Kely é aluna da UCNAM, uma escola de prestígio que, com sua própria metodologia, prepara os alunos para a vida em sociedade, ensinando as matérias básicas, e proporcionando outras experiências que agregam à vida do aluno, como produção de textos, bá...
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Descrição da Imagem: Vê-se a protagonista (da cintura para cima) em uma quadra, com o cabelo preso e uma expressão preocupada. Uma das mãos está à frente do pescoço, e a outra está fechada na altura do busto. Ela está enquadrada em quatro cordas com as pontas amarradas, que sugere que ela está atrás de uma rede de vôlei.
N. da Autora: essa imagem está um pouco diferente porque foi um desenho tradicional que foi digitalizado. Estou querendo tentar coisas diferentes para ver o que fica mais legal :)
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Ele mantinha os olhos atentos no jogo, captando cada movimento de seus companheiros de equipe e do outro lado da quadra. A defesa do líbero havia dado conta do recado, e a bola fizera o caminho perfeito, foi entregue de bom grado ao levantador. Tinha que se preparar para cortar.
O levantador jogou a bola para cima, e o atacante pulou. Era uma oportunidade para uma cortada poderosa, que traria uma enorme satisfação de brinde. Sentiu a bola bater contra a palma de sua mão, e redirecionou o peso dela para o lado contrário. Infelizmente, a mão não bateu exatamente no centro da bola, e ela não pegou tanta velocidade. Mesmo assim, nenhum dos seus colegas no outro lado da quadra a alcançou.
O apito soprou, e o garoto sentou no chão do pátio, não muito satisfeito. O treino extra pesava um pouco sobre ele. Aproveitou o pouco tempo de descanso para respirar fundo, sentindo seu peito subir e descer. Logo, o treinador substituto o chamou.
— Jonathan, seu rendimento está mais baixo. Teremos um campeonato daqui a poucos meses, você precisa estar bem-disposto para os treinos. Está seguindo as rotinas? de sono e alimentação?
O treinador substituto começou a fazer um interrogatório, e Jonathan respondia "sim" para todas as perguntas.De longe alguém chamou o homem e ele deu as costas, indo embora, esquecendo a existência do garoto. Ele deu graças por aquele ser apenas um substituto e por o antigo treinador provavelmente já voltar aquela semana. O substituto parecia não levar as coisas muito a sério.
Esquecendo os contratempos da vida, o garoto voltou para seus companheiros de vôlei, que eram como uma segunda família para ele.
— E aí Jon, vai mais uma partida?
O Campeonato Juvenil estava a cada dia um passo mais perto, como uma visita importante que se enxerga da janela de casa, e ele prometeu a si mesmo que iria se esforçar ao máximo. Agarraria cada oportunidade de treinar como se fosse a última.
Um por um, todos os seus colegas foram para casa. Jonathan havia ficado para treinar o saque. Nas últimas semanas treinar por mais tempo havia se tornado uma rotina, apesar da curiosidade dos colegas no começo.
Seu corpo já dava indícios de cansaço, mas ele podia lidar com aquilo. O que realmente o incomodava naquele momento era a estranha sensação de que estava sendo observado. Ele deu uma rápida olhada em volta e captou um movimento por trás das arquibancadas, e logo depois ouviu passos na grama, se afastando. Jon sentiu o ar ao redor dele ficar mais pesado, mas concluiu que era bom seguir o barulho, para pelo menos saber do que se tratava. Para evitar uma surpresa desagradável.