Por mais abelhudos que eles sejam

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OIÊ! 💙 Estou totalmente maravilhada com o número absurdo de visualizações do último capítulo para esse. Eu agradeci pelos 4k e agora estou agradecendo por 6!!!!! 🗣 MUITO OBRIGADA POR TODO O APOIO!

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Marselha, França
24 de Março

Penelope não abriu os olhos imediatamente quando sua consciência foi recobrada. Ao invés disso, os apertou com mais força numa tentativa de voltar para o sonho que tinha a embalado com tanta vivacidade durante a noite.

Penelope não era uma garota de sonhar - tampouco de dormir por tanto tempo. No entanto, não poderia se lembrar de outra ocasião em que sua inconsciência havia pintado uma história com tanta realidade como tinha sido durante essa madrugada.

Um sonho em que ela tinha desistido de última hora de embarcar no ônibus para Paris, um sonho em que ela não tinha fugido da paixão avassaladora que sentiu pelo ex-atual-melhor-ou-não-amigo. Um sonho em que, ao invés de fugir, ela tinha ficado, se declarado, feito amor, dito que o amava. Um sonho em que tinha passado a madrugada acordando e dormindo apenas para fazer amor de novo e de novo e de novo.

Um sonho em que ela amava pela primeira vez em sua vida - em que ela sabia o que era o amor. Um sonho em que Colin Bridgerton a amava de volta.

Sua consciência mais do que recobrada sussurrava em seu ouvido que ela estava quebrada demais para viver aquilo além das linhas mentais da inconsciência.

A falta do corpo quente atrás dela e dos braços a envolvendo fez com que Penelope se questionasse como poderia ter se permitido ir tão longe. Como poderia ter se acostumado com isso e, por Deus, como ela poderia voltar a não ter mais isso.

Como poderia voltar à vida normal sem ter mais os braços de Colin Bridgerton ao seu redor. Como poderia voltar à vida normal sem ouvi-lo dizendo que a amava, assim como fazia em seus sonhos.

Penelope apertou os olhos com mais força e se encolheu.

Por favor, só mais um pouquinho disso...

Não voltou. O sonho, por mais lúcido que tenha sido, não voltou.

Ela desistiu, permitindo-se abrir os olhos e se acostumar com a luz fraca que entrava pela fresta de uma das cortinas enquanto se espreguiçava.

- Bom dia, linda.

Penelope virou na cama e encarou o rosto sorridente e apaixonado de Colin, que estava encostado à cabeceira da cama com o celular na mão.

Ele se curvou sobre ela dando um beijo suave nos seus lábios um pouco entreabertos de surpresa.

Penelope piscou. E piscou de novo. E piscou mais uma vez.

Não era um sonho.

- Pen? - Colin perguntou cautelosamente, observando a reação nada comum de Penelope - O que foi, amor?

Não era um sonho.

Em meio segundo, Penelope estava se sentando na cama e, na outra metade de segundo, ela estava passando suas pernas ao redor do quadril de Colin para subir em seu colo. Tomou consciência de que os dois ainda estavam nus somente quando notou que tinha algo meio duro e quente encostando em sua barriga.

Ele mordeu os lábios, posicionando suas mãos confortavelmente na bunda dela e apreciando seu rosto inchado de sono. Resistiu à tentação de segurar o par de seios à sua frente - tinha feito uma nota mental de que precisava dar um pouco de atenção para outras partes do corpo também, mesmo que aquela ainda fosse sua favorita.

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