pelos que apontava para seu púbis. Seus mamilos eram minúsculos, pequenos pontos de carne bronzeada orgulhosos, implorando por meus lábios, minha língua.
Tivemos tempo para isso, mas tudo que eu queria naquele momento era senti-lo se movendo dentro de mim.
— Agora me leve como quiser. — Eu disse com um sorriso.
Os olhos de Xiao Zhan brilharam. — Ah, mas eu quero você de muitas  maneiras.
Eu dei um movimento lento de meus quadris. — Vou manter a contagem.
Não posso dizer qual posição foi melhor. Tudo o que fizemos parecia tão certo.
Adorei quando ele me pegou por trás, eu de quatro, balançando para trás para atender suas estocadas. Ele me empurrou para baixo no colchão e mudou o ritmo, deslizando profundamente em mim enquanto beijava meus ombros, minhas costas, minha nuca.
Virei minha cabeça em direção a ele para encontrar seu beijo, inclinando minha bunda mais alto em convite, e ele ganhou velocidade. Então ele se apoiou nas mãos e girou os quadris, o movimento sem pressa, deliberado, como se estivesse saboreando cada centímetro do meu corpo em torno de seu pau.
Meu coração disparou quando ele enfiou seu pau em mim, nossos corpos batendo juntos, porque eu sabia que ele realmente iria me deixar ir. Ele socou o ar dos meus pulmões com cada impulso, e cada vez que fazia isso eu soltava um suave grito de prazer.
Fizemos um círculo completo, terminando comigo montando seu pau, só que agora eu resisti e estremeci, meu orgasmo ao meu alcance. Inclinei-me para beijá-lo, e ele inclinou os quadris, penetrando profundamente no meu buraco uma e outra vez. Mais rápido, mais rápido, enquanto eu puxava meu pau, sons ofegantes saindo de nossos lábios.
Tinha que acabar, é claro, mas ficar ajoelhado acima dele, pulsando minha carga em sua barriga e peito enquanto eu chamava seu nome, tinha que ser a melhor maneira.
Ele me puxou para um beijo que não perdeu nada de sua urgência, seus braços em volta de mim enquanto ele se agarrava a mim.
— Oh, Yibo. — Ele sussurrou enquanto eu beijava seu pescoço. Ele segurou minha bochecha e lá estava novamente, aquele momento de intenso estudo.
— Você não precisa gozar? — Eu perguntei, meu batimento cardíaco demorando para voltar ao ritmo normal. Seu pau ainda estava dentro de mim.
Ele riu. — Já fiz isso, não muito depois de você.
Droga. — Eu perdi.
Ele passou os dedos pelo meu cabelo, rindo novamente. — Você estava um pouco ocupado. Da próxima vez eu te conto, ok?
O calor irradiava através de mim e meu coração disparou mais uma vez.
Próxima vez. Ele disse da próxima vez.
Xiao Zhan tirou seu pau de dentro de mim e cuidou da camisinha. Então eu estava de volta em seus braços, onde sonhei estar por tanto tempo.
Eu queria dizer a ele que o amava, que estava apaixonado por ele desde aquele verão quente, cinco anos atrás, mas algum bom senso me impediu. Agora não.  Então pensei sobre isso.
Algum dia contarei a ele?
Isso dependia de muita coisa. Algo lá no fundo sussurrou que poderíamos fazer isso funcionar, e eu ansiava por acreditar naquela voz calma. Mas mesmo assim, havia obstáculos no nosso caminho. Três enormes obstáculos.
Eu ainda tinha três anos de faculdade.
Morávamos a mais de mil e seiscentos quilômetros de distância. Sim, eu sabia disso – descobri isso no dia em que Xiao Zhan partiu para a Califórnia.
E então havia Yizhou.
Engoli. Eu não queria pensar em Yizhou.
— Ei. — Os dedos gentis de Xiao Zhan traçaram a linha do meu queixo. — Onde você foi? — Então ele ficou tão quieto. — Você não precisa responder isso. Eu já sei. — Ele me beijou, um beijo casto e doce na minha testa. — Não vamos pensar nele agora.
Ainda temos horas  antes de pensarmos nele. — Outro beijo, seguido de um sorriso. — Além disso, você ainda tem algo a provar para mim.
Eu fiz uma careta. — Eu tenho?
Seus olhos brilharam. — Uh-huh. Os nadadores fazem melhor, você afirma. Então eu   quero ver aquela agilidade, resistência e foco que você estava me contando. — Outro sorriso. — Sem esquecer a flexibilidade. Eu definitivamente  quero ver o quão flexível você pode ser.
Eu ri. — Acho que posso lhe ensinar uma ou duas coisas, Sr. Personal Trainer.
Não pense em agosto. Não pense em voltar para o Missouri.
Eu aproveitaria ao máximo cada hora que passássemos juntos.

(....)

O melhor amigo do meu irmão Onde histórias criam vida. Descubra agora