Capítulo 10

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Era o melhor que podia fazer.
Saí do banheiro e pedi para chamá-los.
Felipe entrou correndo e veio para cima de mim.
- Flor, você está grávida. - ele disse baixinho.
- Se infecção estomacal for isso. Então sim.
- Você está melhor, Docinho? - minha mãe disse.
- Yeep. Preciso de um sorvete de maracujá com calda de chocolate.
Todos riram. Exceto eu.
Charlie se aproximou mesmo com Felipe deitado ao meu lado na maca.
- E então? Preparada para tomar 8 remédios por dia?
- Igual a Hazel?
- Sim. E eu sou seu Gus.
Ele chegou mais perto e se apoiou por cima de Felipe e me beijou .
Coloquei uma mão em seu pescoço e o beijei mais forte.
- Só não deixem baba cair em mim. - Felipe falou, rindo.
Sorrimos um na boca de outro.

☆☆☆

Saí do hospital pronta pra outra infecção. Mentira. Odeio vomitar.
Havia 6 meses que eu conhecia Charlie. Queria comemorar.
- Charlie, vamos comer? - perguntei. Na hora, Felipe olhou para mim com malícia. Ele ia falar algo sujo.
- Mas já? Ainda é cedo. Deixem para mais tarde. A noite é amante dos apaixonados.
Sorri e Charlie assentiu com a cabeça.

☆☆☆

- Eliza, minha linda, me ajuda aqui com sua filha a escolher uma roupa para jantar com o Charlie. Mas depois ela vai tirar tudo mesmo. - lancei um olhar fulminante a ele que revirou os olhos.
Peguei um vestido roxo de seda tomara-que-caia.
- Esse. Será esse. Limpe, sapato.
Ele pegou um salto branco, as pulseiras que ganhei dele e do Charlie e um par de brinco com pedrinhas.
Tomei um banho e me aprontei.
A campainha tocou.
Descemos e abri a porta.
Ele ficou sem palavras.
Ele acenou para Felipe e mamãe. E eu fiz o mesmo.
Ele foi me beijando por todo o caminho. Mas não disse nada.
- Estou tão feliz. - ele disse, por fim. - E em breve saberá.
Hmmm foi a única coisa que consegui dizer. Eu estava doida para pular a parte do jantar e ir pra casa dele.

☆☆☆

- Angie, me concede esta dança? - parece que o jogo virou. Há 6 meses, foi eu que disse isso.
- Isso está super certo. - sorri e ele também.
Ficamos dançando e nos beijando por um longo tempo.
- Quando eu disse que não estava certo, eu mencionava a parte de você ter me conquistado.
- Sinto muito, sou encantadora demais. O beijei. Ele me apertou em seu corpo. Eu precisava dele. Ele precisava de mim.
Nunca fui amada com segundas intenções. Até ele chegar.
Pedimos a conta e fomos pra casa dele.
Subimos e deitamos.
Sua cama dava direto para a janela.
- Me pergunto como seria sem você na minha vida. - ele disse.
Sorri e brinquei.
- Provavelmente, virgem.
Ele sorriu. E abaixou meu zíper.
Tirei sua camisa e joguei longe. Subi por cima dele e me deitei. O beijando sem parar e ele correndo suas mãos por minhas costas nuas.
- Eu nunca me apaixonei por ninguém assim. - sussurrou.
- Se eu soubesse que amar fosse tão bom assim, eu teria te encontrado muito antes.
- Te amo, Angie Miller. Te amo, meu amor. Te amo, minha princesa....
- Eu também te amo, Charlie Leroy. Te amo, meu amor. Te amo, meu príncipe. Nos beijamos. E quando reparei, já estávamos sem roupa, deitados e cobertos de suor.

☆☆☆

Meu pai não havia chegado de viagem. Então, cheguei um pouco mais tarde em casa.
- Então... queria contar uma coisa para vocês. - mamãe e eu fixamos a atenção nele. - Estou namorando Letícia Leroy. E foi confirmado hoje.
Era irmã de Charlie. Por isso estava feliz ontem.
Gritamos de felicidade.
Eu adoro minha cunhada (já estou prevendo) e ela me adora.
Ela sim é mulher para Felipe. E vice-versa.
Recebi uma ligação de Charlie.
- Acabei de ficar sabendo. Dê minhas felicidades a Lethy.
- Uhum. Podemos nos encontrar às 18? Na praça próxima a você? - notei algo estranho em sua voz.
- Claro. Houve algo?
- Não. Eu te amo, Angie.
E desligou.
Caí dura no sofá.

☆☆☆

A hora custou a passar.
Estava calça legging e blusa preta. Coloquei um casaco e fui.
Ele estava lá esperando.
Corri até ele e sussurrei :
- Eu também te amo. O que foi?
Ele me beijou suavemente.
Ele ia terminar comigo. Eu não aguentarei.
- Angie, só não pira.
Respirei fundo e assenti.
- Angie Miller, quer casar comigo? - ele disse se ajoelhando.
Eu comecei a chorar.
- O quê? - perguntei incrédula.
- Angie Miller, quer casar comigo?
- Eu quero. Ah, eu quero.
Ele tirou uma caixinha do bolso e tirou o anel dado por ele quando me pediu em namoro e colocou um outro anel. Lindo como tal.
- Meu Deus, amor. Achei que ia terminar comigo.
Ele me beijou e deixei livre o caminho para sua língua passear em minha boca. E assim ele fez.
- Nunca mais farei isso.
- Promete?
- Prometo.

☆☆☆

E nessa jornada, meus pais fizeram os votos e se casaram novamente. Felipe se casou com minha cunhada e tiveram 1 filha, Angie Madd Leroy. Carlos Eduardo morreu 1 ano depois de ter me casado.

Amar intensamenteOnde histórias criam vida. Descubra agora