Colin Bridgerton em: Conhecendo as Mulheres

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Oiê!
Me perdoem pelo atraso essa semana. Esse capítulo tem algumas informações muito importantes para o restante da história (nenhum detalhe é só um detalhe aqui, viu?) e eu não gostei do resultado dele na primeira vez em que escrevi. 
Mas, o atraso foi bom para que eu pudesse viver um pouco o meu luto pelo fim de Unexpected Love (quem ainda não leu, RECOMENDO COM TODAS AS MINHAS FORÇAS). 
OBRIGADA POR TODOS OS COMENTÁRIOS E PELAS VISUALIZAÇÕES 💙

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Mataró, Espanha
27 de Março

Colin não namorava.

Seu vasto conhecimento sobre mulheres poderia ser dividido em três categorias:

Família: Quatro irmãs e uma mãe. Brigas pelo canal de televisão, feriados compartilhados, disputas por qualquer coisa, a ideia de que ele poderia doar um rim para elas, mas não dividiria um pacote de bolachas. Piadas internas e saídas estratégicas com outros homens da família quando o ciclo delas se alinhava e a tensão pré menstrual se tornava um purgatório na Terra. Vídeo-chamadas, mensagens, fotos e presentes das cidades que visitou. Isso era amor.

Parceiras sexuais: mulheres ao redor do mundo. Menos de cem. Ou, talvez, um pouco mais. Nem todas cisgênero. Conversas amigáveis e carregadas de tensão sexual, quartos compartilhados, fetiches que iam desde brincar que era um entregador de pizza até mesmo a bondage. Pouco ou nenhum contato para além do casual. Carinho, clareza, mas nenhuma responsabilidade com seus ciclos, estado emocional ou futuro. Não doaria um rim para elas e, provavelmente, nem mesmo dividiria o pacote de bolachas. Seu teto de doações era o cavalheirismo de pagar o jantar, o quarto de motel e tudo o que envolvesse os encontros casuais. Uma vez até mesmo presenteou uma parceira na Espanha com um conjunto de lingerie. Isso era tesão.

Profissionais e artistas: Adele. Adele. Cem vezes Adele. Depois, Rihanna. Colin definitivamente era apaixonado por elas e nunca teve problema em admitir que estava indo para o show da Adele enquanto Eloise estava batendo cabeça no show do Judas Priest. Também era obcecado pela escritora Agatha Christie e, definitivamente, a melhor palestra em que esteve em toda sua vida foi conduzida em sua passagem pelo Brasil, com a jornalista Glória Maria - ela tinha quinze passaportes carimbados. Quinze. Colin passou quatro horas com um radinho de tradução simultânea e soube, ali, que queria ser como ela. Isso era admiração.

Então, enquanto andava com Penelope em seu calcanhar naquela farmácia em Mataró - depois dela ter chorado durante dez minutos por ele não querer parar em uma praia de nudismo e, depois, por ela não poder querer estar numa praia de nudismo porque estava menstruada -, ele soube que namorar trouxe uma nova categoria para o "Colin Bridgerton em: Conhecendo as Mulheres":

Penelope: Conversas profundas e flertes intermináveis. Em trinta anos de vida, ele a conhecia há dezoito. Era quase como da família, exceto pelo fato de que ela definitivamente não era da família e qualquer ideia semelhante à isso lhe causava pavor devido à intensidade dos pensamentos sexuais que tinha sobre ela, o tesão infinito e a necessidade de tocá-la sempre e a todo momento. Ela tinha publicado um livro best-seller aos vinte e um anos, logo após se formar com honrarias em Cambridge. Ela tinha um troféu de Literatura no painel de troféus da Universidade. Ela o inspirava. Eles viajavam ouvindo Adele e faziam duetos de Rihanna e Ne-Yo durante o banho. Piadas internas, planos futuros e a certeza de que doaria a ela um rim, o coração, os olhos e o que mais fosse preciso. Antes mesmo de namorá-la, ele já tinha dividido um pacote de bolachas com ela - e queria dividir toda sua vida. Isso era pertencimento.

Deus, ele se arrependia de todas as vezes em que imitou o assovio de um cachorro para zoar Anthony sobre a submissão à Kate. Penelope tinha chorado e ele soube que poderia fazer qualquer coisa para ela.

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